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IBAMA FAZ OPERAÇÃO SURUCUCU NA FLONA CAXIUANÁ NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

Belém (09/08/06) - O Superintendente Estadual do Ibama no Pará, Marcílio Monteiro em entrevista coletiva na sede do órgão em Belém, revelou os dados da Operação Surucucu realizada pelo Ibama e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) com o objetivo de apurar denúncias de ilícitos ambientais na Floresta Nacional (Flona) de Caixuanã, administrada pelo Ibama.

A operação Surucucu (espécie de cobra amazônica) foi efetivada no período de 24 de julho a 7 de agosto, nos municípios de Porto de Moz e Portel, respectivamente a 569 e 386 quilômetros de Belém. Essas regiões ficam a sudoeste e noroeste do Pará. A operação mobilizou 20 pessoas entre agentes de fiscalização, técnicos do Ibama de Belém, de Breves e policiais do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA).

A ação do Ibama flagrou a extração ilegal de madeira e identificou inúmeras estradas ilegais construídas para o acesso a Flona, a partir de municípios como Porto de Moz, Senador José Porfírio e Portel. Uma dessas estradas tem cerca de 25 quilômetros de extensão em direção à Flona de Caxiuanã. Os agentes de fiscalização presumem que a madeira, encontrada em ramais da estrada, tenha sido extraída ilegalmente da Flona.

Foram feitas apreensões de 1.399,624 metros cúbicos de madeira em toras e 30 metros cúbicos de madeira serrada, além de 10 motosseras, 100 litros de óleo diesel, dois tambores de graxa, duas lâminas de serra, uma pá carregadeira, oito cartucheiras e dois rifles de fabricação caseira e vários facões usados em desmatamentos na região. Multa foi lavrada no valor de R$ 142.962,40 (cento e quarenta e dois mil novecentos e sessenta e dois reais e quarenta centavos).

Infratores - Segundo Marcílio Monteiro a operação Surucucu identificou os responsáveis pela extração ilegal de madeira na Flona. O maior deles foi localizado pelo Ibama às margens do rio Maruá, afluente do Xingu, na área de desmatamento ilegal onde 15 homens estavam efetuando corte de árvores. No acampamento improvisado foram identificados, pelos policiais do BPA peças de armas de fogo e apreendidas cartucheiras e armas caseiras. O romaneio, documento que identifica as toras extraídas, encontrado no acampamento revelou que o responsável pelo desmatamento é o senhor Camões Gonçalves Guimarães, residente em Porto de Moz, que identificou as toras com iniciais dos compradores da madeira IP – Ivair Pontes e RV - Rivaldo Campos.

Camões Gonçalves Guimarães é o maior extrator de madeira que atua de forma ilegal em desmatamento e extração de produto florestal na área da FLONA. Guimarães antes extraía ilegalmente madeira na Terra do Meio, área hoje da Resex Verde Sempre, criada pelo governo federal e já prestava “serviços” a Ivair Pontes e Rivaldo Campos.

Dados de ambientalistas na região indicam que a família Pontes e Campos contratam e detém equipamentos de grande porte para a retirada ilegal de madeira na região do Xingu. Segundo a fonte, Campos e Pontes já extrairam ilegalmente, somente da região de Caxiuanã, mais de 20 mil metros cúbicos de madeira em toras. Todo o produto florestal ilegal é escoado em balsas através do Porto do rio Maruá, afluente do rio Xingu. A madeira é exportada ilegalmente para o nordeste, sudeste e sul do País.

O Ibama localizou ainda duas estradas, uma na Vila Tapará, de 10 km e que dá acesso a Flona, onde foram encontradas cerca de 20 toras espalhadas no ramal. O local indicava sinais recentes de exploração florestal. Na margem esquerda do rio Majarí, ao lado de uma escola pública, foram encontradas 515 toras de madeira de várias espécies e um caminhão no local. Na área existe uma estrada com cerca de 35 quilômetros de extensão em direção a Porto de Moz. Do outro lado do rio a estrada prossegue em direção a Flona com sinais recentes de exploração florestal.

Histórico da Flona – A Floresta Nacional (Flona) de Caixuanã, é uma unidade de Conservação (UC), criada em 1961 (a mais antiga Flona da Amazôna) e administrada pelo Ibama, com 330 mil hectares, localizada na região noroeste do estado do Pará, a 300 km de Belém. Na Flona está instalada a Estação de Pesquisa Cientifica “Ferreira Pena”, do MPEG – Museu Paraense “Emílio Goeldi”, que ocupa 10% (33.000 hectares) da área da Flona, cedida pelo Ibama.

Atualmente existem invasões nas fronteiras secas da Flona Caxiuanã e seu entorno. No município de Melgaço, parte norte da Flona, mais especificamente na região do Lago do Camoim, entre janeiro e fevereiro de 2005 foi detectada a ação de retirada ilegal de madeira e várias serrarias clandestinas, instaladas na área.

Há no local extração de madeira para produção de dormentes, por uma empresa madeireira de nome Paraminas. Foram localizadas outras extrações e uma estrada para escoamento da madeira em toras próxima ao igarapé Biribá. Esta estrada penetra na unidade e segundo moradores locais, pertence a um rico comerciante de Portel.

O Ibama fez autuações e apreensões de tratores, motosserras, caminhão, madeira e correias de serrarias. Na ocasião havia no local, mais de cem homens trabalhando, entre moradores das margens do lago e trabalhadores de fora. A operação foi realizada pelo Escritório Regional de Breves com a participação de analista ambiental da Flona.

Em fevereiro 2006, foi identificado um marco de demarcação de concreto e placa com a inscrição: “Fazenda Camoim”, na parte norte da Flona, próximo ao igarapé Assacu. A denúncia foi feita por moradores da comunidade do Laranjal, do interior da unidade. Havia dois picos que partiam do referido marco em ângulo reto entre si, em direção ao lago do Camoim. Um dos picos termina na referida estrada de extração ilegal, conforme relato de morador da área. A situação foi averiguada por analistas ambientais Flona.

Também foi descoberta pela Fase-Camoim uma estrada com ramais na parte norte da unidade, que faz divisa com o quilombola de Gurupá, em 2003. Essa estrada de terra termina no rio Majari, afluente do Xingu. No sudoeste da unidade foi detectado no interior da Flona, por moradores do rio Cariatuba, muitos picos de invasores de Porto de Moz.

Segundo as denúncias existe uma estrada que parte do Porto Maruá, no rio Maruá afluente do Xingu e penetra na Flona e, vários os grupos que atuam na área, desde pequenos extratores a grandes madeireiros de Porto de Moz. Houve ação local pela fiscalização do Escritório Regional do Ibama em Altamira, com autuação e apreensão. Há inúmeras invasões por caçadores e pescadores que caçam e pescam ilegalmente utilizando o rio Anapu que margeia a unidade.

A maioria da população local é analfabeta, não possui documentação pessoal e as crianças em sua maioria não têm certidão de nascimento. No entorno, os problemas são os mesmos, abandono social, falta atendimento médico, assistência técnica e educação. As grandes empresas se aproveitam do quadro de miséria da população, compram árvores de Angelim por R$ 10,00 ou R$ 15,00 reais. Os regatões que cortam os rios entorno da Flona cobram preços absurdos por gêneros alimentícios como café, óleo e açúcar adicionando com trocas por farinha ou castanha.
Edson Gillet Brasil

Oito operações são realizadas no Pará

Belém (07/08/06) - A Gerência Executiva do Ibama em Marabá participa das operações Kayapó e Raio de Sol, que estão em curso nas regiões sudeste e sul do Pará, integrando a força tarefa com a Polícia Federal (PF), Fundação Nacional do Índio (Funai), Ouvidoria Agrária do Incra, Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Polícia Militar e Polícia Civil.

O superintendente do Ibama/PA Marcílio Monteiro diz que a Operação Surucucu está em curso desde o dia 24 de julho, e envolve fiscais do Ibama e membros do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) no combate a invasões e extração ilegal de madeira na Flona de Caixuanã, a 300km de Belém.

A Operação Kayapó combate invasões para extração ilegal de madeira em terras indígenas dos índios Kayapó, nos municípios de Tucumã (930km) e São Felix do Xingu (1.100km), sul do Pará, Belém. A Operação Raio de Sol iniciada na última quinta-feira (3), combate desmatamentos ilegais na Fazenda Raio de Sol, entre outros ilícitos ambientais na região de Pacajá, a 500km da capital.

ATPF - O gerente executivo do Ibama em Marabá Edivaldo Pereira assegura que o Ibama está fechando o cerco na região para recuperar ATPFs roubadas na sede do órgão em Marabá, no último dia 23 de julho passado. Segundo Pereira, mais de 700 ATPFs de tarja preta, das duas mil furtadas em Belém, já foram resgatadas pelo Ibama. As ATPF vem sendo usadas pelas carvoarias localizadas em Paragominas e Dom Eliseu e têm como destino as guseiras que operam em Marabá.

Operações - O Chefe de Fiscalização da Gerência Executiva do Ibama em Santarém, Manoel Costa, informa que estão em curso cinco operações do órgão em parceria com o Pelotão Ambiental da Polícia Militar (Peloma) de Santarém e o Exército nos municípios de Santarém, Oriximiná, Monte Alegre, Alenquer, Itaituba, Altamira, Novo Progresso e Uruará nas regiões oeste, sudoeste e do Baixo-Amazonas. Nos municípios de Novo Progresso e Uruará o Ibama conta com apoio logístico do Exército.
Edson Gillet Brasil

Ibama divulga dados parciais de operações no Oeste do Pará

Belém (08/08/06) - As ações do Ibama em curso no oeste e sudoeste do Pará, desde o início de abril, como a Operação Verde Para Sempre em Altamira, Ouro Verde em Itaituba, Castelo dos Sonhos em Novo Progresso e Satélite em Uruará/Santarém com abrangência aos municípios de Monte Alegre, Oriximiná e Alenquer, são executadas, a partir de bases operativas do órgão instaladas nesses municípios paraenses, em parceria com o Pelotão Ambiental da Polícia Militar de Santarém e do 53º BIS - Batalhão de Infantaria de Selva de Itaituba, conforme prevê o Plano de Combate e Prevenção do Desmatamento na Amazônia em 2006.

As Estatísticas das operações no período de 12 de abril a 28 de julho do corrente, demonstram que 1.430,88 hectares de área foram embargadas/interditadas, 28 propriedades vistoriadas, e apreendidos 5.256,61 metros cúbicos de madeira serrada e 3.455,16 em toras e, lavrados 99 AI (Autos de Infração), totalizando 4.016.513,13 (quatro milhões dezesseis mil e quinhentos e treze reais e treze centavos) em multas.

A operação Castelo dos Sonhos, base operativa em Novo Progresso, é composta de 30 pessoas entre agentes de fiscalização do Ibama, Policiais militares, soldados e oficiais do Exército brasileiro. Segundo o coordenador da operação Manoel Costa Filho, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama da Gerência Executiva de Santarém, a operação repete a mesma estratégia montada no ano passado pelo órgão, na prevenção, controle e combate a queimadas e desmatamentos ilegais na região, já identificados por imagens de satélites na região.

Costa Filho enfatizou que para os trabalhos de fiscalização sobre a exploração, transporte, armazenamento e comercialização da madeira, o Ibama dispõe de seis veículos e poderá contar ainda com um helicóptero para auxiliar as ações de fiscalização em Novo Progresso.
Edson Gillet Brasil

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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