Aracaju sedia Reunião Brasileira
de Manejo e Conservação do Solo
e da Água
(21/07/2006) - “Novos Desafios
do Carbono no Manejo Conservacionista” é
o tema da 16ª Reunião Brasileira
de Manejo e Conservação do Solo
e da Água que será realizada
no período de 23 a 27 de julho, em
Aracaju (SE). O evento é uma realização
conjunta da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju–SE),
Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, Universidade Federal de Sergipe
e Núcleo de Pós-graduação
e Estudos em Recursos Naturais (Neren) e promoção
da Sociedade Brasileira de Ciência do
Solo (SBCS).
Pesquisadores e professores
de diversas instituições brasileiras
e estrangeiras participam do evento que será
estruturado em conferências que abordarão
temas como "Credito de Carbono: a moeda
do futuro"; "O carbono e a pesquisa
agrícola: desafios e oportunidades"
e a "Sustainable Agriculture Will Conserve
Sail Carbon".
Na programação
está prevista também a realização
de palestras e mesas-redondas nas quais serão
discutidos temas como os impactos das alterações
climáticas no meio ambiente e na atividade
agropecuária. Haverá ainda apresentação
de painéis/pôsteres voluntários
nas áreas das diversas comissões
científicas da SBCS (manejo e conservação,
física, química e fertilidade,
nutrição de plantas, gênese,
classificação, mineralogia,
poluição, recuperação,
ensino, biologia e microbiologia).
Trabalhos inscritos – É
grande a expectativa dos organizadores do
evento, que já conta com 500 inscritos
e 623 trabalhos científicos aprovados.
Esse número é superior ao registrado
na última edição da reunião,
no Rio Grande do Sul, quando foram apresentados
400 trabalhos. Pesquisadores de diversas Unidades
da Embrapa estarão presentes à
reunião como conferencistas, palestrantes
e expositores de diversos trabalhos.
Também serão
realizados os minicursos: Bioengenharia para
controle da erosão; Práticas
de conservação do solo adaptadas
à realidade da pequena produção;
Indicadores ambientais de qualidade de solo
e Sistema radicular: atualização
do método SIARCS. Esse último
será realizado no dia 26 na Embrapa
Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE).
Os participantes terão
a opção de se inscrevem nas
excursões técnicas que serão
realizadas em 28 de julho. Uma dela é
a excursão ao Xingo, onde serão
mostrados os solos das três regiões
fisiográficas (Litoral, Agreste e Semi-Árido),
manejo do solo e da água. Na excursão
técnica ao Distrito de Irrigação
Platô de Neópolis, os pesquisadores
da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Embrapa Solos
e Universidade Federal Rural de Pernambuco
serão os responsáveis por apresentar
os solos dos Tabuleiros Costeiros e os projetos
de Fruticultura Irrigada.
Gislene Alencar
Inscrições
abertas para curso de recuperação
de áreas degradadas
(20/07/2006) - A Embrapa
Solos (Rio de Janeiro-RJ), Unidade da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
- Embrapa, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
e o Departamento de Engenharia Civil da PUC-Rio
oferecem, de 5 de agosto a 30 de setembro,
curso de extensão "Recuperação
de Áreas Degradadas Considerando a
Conservação do Solo e da Água",
voltado para estudantes e profissionais de
diversas formações em ciências
ambientais. As inscrições para
as 30 vagas existentes já estão
abertas e vão até o dia 4 de
agosto ao preço de duas parcelas R$
349,00. A carga horária é de
64 horas
O curso tem como objetivo
auxiliar na formação daqueles
que pretendem atuar em recuperação
de áreas degradadas e conservação
do solo e água. Através da apresentação
de pesquisas e estudos de caso relacionados
à recuperação de áreas
degradadas, o aluno terá a oportunidade
de desenvolver pensamento crítico e
analítico a respeito dos fatores e
processos de degradação dos
recursos - solo e água; aprender técnicas
para recuperação de áreas
degradadas e manejo e conservação
da água e do solo e discutir e elaborar
estratégias de planejamento de recuperação
de áreas degradadas e monitoramento
ambiental de áreas degradadas.
Os professores são
pesquisadores e professores da Embrapa Solos
e PUC-RIO; o público-alvo, estudantes
e profissionais das áreas de Engenharia
Ambiental, Engenharia Agronômica, Engenharia
Agrícola, Engenharia Civil, Engenharia
Florestal, Geografia, Geologia, Biologia e
outras áreas afins.
Carlos Dias
Manejo sustentável
do solos é tema de palestra do Workshop
Internacional
(19/07/2006) - Mudar paradigmas.
É o que integrantes do Consórcio
Arroz-Trigo para Planícies dos Rios
Indus e Ganges – RWC estão fazendo
nessa região. Com práticas de
plantio de diferentes culturas em uma mesma
área, uso de novas ferramentas e tratamento
de solo, técnicos mostram a fazendeiros
que é possível melhorar os produtos
e, com isso, os lucros. O uso de nitrogênio
no solo, por exemplo, permitiu aos produtores
preverem quanto seria colhido em determinada
temporada, informação relevante
para fins de exportação. Quem
apresentou as experiências do Consórcio,
foi o próprio coordenador dele, Raj
K. Gupta, um dos palestrantes da sessão
sobre manejo sustentável do solo, que
ocorreu ontem, 18 de julho, no Workshop Internacional
sobre Desenvolvimento da Agricultura Tropical,
promovido em Brasília-DF pela Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
- Embrapa, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) e parceiros.
Quem também falou
sobre o manejo de solos foi o pesquisador
da Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS) José
Eloir Denardin, agrônomo e doutor em
Solos e Nutrição de Plantas
pela Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz da Universidade de São Paulo
(Esalq). Segundo ele, o manejo dos solos nos
trópicos é diferenciado porque
conta com uma rede de laboratórios
instalada no Brasil, que usa métodos
padronizados de análise de materiais
e possui um rigoroso controle de qualidade
das análises.
Denardin apresentou detalhadamente
a experiência brasileira com o sistema
plantio direto e o uso sucessivo de diversificadas
culturas em diferentes sistemas de produção.
Como exemplo da aplicação dessa
tecnologia, citou o cultivo de braquiárias
adaptadas ao sistema, que permite a recuperação
física e biológica do solo.
Para Denardin, é
o melhoramento genético das espécies
cultivadas que possibilita o arranjo necessário
para o sucesso da agricultura conservacionista.
Segundo ele, o desafio aos pesquisadores é
estudar quais espécies plantar, quando
plantá-las e como arranjá-las.
"O manejo conservacionista de solo deve
olhar para a qualidade do solo, para a fertilidade
física, química e biológica
dele". Ele explica que a preocupação
que o sistema de plantio direto coloca está
relacionada a "o que" produzir e
não "como".
Joanicy Brito / José Eloir Denardin