08-08-2006
- Anchorage (EUA) - A Bristish Petroleum (BP),
uma das gigantes petrolíferas do mundo,
fechou seu campo de extração
de petróleo da baía de Prudhoe,
no Alasca, por causa da descoberta de corrosão
na tubulação em oleoduto. O
Greenpeace alerta para a falta de segurança
nas instalações que levaram
ao fechamento.
“Esse fechamento não
deveria ser uma surpresa. A corrosão
da tubulação, que levou a BP
a decidir pelo fechamento do oleoduto, foi
causada pelo derramamento em março
deste ano de 270 mil galões de óleo
do campo de petróleo da baía
de Prudhoe”, disse Melanie Duchin, especialista
do Greenpeace em energia.
O derramamento provocou
a contaminação de extensas áreas
de tundra, o bioma local no Alasca. “Isso
é uma prova de que o maior campo de
petróleo dos Estados Unidos tem grandes
problemas de segurança. Todo o ciclo
de produção de combustíveis
fósseis é perigoso. Isso demonstra
que são necessários investimentos
em fontes limpas, seguras e renováveis
de energia, que devem ser promovidas pelos
governos”.
Ironicamente, a baía
de Prudhoe faz parte do Oceano Ártico,
uma das regiões mais afetadas pelas
mudanças climáticas do planeta,
com um aquecimento entre três e cinco
vezes mais rápido do que a média
global. É possível ver sensíveis
efeitos desse aquecimento na diminuição
da espessura do gelo e no afogamento de ursos
polares por causa da perda de permafrost –
solo escuro que permanece congelado por mais
de dois anos em regiões árticas
e em regiões montanhosas.
Os Estados Unidos queimam
25% do petróleo queimado no mundo,
ainda que suas reservas representem somente
3% das reservas globais. Os governos de todo
o mundo devem investir e adotar massivamente
energias renováveis, como a solar e
a eólica, e diminuir sua dependência
em relação ao petróleo.
que apenas deteriora o ambiente e contribui
para o aquecimento global.