Museu
Goeldi comemora 111 anos de seu Parque Zoobotânico
25/08/2006 - O Museu Paraense
Emílio Goeldi comemora neste domingo
(27) os 111 anos de seu Parque Zoobotânico.
A data será marcada por uma intensa
programação, que inclui uma
feira de artesanatos ecológicos e apresentações
musicais.
O Parque Zoobotânico
é uma das três unidades da instituição
científica paraense, vinculada ao Ministério
da Ciência e Tecnologia, que completará
140 anos em outubro próximo. Ao contrário
do Jardim Botânico Bosque Rodrigues
Alves, o parque não foi criado a partir
de uma área natural preservada da antiga
Belém. Os acervos de flora e fauna
do parque do Museu Goeldi foram constituídos
ao longo dos anos e reproduzem as matas de
terra firme e das beiras de rio. A aparência
de mata fechada natural veio com mais de um
século de preservação.
Com 5,4 hectares de extensão,
a tradicional área verde incrustada
no bairro de Nazaré passa por um momento
de transformação. Vários
de seus locais de visita vêm sendo reformados,
como o Aquário e o ambiente das Aves
Brejeiras. Investimentos também vêm
sendo feitos para diagnosticar as condições
das espécies vivas guardadas pela área.
Um exemplo é a recente avaliação
que vem sendo feita em 66 árvores do
Parque. As análises fitossanitárias
acontecem com a ajuda de aparelhos de ultra-som
e caminhões com plataforma hidráulica,
que vão permitir um diagnóstico
da saúde de copas e troncos.
Por meio de investimentos
e reformas, com o apoio de iniciativas pública
e privada, o Parque Zoobotânico do Museu
Goeldi espera no futuro próximo possuir
o status de sociobioparque, com espaços
expositivos mais diversificados, a retomada
de atrações tradicionais como
o a exposição do Pirarucu e
com a oferta de novos roteiros, como o Jardim
dos Aromas. O novo sociobioparque vai priorizar
o contato direto entre fauna livre e flora.
Ceramistas
Como parte da programação
de aniversário do Parque, serão
expostas no domingo cerca de 140 peças
de cerâmica e bijouterias de traços
marajoaras produzidas por 40 adolescentes
do distrito de Icoaraci. Além de expostas,
as peças também poderão
ser adquiridas pelos visitantes. Os produtos
estarão à venda na loja Arte
Goeldi, instalada dentro do Museu Goeldi.
Seguindo tradições
ou inovando técnicas a partir do reconhecido
traço cerâmico marajoara, os
trabalhos a serem expostos a começar
deste final de semana no Museu Goeldi, foram
produzidos através de oficinas do Projeto
valorização da Arte Cerâmica
e Geração de Renda para Adolescente.
A ação é coordenada pelo
Movimento de Vanguarda da Cultura Icoaraciense
(Mova-CI) e tem o patrocínio da Petrobras,
por meio do programa Petrobras Fome Zero.
O objetivo do projeto é
ajudar jovens, a grande maioria ligada a áreas
pobres do distrito de Icoaraci, aos arredores
de Belém, a se tornarem futuros empreendedores
do setor ceramista, uma das marcas da história
cultural de Icoaraci. Com três aulas
por semana, eles tomaram lições
desde o preparo da argila até o acabamento
em pintura e o comércio de suas peças.
Segundo a coordenadora do
projeto, Auda Piani, muitos dos jovens que
já não tinham contato com as
famílias melhoraram o comportamento
e ampliaram sua visão sobre cidadania.
Muitos retornaram à escola, alguns
passaram a freqüentar cursos de alfabetização
e há indícios de melhoria na
auto-estima. "Ao mesmo tempo em que forjamos
no barro peças de cerâmica, estamos
forjando perspectivas de vida", comemora.
Assessoria de Comunicação Social
do Museu Goeldi
MCT coordena pesquisas
para conservação e desenvolvimento
sustentável da Amazônia
23/08/2006 - A região
amazônica do Brasil possui uma das maiores
biodiversidades existentes no mundo. Representando
30% da floresta tropical restante no Planeta,
ela é responsável por 70% do
potencial oxidante global e abriga mais de
2,5 milhões de espécies, entre
insetos, aves, peixes, mamíferos e
plantas vasculares. O Subprograma de Ciência
e Tecnologia (SPC&T), integrante do Programa
Piloto para Proteção das Florestas
Tropicais do Brasil (PPG7), surgiu com o objetivo
de promover a geração e disseminação
de conhecimentos científicos e tecnológicos
relevantes à conservação
e o desenvolvimento sustentável da
região, sob a responsabilidade do Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT).
Na Fase 1, executada pela
Financiadora de estudos e Projetos (Finep/MCT),
o SPC&T apoiou os centros de ciência
e projetos de pesquisa dirigida. Iniciada
em 2005, a Fase 2 é coordenada pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq/MCT) e conta com
recursos da Agência Norte-Americana
para o Desenvolvimento Internacional (Usaid),
do Fundo Fiduciário de Florestas Tropicais
(RFT), intermediados pelo Banco Mundial, e
recursos do governo brasileiro.
Esta nova fase, estruturada
em três componentes, visa promover e
disseminar, de forma coordenada e cooperativa,
pesquisas científicas e tecnológicas
em temas e subtemas prioritários, que
contribuirão para a conservação
e o desenvolvimento sustentável da
Amazônia.
O primeiro componente apóia
11 sub-redes e 52 projetos de pesquisa, enfocando
temas como o Manejo Integrado de Ecossistemas
Terrestres, a Recuperação de
Áreas Degradadas e Manejo Integrado
de Bacias Hidrográficas, Ecossistemas
Aquáticos e Recuperação
de Áreas Degradadas. As propostas têm
prazo de execução até
2008.
O segundo componente irá
implementar projetos de divulgação
científica, tendo como público-alvo
os beneficiários do PPG7, população
amazônica e gestores públicos.
O terceiro componente abrangerá o gerenciamento
do SPC&T, bem como o monitoramento e avaliação
das sub-redes e dos projetos de pesquisa,
visando ao atendimento do objetivo global
do SPC&T e do PPG7 para a conservação
da região amazônica.
Assessoria de Comunicação do
CNPq