São
Luís (20/07/06) - O Escritório
Regional do Ibama em Santa Inês (MA),
por meio do seu núcleo de Educação
Ambiental, elaborou durante a última
semana o projeto “Reconstituição
e Preservação da Mata Ciliar
nas margens do Rio Pindaré”. Já
foram feitos os primeiros contatos no sentido
de articular uma ação conjunta
que reúna diversos órgãos
e instituições, com o objetivo
de viabilizar a implantação
do projeto. Entre eles estão o Instituto
Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra), a Secretaria Municipal
do Meio Ambiente de Pindaré-Mirim,
a Casa da Agricultura e associações
comunitárias.
O rio Pindaré é o principal
afluente do rio Mearim, nasce nas áreas
elevadas que dividem as bacias hidrográficas
dos rios Mearim e Tocantins e fica próximo
à cidade de Amarante (MA). O percurso
do rio Pindaré é de cerca de
686 quilômetros. Atualmente, a navegação
no rio e em seus afluentes é praticada
por embarcações de madeira,
com capacidade total entre 3 e 15 toneladas.
Elas se destinam ao transporte de carga de
grãos e produtos florestais (arroz,
milho, feijão, babaçu, madeira)
e de passageiros. Entre os principais problemas
que acometem o rio Pindaré estão
o desmatamento das matas ciliares, a pesca
predatória e o assoreamento de seu
leito.
Nas atividades de combate ao desmatamento,
ocorridas no início de julho, a equipe
de fiscalização do Ibama em
Santa Inês já havia apreendido
na rodovia BR-316, aproximadamente 14 metros
cúbicos de madeira de vários
tipos, que estavam sem a cobertura de Autorização
de Transporte de Produtos Florestais (ATPF).
Na ocasião foi lavrado um auto de infração
no valor de R$ 7 mil, além da apreensão
do caminhão utilizado no crime ambiental.
Em atendimento à uma solicitação
da Fundação Nacional do Índio
(Funai), o Escritório Regional do Ibama
em Santa Inês realizou na semana passada
uma avaliação técnica
em aproximadamente 100 metros cúbicos
de madeiras de diversas espécies. Esse
material foi apreendido em 2004, resultado
de ações realizadas pelo Ibama
em conjunto com a Funai e Polícia Federal,
nos territórios indígenas de
Awá-Guajá e Caru, próximas
à Reserva Biológica do Gurupi.
Nessa primeira etapa,
os técnicos do Ibama fizeram uma quantificação
do material apreendido. O próximo passo
é elaborar um relatório descritivo
detalhado, com informações como
o estado de conservação das
espécies de madeira eseus respectivos
valores, com o objetivo de viabilizar uma
futura destinação.
Paulo Roberto Mendes de Araújo Filho