02/08/2006
- Implantar o primeiro Zoológico e
Parque Botânico de Campo Grande, este
é o objetivo de reuniões que
estão sendo realizadas por uma comissão
que analisa a implantação do
Apazoo (Associação Parque Zoobotânico)
da capital. O complexo deverá ser implantado
numa área de 187 hectares, pertencente
à Sema (Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos), localizada
no Parque da Mata do Segredo, no bairro Nova
Lima, e abrigar animais que estão hoje
no Cras (Centro de Reabilitação
de Animais Silvestres).
No próximo dia 7,
a comissão organizadora do projeto
deve reunir-se para elaborar um estatuto e
saber o quanto de recurso deverá ser
necessário para implantar o parque,
bem como saber como deverá ser a instalação
do local. “O projeto, além de servir
como um ponto turístico para os visitantes
que poderão conhecer as espécies
do Estado, deve ajudar a abrigar os animais
e desafogar a quantidade de espécies
que hoje estão no Cras”, afirma um
dos membros da comissão organizadora
do projeto Aldayr Herbele.
Ainda não há
data definida para a implantação
do parque, mas os organizadores buscam apoio
de entidades públicas e privadas para
angariar fundos. “Discutiremos isso em reunião,
mostrando a importância do projeto para
todo o Estado”, explica Herbele. Além
de abrigar os animais, o Apazoo deverá
também contribuir para a educação
ambiental, promovendo pesquisas sobre a fauna
e flora do Estado. “Iremos plantar arvores
de várias espécies para que
todos tenham a oportunidade de conhecê-las
e estudá-las”, explica. A intenção
é cultivar frutas e legumes dentro
do parque, que podem ser utilizadas posteriormente
para alimentar os animais. A comissão
analisa ainda a possível implantação
de alguns aquários dentro do Apazoo
colocando diversas espécies de peixes
à disposição do público
visitante.
Hoje os animais apreendidos
em todo o Estado pela Policia Militar Ambiental,
seja em decorrência de acidentes como
atropelamento ou devido a tráfico de
espécies, são conduzidos até
o Cras. A maioria, segundo o biólogo
Élson Santos, fica no centro até
se recuperar; entretanto, para alguns há
necessidade de serem mantidos no local. Para
o secretário de Meio Ambiente, José
Elias Moreira, o projeto vai unir os dois
lados, a preservação e o turismo.
“O objetivo é propiciar mais um ponto
turístico para a população
somado com a preservação ambiental”,
explica Moreira.
O Cras habita, atualmente,
cerca de 200 animais de pequeno e grande porte,
na maioria aves. Élson explica que
alguns que estão traumatizados por
sofrerem ferimentos graves, não podem
ser reconduzidos à natureza e já
têm o centro como residência fixa,
sendo que provavelmente estes devem ser encaminhados
para o zoológico.