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LIDERANÇAS KAYAPÓ PARTICIPAM DE REUNIÕES SOBRE TI LAS CASA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

15 de agosto - Ao longo de uma semana, um grupo formado por 15 lideranças Kayapó foi recebido em diversas coordenações e diretorias da Funai, além de ter tido uma audiência com o presidente Mércio Pereira Gomes, para tratar da regularização fundiária da Terra Indígena Las Casas e de projetos sustentáveis de etnodesenvolvimento da comunidade, como o reflorestamento da área.

Las Casas, de 21,100 hectares, está situada no sul do Pará, próxima ao Município de Redenção. É uma das sete terras indígenas ocupadas pela etnia Kayapó. No entanto, relativamente isolada, ela não faz fronteira com outra área indígena, o que requer uma proteção ainda mais especial para o meio ambiente local.

“O principal objetivo da reunião era saber quando iria sair a portaria declaratória”, informou o benhadjourore (chefe) Kabrakan. “E na reunião com o presidente Mércio Gomes ficamos sabendo que o despacho que pede a portaria já está indo, em breve, ao Ministério da Justiça”.

O processo de regularização fundiária foi iniciado em 2001, por meio da portaria da Funai que instituiu um grupo de trabalho para estudos de identificação da área. O relatório foi concluído em 2003; posteriormente, deu-se seguimento ao processo administrativo, com abertura de vistas ao contraditório e outros trâmites. Agora, ele segue para análise do Ministério da Justiça para ser emitida portaria declaratória, com o objetivo de declarar a área como terra indígena.

São quase 200 pessoas na aldeia Tekreyarotire, a única em Las Casas. Todos os habitantes são do subgrupo Kayapó chamado de irã’ãmranh-re. A luta para recomposição do território tradicional teve início no final dos anos 11000, quando os indígenas retornaram para lá -anteriormente, viviam na T. I. Kayapó.

Antes mesmo do início do processo, a presença de fazendeiros na área já provocava uma grande degradação do meio ambiente local e dificultava o retorno dos índios. “Lá é só pasto, vamos ter que refazer a floresta”, disse Kabrakan. Ainda há cinco propriedades rurais ocupando a área, de acordo com o benhadjourore. Mas, em reuniões, os ocupantes não-índios já adiantaram que sairão pacificamente, desde que indenizados. “Conversamos com eles, e eles também aguardam a portaria, para saírem com segurança”, afirmou Kabrakan.

Garantir a posse de seu território imemorial é o primeiro passo para a sobrevivência cultural desse grupo. “Perdemos muito com o contato intensivo com os brancos enquanto a gente vivia em outros lugares”, explicou o jovem líder Takwyry. Com ensino médio completo, feito na cidade de Redenção, ele sabe que, fora da aldeia, os hábitos se perdem. “Os ritos são feitos à risca, tudo certinho. Fizemos esse ano a festa de nomeação das mulheres, e teve também festa de iniciação dos meninos, que bateram em marimbondos. Mas, para mantermos a nossa força, precisamos da terra protegida. Assim é possível trazer os velhos e mais famílias de volta”, diz.

Takwyry sai satisfeito, junto com o grupo, da intensa semana de trabalho. Discutiram projetos com a Coordenação de Meio Ambiente e Patrimônio Indígena (CGPIMA), com a Diretoria de Assistência (DAS) e Coordenação Geral de Desenvolvimento Comunitário (CGDC). Obtiveram também encontros com representantes do Ministério do Meio Ambiente, para receber apoio para o projeto de reflorestamento, que está sendo elaborado com auxílio de técnicos da Funai.

“Lá é uma aldeia tranqüila, calma, e está crescendo. Estamos tomando a iniciativa de buscar projetos para melhorar a nossa vida. O mais importante, pelo menos, é suprir o consumo da comunidade. E vivermos bem, ao nosso modo”, concluiu.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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