Palmas
(16/08/2006) - Os trabalhos do Projeto Quelônios
da Amazônia na área de entorno
do Parque Nacional do Araguaia iniciados na
última semana, estão sendo realizado
em parceria com a Universidade Federal do
Tocantins-UFT, Superintendência do Ibama
no Tocantins, Parque Nacional do Araguaia
e Centro de Conservação e Manejo
de Répteis e Anfíbios-RAN do
Ibama.
O projeto Quelônio
da Amazônia vem sendo desenvolvido em
diversas áreas da região norte
e centro-oeste do país desde 1979,
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis-Ibama,
com o objetivo básico de promover o
manejo e a proteção dos principais
quelônios encontrados na Amazônia
Brasileira, em destaque Podocnemis expansa
(Tartaruga-da-Amazônia) e Podocnemis
unifilis (Tracajá) principalmente no
período de reprodução,
por meio de pesquisa, monitoramento e educação
ambiental.
No Tocantins, o projeto
é realizado na área de entorno
do Parque Nacional do Araguaia a mais de 20
(vinte) anos e os esforços empenhados
no sentido de proteger e manejar as espécies,
especialmente na época de reprodução,
considerada crítica por ser justamente
esse o período em que os animais se
tornam mais vulneráveis à predação
natural e antrópica promoveram a soltura
de mais 900 mil filhotes.
Apesar do grande número
de filhotes, a taxa de mortandade nos primeiros
anos de vida é extremamente alta, por
isso há muito que ser feito para evitar
a diminuição das populações
e melhorar as condições de sobrevivência
desses quelônios.
Neste ano os trabalhos serão
desenvolvidos em 11 (onze) praias do Rio Javaés
(Braço Menor do Rio Araguaia) e consistem
na vigilância e limpeza das praias,
localização e identificação
dos ninhos, controle da eclosão, confinamento
de filhotes para endurecimento da carapaça
e soltura de filhotes. Paralelamente serão
desenvolvidos trabalhos de educação
ambiental, fiscalização e diversas
pesquisas. Vale ressaltar que a instrução
normativa nº 49/2005 do Ministério
do Meio Ambiente, proíbe, na época
de eclosão, a pesca na área
do Rio Javaés onde é desenvolvido
o projeto.
Gláucia Mendes
Peixe-boi reintroduzido
na natureza reaparece após nove dias
Natal (15/08/06) - Guape,
o peixe-boi marinho (Trichechus manatus) reintroduzido
na natureza pelo Ibama na Barra de Mamanguape
(PB) no início de maio depois de passar
10 anos em cativeiro, foi localizado esta
semana na Barra de Tabatinga, litoral sul
do Rio Grande do Norte. “Estava desaparecido
há nove dias. Mas ele está saudável,
sem ferimentos causados por pescador, como
já aconteceu em outras vezes com animais
que voltaram para a vida livre no mar”, conta
Zélia Brito, chefe do da Reserva Biológica
do Atol das Rocas.
O peixe-boi buscou abrigo
na Baía dos Golfinhos e está
sendo monitorado por integrantes da Rede de
Encalhe de Mamíferos Aquáticos
do Nordeste (Remane), que no estado é
representado pela Reserva Biológica
do Atol das Rocas.
O Projeto Peixe-boi Marinho
utiliza um rádio de telemetria VHF
que emite sinais. Preso à cintura pélvica
do animal, este aparelho possibilita a sua
localização num raio de sete
quilômetros.
Cláudio Alves da Silva