Manaus
(25/08/06) - A Operação Acauã
de combate ao desmatamento no Amazonas, coordenada
pela Superintendência do Ibama no Amazonas,
em parceria com Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas (IPAAM) e Polícia
Militar, já aplicou mais de R$ 11 milhões
em multas por desmatamento ilegal, em apenas
50 dias de atuação no sul do
Estado. Os 22 fiscais em campo apreenderam
mais de 230 metros cúbicos de madeira
e autuaram mais de quatro mil hectares de
áreas desmatadas ilegalmente.
A operação
atua nos municípios do sul do estado
do Amazonas, região que apresenta elevados
índices de destruição
da floresta e está incluída
no chamado Arco do Desflorestamento da Amazônia.
Esta foi apenas a primeira
fase da Operação Acauã,
que se concentrou principalmente na vistoria
de polígonos de desmatamento nos municípios
de Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã,
Borba e Humaitá. Os polígonos
de desmatamento são identificados através
de imagens de satélite, que permitem
a exata localização das regiões
desmatadas, aumento a eficiência da
fiscalização em uma região
tão vasta. A operação
teve início em junho, com o começo
da estação seca, e deve durar
até novembro, quando as chuvas voltarem
a cair e a temporada de desmatamento se encerrar.
Este já é
o quinto ano que o Ibama atua no combate ao
desmatamento no sul do estado. De acordo com
Adílson Cordeiro, chefe da Divisão
de Controle e Fiscalização do
Ibama, este ano a expectativa é de
que o número de infrações
e multas seja bem menor do que nos anos anteriores,
tendo em vista o excelente trabalho de repressão
e prevenção que vem sendo desenvolvido
pelo Ibama. “Com cinco anos de trabalho intenso
na região e aplicação
de pesadas multas, os infratores já
começam a perceber que investir no
desmatamento ilegal do sul do estado do Amazonas
já não é mais um negócio
tão lucrativo assim”, comemora Adílson.
Um dado significativo que
pode comprovar a redução desse
desmatamento é a quantidade de madeira
apreendida. Durante os primeiros 40 dias da
Operação Uiraçu, realizada
em 2005, foram apreendidos nada menos que
9 mil metros cúbicos de madeira, contra
apenas 230 metros cúbicos apreendidos
agora. “Esta quantidade de madeira ainda deve
crescer quando fizermos a inspeção
nas serrarias, mas a expectativa é
de que tenha ocorrido uma significativa diminuição
do desmatamento este ano”, analisa Henrique
Pereira, superintendente do Ibama no Amazonas.
Operações
anteriores já realizadas: Operação
Terra Roxa I (2002); Operação
Lábrea (2003); Operação
Terra Roxa II (2003); Operação
Tauató (2004) e Operação
Uiraçu (2005).
Flávia Mendonça