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ÍNDIOS LIBERAM TRÁFEGO NA RODOVIA BR-163

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2006

26/07/2006 - Lideranças vão aguardar até o próximo dia 1º de agosto por uma resposta do governo federal para o pedido de uma audiência pública exclusiva com as populações indígenas sobre os impactos socioambientais do asfaltamento da rodovia em suas terras. Movimento mantém a exigência da demissão imediata do presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes.

Os quase cem índios de várias etnias da Bacia do Rio Xingu que interditaram a rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163), desde o domingo passado, na altura do município de Itaúba, no norte do Mato Grosso, liberaram o fluxo de veículos no início da tarde de hoje, quarta-feira, dia 26 de julho. A desobstrução da estrada aconteceu depois de uma reunião realizada entre os manifestantes e uma comitiva formada por representantes do Ministério Público Federal, dos governos federal e mato-grossense. A mobilização reivindicou a concessão de uma série de compensações às comunidades indígenas pelos impactos socioambientais do asfaltamento da estrada e a demissão imediata do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes (confira).

Segundo o acordo firmado no encontro, a ser encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal deverá dar uma resposta até o próximo dia 1º de agosto para o encaminhamento das reivindicações e o pedido do agendamento de uma audiência pública apenas com os índios sobre a pavimentação da rodovia. As lideranças indígenas presentes mantiveram a exigência da exoneração de Gomes e afirmam que, se ela não for efetivada até o início do mês, voltarão a fechar a estrada. O MPF comprometeu-se a acompanhar o andamento das ações e programas prometidos aos índios por conta da obra.

As lideranças indígenas reclamam que não sabem ainda como serão prevenidos os prováveis impactos do asfaltamento, como incêndios florestais, desmatamento, o comércio ilegal de madeira e invasões de suas terras. Cobram a regularização fundiária de Terras Indígenas ainda não homologadas na região, investimentos para a fiscalização e a proteção de suas áreas, a construção de estradas de acesso às aldeias e projetos de desenvolvimento sustentável. Parte das compensações prometidas aos índios constam do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável para a Área de Influência da rodovia BR-163.

“Os representantes do governo nos garantiram que o asfaltamento da estrada não vai começar até que sejam realizados os estudos de impacto ambiental nas Terras Indígenas próximas a ela. Vamos cobrar este compromisso”, afirma Megaron Txucarramãe, administrador-executivo regional da Funai em Colíder (MT) e um dos líderes do protesto. Ele explica que as comunidades querem apenas ser ouvidas pelo governo e encaminhar efetivamente as suas reivindicações, o que estaria sendo impedido pelo presidente da Funai. Megaron confirma a disposição de lutar pela demissão de Gomes. “Nunca houve um presidente da Funai que tratasse as lideranças e comunidades indígenas com tanto desrespeito. Queremos uma pessoa no cargo que esteja disposta a negociar e a brigar dentro do governo federal em defesa dos direitos de nosso povo”.


Estiveram presentes à reunião o procurador da República no Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, o superintendente de Assuntos Indígenas do governo mato-grossense, Rômulo Vandoni, o prefeito de Guarantã do Norte (MT), José Humberto Macedo, o assessor técnico da Secretaria-Executiva do Ministério dos Transportes, José Maria Cunha, e o procurador federal na Funai, César Augusto do Nascimento.
Oswaldo Braga de Souza.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.isa.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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