29
de Agosto de 2006 - Ivan Richard - da Agência
Brasil - Brasília - O coordenador do
Programa Pantanal, um dos quatro projetos-piloto
para implementação da Avaliação
Ambiental Estratégica (AAE), Paulo
Cabral, disse que a avaliação
é muito mais ampla do que os Estudos
de Impacto Ambiental (EIA), realizados para
medir danos ao meio ambiente.
Segundo Cabral, as principais
diferenças ocorrem no tempo e na escala
de cada levantamento. “Em relação
ao tempo, normalmente o Estudo de Impacto
Ambiental é feito depois que se já
tomou a decisão de se fazer um determinado
investimento, inclusive quando já se
definiu a tecnologia”, explicou.
“A Avaliação
Ambiental Estratégica se difere porque
acontece antes da definição
dos projetos e a sua amplitude é maior,
vai além da análise específica
de cada projeto. Vê um conjunto de empreendimentos
de um território ou de um setor da
economia. Ela procura ver, inclusive, os impactos
acumulativos que poderão ocorrer da
somatória de empreendimentos específicos”.
De acordo com o Paulo Cabral,
que participa do Seminário Latino-Americano
de Avaliação Ambiental Estratégica,
promovido pelo Ministério do Meio Ambiente,
a AAE não é realizada com uma
idéia pré-fixada sobre possíveis
potenciais da região a ser analisada.
“O ecoturismo é uma das alternativas
para o uso econômico do Pantanal, é
uma alternativa que já vem sendo colocada
em prática e tem demonstrado que pode
acontecer em equilíbrio com as dimensões
sociais e ambientais da região. Mas
existem outras atividades econômicas,
como a pecuária e a exploração
de minérios. É esse conjunto
de alternativas e de ameaças que podem
colocar em risco a sustentabilidade do meio
ambiente (do Pantanal) que serão analisadas
por meio da Avaliação Ambiental
Estratégica, que vai tentar levantar
um conjunto de informações,
tanto da dimensão social e econômica
como ambiental, procurando analisar as melhores
alternativas dos recursos naturais que garantam
a sustentabilidade”, argumentou.