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ORTEGA FALA SOBRE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARA ESTUDANTES DE NOVE PAÍSES AMAZÔNICOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2006

Tefé (12/07/06) - A bordo do barco Iana II, o presidente substituto do Ibama, Valmir Ortega, fez ontem (11) palestra sobre unidades de conservação para estudantes de nove países amazônicos que participam da Expedição conhecendo Amazônia - Caminhos de Orellana, promovida pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.

O grupo refaz o mesmo trajeto de 500 anos atrás percorrido pelo expedicionário espanhol Francisco Orellana, descobridor do rio Amazonas. Os 45 estudantes do Equador, Peru, Colômbia, Surniname, Venezuela, Guiana Francesa, Guiana, Bolívia e Brasil - selecionados por concurso - iniciaram a viagem no Equador dia 24 de junho e seguem de barco até Belém. Depois, de avião, irão a Brasília, última etapa da expedição.

O coordenador da expedição, Aldenir Paraguaçú, ressalta que a expedição Orellana original já foi fartamente documentada. O objetivo da OTCA não é reescrever esta história, mas, ao refazer o trajeto de 7 mil quilômetros, desta vez com 45 estudantes, é marcar o processo de integração dos países amazônicos.

Ortega juntou-se ao grupo em Tefé (AM), na manhã de ontem e acompanhou a visita à Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá. No caminho para a reserva estadual, Ortega explicou aos alunos que o Brasil pretende criar um sistema representativo de cada bioma, convertendo 10% do território em áreas protegidas - meta já superada na Amazônia.

Só as unidades de conservação federais somam hoje 70 milhões de hectares, área equivalente à da França. Apesar do grande número de unidades, o país ainda não desenvolveu a cultura de uso público e falta estrutura para a visitação dessas áreas.

Os parques brasileiros recebem 3 milhões de visitantes ao ano, enquanto nos Estados Unidos são 70 milhões. "Um grande desafio é criar estrutura para que turistas brasileiros e estrangeiros conheçam nossas unidades de conservação", afirmou Ortega, que também dirige a Diretoria de Ecossistemas do Ibama, responsável por um programa de preparação de 23 parques nacionais para atrair turistas. Na opinião dele, a sociedade irá engajar-se no esforço de conservação de áreas de beleza cênica e importante para a preservação da biodiversidade com as quais conviva.

Ortega informou aos participantes da Expedição caminhos de Orellana que o Brasil tem 12 categorias de unidades de conservação, que incluem as de proteção total - nem o turismo é permitido - até as de uso sustentável, onde proteção do meio ambiente está associado ao modo de as comunidade locais manejarem os recursos de forma sustentável. Os estudantes interessaram-se pelo sistema brasileiro e fizeram muitas perguntas a Ortega até que um bando de pássaros começou a acompanhar o barco. A expedição chegava à Boca do Mamirauá, era hora de iniciar a visita à reserva.

Diversidade

Do barco Iana II, os alunos passaram para canoas conduzidas por guias para contemplar pássaros como garça, gavião da cabeça branca, jaçanã; macaco uacari branco; jacaré-açu, botos cor-de-rosa; tucuxi, bicho preguiça e até um pirarucu, que foi fisgado por espinhel armado por um pescador ilegal. O peixe, que se debatia e foi encontrado pelos alunos, não sobreviveria, porque o espinhel estava muito fundo na garganta. O exemplar foi retirado da água pelo monitor da expedição Rodrigo Velarde, de 26 anos, com ajuda dos guias e alunos. "Foi muito emocionante", comentou o peruano.

A canoa, em que Rodrigo e estudantes da Guiana estavam, levou o pirarucu até uma das bases de pesquisa da reserva. A turma era só alegria. Os brasileiros que não viram a operação de retirada do pirarucu, no iguapó, área alagada com vegetação, tiveram a sorte de ver os macacos uacari branco, descritos pelo primatólogo José Márcio Ayres e fundador da reserva de Mamirauá. Eles têm cara vermelha e são endêmicos da região. "Nunca vi num mesmo lugar tantas espécies de animais", encantou-se o cearense Jean Filippe Ribeiro, de 17 anos, que já decidiu ser biólogo. Ao seu lado, estava o tocantinense Sergio Luiz Wermuth, também de 17 anos, que adorou conhecer uma área tão preservada e pessoas comprometidas com a conservação ambiental.
Sandra Sato

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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