28/07/2006
- Pólo garante investimento de R$ 2
bi Setor minero-siderúrgico vai desenvolver
a região com garantias de preservação
do meio ambiente
Dono da terceira maior reserva
de minério de ferro do mundo, o maciço
de Urucum, uma montanha com 30 bilhões
de toneladas de jaspilito e 890 milhões
de toneladas de solo coluvionar, o município
de Corumbá se prepara para receber
gigantes da siderurgia que planejam investir
mais de US$ 2 bilhões na exploração
e transformação do minério,
com destino à exportação.
Tanto investimento se justifica. O mineral
existente no local é de excelente qualidade,
garantem os técnicos do Grupo Inglês
Rio Tinto, que divide com a Companhia Vale
do Rio Doce os direitos de exploração
do maciço. No resto do país
as reservas são de 75% de minério
fino e 25% granulado, enquanto em Corumbá
dois terços do minério são
de classificação granulada,
o que torna sua redução muito
mais viável economicamente.
Com a implantação
do pólo minero-siderúrgico o
minério será processado na própria
região, agregando valor ao produto,
que em seu estado bruto vale um décimo
do ferro industrializado. Em todo o mundo,
a Rio Tinto produz 121 milhões de toneladas
de minério por ano, se constituindo
na maior empresa multinacional do ramo. Conquistou
um mercado de US$ 27 bilhões, dos quais
US$ 120 milhões em Corumbá,
onde já emprega 200 pessoas. Nos cinco
continentes onde opera possui 36 mil funcioná-rios.
A Rio Tinto e a MMX Mi-nerações
e Metálicos se articulam para implantar
o pólo minero-siderúrgico de
Corumbá. O projeto do grupo inglês
está em fase de licenciamento e a previsão
é que começa a ser executado
em meados de 2007. A projeção
de geração de riquezas na região,
a partir do pólo, é algo extraordinário.
Somente na fase de construção
seriam US$ 166 milhões em salários.
Na operação, outros US$ 53 milhões/ano.
Em bens de serviços, US$ 330 mi-lhões/ano;
e em impostos, US$ 320 milhões/ano.
O foco da MMX é abastecer
os mercados de Mato Grosso do Sul, São
Paulo e Paraná, e exportar para o Mercosul.
A expectativa é que, quando atingir
sua plena capacidade, em 2008, o pólo
minero-siderúrgico de Corumbá
produza até 4,9 milhões de toneladas
de minério de ferro por ano. Em agosto
deste ano começa a construção
da usina. O ferro-gusa será utilizado
como matéria-prima para a produção
de semi-acabados.
Meio Ambiente
Os avanços econômicos
que a região irá obter com a
im-plantação do polo mínero-siderúrgico
só poderão existir graças
ao trabalho realizado pela secretaria Estadual
de Meio-Ambiente. A região onde está
instalado o complexo é considerada
fundamental para o meio ambiente. A Sema,
durante todo o processo, se manteve inflexível
na idéia do desenvolvimento com preservação.
As empresas tiveram que se adequar às
con-dições ambientais para que
pudessem receber as autorizações
e licenças necessárias para
o funcionamento do complexo. Com o trabalho
da Sema, foi consolidada a garantia do desenvolvimento
da região, do aumento de arrecadação
estadual, geração de empregos,
com respeito ao meio ambiente e a implantação
de uma cultura preservacionista.