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MULTAS NO AMAZONAS CUSTEARAM UM MÊS DE FUNCIONAMENTO DO IBAMA EM 2005

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

25 de Agosto de 2006 - Manaus - As multas aplicadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Amazonas, no ano passado, foram suficientes para custear as atividades do órgão no estado durante um mês.

"Nosso orçamento foi de R$ 6 milhões e conseguimos arrecadar R$ 500 mil, a partir das autuações", revelou à Radiobrás o superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira.

Hoje (25) o Ibama divulgou o resultado dos primeiros 50 dias da Operação Acauã, de combate ao desmatamento ilegal no sul do Amazonas. Até agora, já foram aplicados R$ 11 milhões em multas, a 4 mil hectares desmatados (o equivalente a quatro mil campos de futebol).

"Cada hectare multado por destruição de área de preservação permanente [margens de rios, por exemplo] ou de reserva legal [80% de cada propriedade na Amazônia] custa R$ 5 mil ao infrator", explicou Pereira. "Se for uma área de floresta que não se enquadre nesses dois casos, o valor cai para R$ 1,5 mil".

Pereira comentou que o processo de cobrança dessas multas pode ser lento. O infrator tem 20 dias após a notificação para contestar a autuação junto à direção do Ibama, mais 20 dias para recorrer ao gabinete do Ministério do Meio Ambiente, além de igual período para apelar ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). "Vencidos esses prazos, a execução da multa se dá por processo judicial", lembrou o superintendente.

"Se a pessoa se recusa a pagar, seus bens podem ser penhorados. Ela corre ainda o risco de que seu CPF [Cadastro de Pessoa Física] acuse a inadimplência e que sua propriedade seja embargada", acrescentou Pereira. "As leis ambientais são duras. O infrator não vai para prisão, mas sua capacidade econômica é atingida".

Nessa primeira fase da Operação Acauã, o Ibama apreendeu cerca de 230 metros cúbicos de madeira, além de dois barcos. "A madeira, por ser um produto perecível, deve ser doada a alguma instituição pública ou de comprovado interesse social [o Ibama publica um edital de convocação dos interessados em receber a doação]", explicou Pereira. "Os bens duráveis, como os barcos, são incorporados ao patrimônio do Ibama, doados por meio de edital ou, em último caso, leiloados".

Ibama aplica R$ 11 milhões em multas por desmatamento ilegal no sul do Amazonas

25 de Agosto de 2006 - Manaus - Quatro mil hectares de floresta – o equivalente a quatro mil campos de futebol – desmatados ilegalmente deram origem a R$ 11 milhões em multas. Esse foi o principal resultado parcial da primeira fase da Operação Acauã, de combate ao desmatamento no sul do Amazonas, divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

"Os resultados são positivos por duas razões", declarou à Radiobrás o superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira. "Primeiro pela eficiência na identificação das áreas desmatadas; segundo, porque demonstram a manutenção da tendência de desaceleração do desmatamento".

Esse é o quinto ano consecutivo em que o Ibama realiza operações ostensivas no sul do Amazonas – região fronteiriça com Mato Grosso e Rondônia, a mais crítica do estado. Graças às imagens de satélite do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados 43 mil hectares de desmatamento supostamente realizados em um ano, desde junho de 2005.

"Nesses primeiros 50 dias de operação, já visitamos e vistoriamos 4 mil hectares. Mas a operação segue até novembro, enquanto durar a estação seca", revelou Pereira. "Já passamos pelo sudeste do estado [municípios de Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã e Borba. Agora, vamos para o sudoeste [Humaitá, Canutama, Lábrea e Boca do Acre], para a área sob influência da BR-319 [rodovia Manaus - Porto Velho]".

Pereira revelou que a equipe envolvida na operação é pequena: 22 agentes, incluindo servidores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas e da Polícia Militar, que contam com apenas seis veículos. "A gente pode dispensar um efetivo maior porque nossos fiscais já saem de Manaus com esses locais identificados, graças ao trabalho de inteligência a partir principalmente das imagens de satélite".

"Um dos pontos críticos onde estivemos é a Floresta Nacional de Jatuarana [unidade de conservação federal criada em 2003]", relatou Pereira. Na operação do ano passado, o Ibama já tinha identificado uma estrada clandestina dentro da reserva. Quando os fiscais deixaram a área, os infratores voltaram a trabalhar lá. Hoje já são 40 quilômetros de ramal, em direção o Mato Grosso. "Vou pedir autorização à Justiça para que a Polícia Federal e o Exército implodam esse ramal", adiantou o superintendente.

Acauã é uma ave de rapina da região – uma alusão às imagens de satélite, já que os gaviões enxergam suas presas das alturas e consegeum descer ao local preciso da captura. A operação corresponde a uma das 19 bases do plano do governo federal de combate ao desmatamento na Amazônia.
Thaís Brianezi

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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