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de Agosto de 2006 - Brasília - Cerca
de 4,5 milhões de pessoas fazem parte
de comunidades tradicionais atualmente no
Brasil. Elas ocupam 25% do território
nacional, segundo a ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva. Os números foram divulgados
hoje (2), durante solenidade em que foi instalada
a Comissão Nacional de Desenvolvimento
Sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais.
Formado por 15 representantes
da sociedade civil e 15 do governo federal,
o grupo tem por objetivo coordenar a elaboração
e monitorar a implementação
da Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais.
De acordo com o Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, esse segmento inclui, entre outros grupos,
2 milhões de quilombolas, 1 milhão
de atingidos por barragens, 435 mil indígenas,
400 mil quebradeiras de coco e babaçu
, 37 mil seringueiros e 163 mil castanheiros.
“Eles prestam serviço
público na defesa da nossa biodiversidade”,
destacou a ministra do Meio Ambiente. “São
cerca de 4,5 milhões de brasileiros
que asseguram o território, asseguram
a cultura, e que nós jamais seríamos
capaz de pagar esse contingente de pessoas
para cuidar desse território, dessa
biodiversidade”, acrescentou a ministra.
De acordo com o Ministério
do Meio Ambiente, entre 2003 e 2005, o governo
federal destinou R$ 1,2 bilhão às
comunidades tradicionais. Este ano, o ministério
vai investir R$ 100 milhões. A ministra
defende que, a partir da instalação
da comissão, esses recursos não
sejam usados em “ações pulverizadas”,
mas em iniciativas integradas, com a participação
de vários órgãos do governo
federal.
“A partir desses recursos
estamos pensando num programa integrado e
é claro que esse programa vai demandar
mais recursos. E é a isso que eu e
o ministro Patrus Ananias [ministro do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome] estamos atentos,
na feitura do PPA [Plano Plurianual], na feitura
do orçamento”, afirmou a ministra.
Juliana Andrade