7
de Agosto de 2006 - Brasília - Representantes
de instituições públicas
e privadas responsáveis pelos 74 projetos
aprovados pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente
(FNMA) recebem até sábado (12)
capacitação para administrar
os recursos liberados. Os projetos envolvem
da recuperação de nascentes
ao manejo da fauna ameaçada. Segundo
o diretor do Fundo, Elias Araújo, "a
expectativa é de que o encontro sirva
de exemplo para aqueles que pretendem participar
de iniciativas de preservação
do meio ambiente. Pretendemos mostrar que
é possível executar esses projetos
de forma transparente e participativa”.
Dados apresentados pela
gerência de Projetos do FNMA apontam
que o total de investimentos nos convênios
assinados chega a R$ 20 milhões. Os
projetos vêm de todo país, mas
a maioria vem de instituições
da região Norte (32%), para dar seguimento
a temas específicos como os da Agenda
21 e o planejamento territorial na área
de influência da BR-163.
Os recursos foram repassados
no inicio deste ano, mas “é fundamental
que as pessoas sejam treinadas para a administração
desse dinheiro, e fiscalizem todas as ações”,
afirma Cinara Del Arco Sanches, coordenadora
geral da ONG Instituto de Permacultura da
Bahia. O projeto aprovado prevê trabalho
para melhorar a qualidade de vida de mais
de 600 famílias, "sem que o sertanejo
precise sair da sua terra-natal”.
Além das organizações
não-governamentais, estão entre
as instituições beneficiadas
associações, universidades,
órgãos públicos, cooperativas
e prefeituras, cuja participação
cresceu devido ao fortalecimento do Sisnama
(Sistema Nacional de Meio Ambiente). “Hoje
os editais lançados são direcionados
às prefeituras. Queremos que estados,
União e municípios trabalhem
juntos”, aponta a gerente de Projetos Ana
Beatriz.
Ela acrescenta que um grupo
ou associação de moradores também
pode concretizar suas idéias: basta
ter uma função na área
ambiental prevista em seu estatuto e constar
do Cadastro Nacional de Entidades Ambientais.
O projeto deve obedecer ao edital e será
avaliado pelas condições técnicas
de realização.
Segundo o diretor do Fundo,
após 17 anos de funcionamento, em apenas
3% dos projetos liberados foram registradas
sanções do Estado, por gastos
de forma insatisfatória.
Juliane Sacerdote