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INVASORES SÃO EXPULSOS DE TERRA INDÍGENA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

09 de agosto - Chegou ao fim a primeira etapa de uma operação conjunta entre a Funai (Fundação Nacional do Índio), Polícia Federal e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), junto de índios Kayapó, para expulsar invasores da Terra Indígena Kayapó, localizada no sul do Pará. Iniciada na última quarta-feira 2 de agosto, a equipe expulsou 19 invasores, todos eles trabalhando a mando de fazendeiros e grileiros da região para derrubar a mata com o fim de preparar o local para pasto. Junto deles, foram aprendidas três moto-serras, cinco espingardas e um revólver calibre 38. Os acampamentos onde se encontravam foram todos destruídos.

Segundo o chefe da operação, o assessor da Diretoria de Assistência da Funai, Eimar Araújo, o primeiro objetivo da operação foi totalmente cumprido. “Conseguimos fazer a desintrusão da área. As pessoas que iniciavam o desmatamento foram flagradas e retiradas. Agora, temos que garantir que essas pessoas permaneçam fora”, disse. Para impedir o retorno dos invasores, uma equipe da Funai, junto de guerreiros Kayapó da aldeia Kikretum, vão permanecer no local, pelo menos, até o final do mês. Lá será construído um posto de vigilância e fiscalização, que será permanentemente ocupado até o início da época da chuva, para evitar a entrada ilegal de pessoas com o intuito de aproveitar essa época do ano para semear pasto.

As pessoas encontradas dentro da área eram trabalhadores, muitos em situação degradante e, de acordo com o delegado da Polícia Federal, Antônio Delfino de Castro Neto, pode ser caracterizado até mesmo trabalho escravo. Todos eles foram ouvidos, colhidos depoimentos, fichados, e depois liberados. Denunciaram sete fazendeiros que estariam por trás de suas contratações, e cinco grileiros que teriam vendido ilegalmente terra dentro dos limites da Terra Indígena. Logo após deixar o local da operação, a Polícia Federal passou a investigar e a ouvir os próprios acusados de serem os mandantes nas cidades onde residem: Tucumã, São Félix do Xingu, Xinguana e Redenção,

Há ainda a possibilidade de fazendas que possuem limite com a terra indígena terem aumentado suas posses ilegalmente sobre a área. “Por imagens de satélites, pode haver alguns casos de fazendas que sobrepuseram o pique de demarcação. Isso vai ser constatado com a limpeza do pique, o outro passo para garantir a proteção da terra indígena”, informou Araújo.

A operação entrou cerca de 30 km quilômetros dentro da mata, e encontrou quase 20 focos de desmatamento. Nos sobrevôos, foram identificados ainda três possíveis garimpos em atividades, numa área distante da que ocorre as invasões. Um deles foi desativado pela operação; as pessoas fugiram e os barracos foram queimados. A Polícia Federal, junto da Funai e dos índios Kayapó, prepara agora uma nova operação para desativar os garimpos e expulsar os garimpeiros.

T.I. Kayapó
A Terra Indígena Kayapó tem 3,284 milhões de hectares, uma população de aproximadamente quatro mil índios, e foi homologada em 1991, envolvendo os municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, no sul do estado do Pará.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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