(26/07/2006)
- Mais um tema nas negociações
da área internacional da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) desperta
interesse e pauta encontro entre pesquisadores
brasileiros e sul-coreanos. É a bioenergia
que, nesta quarta-feira (26), motivou uma
reunião entre representantes da Agência
de Desenvolvimento Rural (RDA) da República
da Coréia, e da Coordenadoria de Cooperação
Internacional (CCI) da Embrapa, em Brasília.
Três meses depois
de o diretor-presidente da Empresa, Silvio
Crestana, anunciar a instalação
da Embrapa Agroenergia, um grupo de três
executivos do RDA adianta o interesse em conhecer
as alternativas bioenergéticas que
a instituição brasileira pode
oferecer àquele país. O coordenador
da CCI, Sotto Pacheco Costa adianta que, provavelmente,
derivados de oleaginosas estejam entre as
prioridades do RDA. Tanto que um dos executivos
da instituição sul-coreana,
Kyeong-Seok Oh, trata especificamente do tema
bioenergia.
Os cientistas do RDA também
tomaram conhecimento de detalhes a respeito
do Plano Nacional de Agroenergia, lançado
no ano passado pelo MAPA e que estabelece
cinco grandes grupos de cadeias produtivas
(biogás, biodiesel, etanol e resíduos)
e como a Embrapa está conduzindo as
pesquisas neste segmento.
Arrroz nacional vai para
Coréia - A reunião deste dia
26 de julho serviu para fortalecer as negociações
na área de transferência de tecnologia
e de cooperação internacional
com a República da Coréia, que
desde o ano passado é parceira da Embrapa
em pesquisa agropecuária. Apesar da
recente parceria, as duas instituições
amadureceram as conversações
a ponto de fecharem um memorando de entendimento
para treinar técnicos de ambos os países
e fazer intercâmbio de germolasma (em
especial de arroz para terras altas, ou irrigado)
e manejo de água. Nesse sentido, pelo
menos três variedades orizícolas
deverão ser enviadas para testes em
estações experimentais sul-coreanas
ainda nos próximos 30 dias. “ O material
(sementes) já está na Embrapa
Recursos Genéticos para procedimentos
exigidos pela legislação e seguirá
para Coréia de acordo com os procedimentos
determinados pelo MAPA “, explica Sotto Pacheco.
Deva Rodrigues