30
de Agosto de 2006 - Lúcia Nórcio
- Repórter da Agência Brasil
- Foz do Iguaçu (PR) - O Ministério
da Educação, em parceria com
núcleos estaduais de educação
e outras instituições, investiu
R$ 18 milhões na formação
de 86 mil educadores ambientais nos últimos
dois anos e meio, informa Rachel Trajber,
coordenadora de educação ambiental
do MEC. Mas o grande desafio neste setor eduacional,
segundo ela, é estabelecê-lo
como política pública, inserida
nas diretrizes curriculares de todas as escolas.
Uma das formas de consolidar
isso é implantar o Centro de Saberes
Ambientais da Bacia do Prata, cujos contornos
estão sendo definidos no I Encontro
de Especialistas em Educação
Ambiental, que termina amanhã (31),
em Foz do Iguaçu. O centro será
baseado no Parque Tecnológico de Itaipu.
"Atingimos muita gente.
Mas as pessoas precisam de mais tempo para
decantar as informações, para
que isso se reflita em mudanças de
atitude no cotidiano", defende a coordenadora,
que participa do evento.
Segundo ela, o centro terá
como objetivo aglutinar saberes regionais
sobre o meio ambiente na Bacia do Prata. "Apesar
de ser um centro regional, nada impede que
as informações sejam universalizadas.
Esse é, por sinal, o objetivo do MEC.
É importante chegar às escolas,
para democratizar o conhecimento ambiental".
O encontro dá continuidade
ao fórum internacional Diálogos
da Bacia do Prata, realizado em novembro de
2005, e reúne representantes do Brasil,
Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina.
O diretor de coordenação de
Itaipu, Nelton Friedrich, lembra a importância
da temática do evento diante da degradação
dos ecossistemas, destruição
da camada de ozônio, extinção
de espécies e aquecimento global.
Além da criação
do centro, os participantes do evento esperam
finalizar um documento que servirá
de base para um programa de educação
ambiental em toda a região da Bacia
do Prata.
Países da
Bacia do Prata decidem treinar 500 educadores
ambientais via intercâmbio
31 de Agosto de 2006 - Lúcia
Nórcio - Repórter da Agência
Brasil - Foz do Iguaçu (PR) - Os cinco
países da Bacia do Prata (Brasil, Bolívia,
Paraguai, Uruguai e Argentina) decidiram lançar
um programa piloto de educação
ambiental com o objetivo de melhorar a qualidade
de vida dos 132 milhões de habitantes
da região. Eles estiveram reunidos
até hoje (31) em Foz do Iguaçu,
para o 1º Encontro de Especialistas em
Educação Ambiental.
A idéia é
treinar aproximadamente 500 educadores, 100
de cada país, nos próximos dois
anos. Cada nação vai sediar
um curso, com metade das vagas destinadas
a participantes estrangeiros. A criação
de um Centro de Saber Ambiental também
foi decidida.
O diretor de coordenação
da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, avaliou
o encontro como “histórico”. Segundo
ele, além de agregar mais de 60 especialistas
da Bacia do Prata, o encontro reuniu delegações
do Chile e do México.
Segundo Marcos Sorrentino,
do órgão gestor de educação
ambiental do governo federal, a experiência
do programa Formação de Educadores
Ambientais (FEA), implantado na região
de Foz do Iguaçu com o apoio de 43
instituições e 34 prefeituras,
será aproveitada na Bacia. Hoje, existem
60 experiências semelhantes em todo
o país e a idéia é chegar
a 300.
"Apesar de o FEA fornecer
uma base, a metodologia e os conteúdos
serão adaptados de acordo com a realidade
de cada país", explicou Sorrentino.
A idéia é
coordenar as ações ambientais
dos ministérios do Meio Ambiente e
da Educação dos cinco países
e aumentar o intercâmbio entre pesquisadores
e educadores.
O encontro foi promovido
pela Hidrelétrica de Itaipu, pelos
ministérios do Meio Ambiente e da Educação
e pela coordenação de educação
ambiental do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).