Aracaju
20/07/06 – O Ibama realizará amanhã
(21) às 9 horas no Complexo Administrativo,
no município de Neópolis, mais
uma Oficina de Capacitação para
o controle do Caramujo-gigante-africano (Achatina
fulica), espécie exótica, invasora
e nociva, nativa da África, que vem
causando prejuízos à culturas
agrícolas, à saúde humana,
por ser potencial transmissor de doenças
parasitárias, e ao meio ambiente.
A oficina tem como objetivo
capacitar professores, agentes de saúde,
representantes da Secretaria de Agricultura
e Obras, funcionários da limpeza urbana
e lideranças comunitárias. As
atividades da oficina serão conduzidas
pela responsável do Núcleo de
Fauna do Ibama/SE, a bióloga Gláucia
Maria Lima Bispo e pelo Coordenador do Núcleo
de Educação Ambiental da Administração
Estadual do Meio Ambiente (Adema), professor
e biólogo, Nabucodonosor Teixeira Bonfim,
que orientarão os participantes sobre
procedimentos de captura do caramujo, sua
destinação e prevenção.
A próxima Oficina
de Planejamento e Capacitação
será realizada no dia 25 de julho no
município de Lagarto. Outras oficinas
já foram realizadas atendendo um calendário
de solicitação das prefeituras,
como aconteceu nos municípios de Siriri,
Estância, Boquim e Salgado.
Estas oficinas fazem parte
da implementação das decisões
tomadas por uma comissão multiinstitucional,
em reunião realizada ano passado pelo
Ministério Público Federal em
Sergipe, por meio de sua articuladora, a procuradora
Gicelma Santos do Nascimento. Fazem parte
da comissão o Ministério Público
Federal e Estadual, o Ibama/SE, a Superintendência
Federal de Agricultura/SE, a Vigilância
Sanitária Estadual, a Secretaria de
Estado de Educação e a Diretoria
do Departamento Agropecuário de Sergipe
(Deagro).
Segundo Gláucia Bispo,
do Ibama, as pessoas precisam ser informadas
sobre o Caramujo–ggante-aricano, para que
providêcias sejam tomadas o mais breve
possível, ela também informou
que os órgãos federal e estadual
estão trabalhando juntos para dar suporte
técnico aos municípios para
o controle e extermínio dessa espécie
no Estado.
Espécie Exótica
Invasora - O caramujo–gigante–africano foi
introduzido ilegalmente no Brasil na década
de 80, no estado do Paraná, como uma
alternativa para a criação do
escargot, iguaria muito apreciada da cozinha
francesa. A falta de controle e o abandono
do molusco, por parte de criadores, contribuíram
para a proliferação da espécie
que já atingiu 23 estados brasileiros.
Infestado em diversos
países, apenas os Estados Unidos conseguiu
exterminar a espécie no País,
sendo desconhecido até o momento seu
predador. É um molusco resistente ao
frio e hiberna a temperaturas baixas de 10°C
na seca e ao sol intenso. São encontrados
em bordas de matas, margens de brejos, capoeiras,
hortas, pomares, plantações,
terrenos abandonados e quintais. São
herbívoros, isto é, se alimentam
de frutos, folhas e flores e tem como hospedeiro
o rato.
Marilene Silvestre