22
de Agosto de 2006 - Brasília - Dados
do Instituto Nacional de Processamento de
Embalagens Vazias (inpEV) mostram que o Brasil
processou este ano 11.622 toneladas de recipientes
de agrotóxicos. Um aumento de 8,3%
no número de embalagens recicladas
ou incineradas por todos os estados em relação
ao ano de 2005.
Segundo o diretor-presidente
do inpEV, João César Rando,
o Brasil é líder nesse setor,
e já está à frente de
vários países. “Das embalagens
produzidas, cerca de 84% são devolvidas,
enquanto que nos Estados Unidos apenas 20%
voltam aos fabricantes”, informou.
De acordo com o diretor-presidente
do inpEV, o agricultor tem o dever de lavar
as embalagens e armazená-las na propriedade,
por até um ano. A devolução
dos recipientes deve ser feita nos canais
de distribuição, que geralmente
estão listados na nota fiscal que o
agricultor recebe no ato da compra dos produtos.
“Listar esses postos ou centrais de devolução
é obrigação dos fabricantes”,
disse.
O presidente-executivo da
Associação Nacional dos Distribuidores
de Insumos Agrícolas e Veterinários
(Andav), Henrique Mazotini, lembrou que os
canais de distribuição têm
a obrigação de disponibilizar
locais para que os agricultores entreguem
os vasilhames lavados e perfurados. Devem
também emitir um comprovante ao agricultor.
“Nessa etapa, as embalagens são prensados
e enviadas para a indústria fabricante,
que tem a função de reciclá-las
ou incinerá-las”, explicou Mazotini.
Segundo Mazotini, já
existem mais de 350 postos de coleta espalhados
pelo país. “Em caso de dificuldades
na devolução das embalagens,
o agricultor pode recorrer ao local de compra
dos agrotóxicos. Não resolvido,
deve procurar o órgão de fiscalização
do estado, ou mesmo o inpEV, pelo telefone
(11) 3069-4900”.
Luiz Gonzaga Coimbra, pequeno
produtor rural de Brasília, destacou
a importância da orientação
para o destino correto das embalagens de agrotóxicos.
“Quando vamos comprar os produtos recebemos
orientações, mas sempre podemos
recorrer à Emater (Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural). Eles,
além das informações,
promovem palestras educativas, com dicas da
tríplice lavagem, por exemplo”, explicou
Coimbra.
Ele ressalta a importância
do recolhimento para a preservação
do meio ambiente e para a saúde dos
próprios agricultores.
Juliane Sacerdote