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ARROZ TRANSGÊNICO ILEGAL DA CHINA CONTAMINA PRODUTOS NA EUROPA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2006

05-09-2006 - Amsterdã (Holanda) - Greenpeace pede recall imediato e proibição às importações

O Greenpeace Internacional divulgou nesta terça-feira provas de que o arroz transgênico chinês ilegal contaminou produtos alimentícios na França, Alemanha e Reino Unido. O Greenpeace notificou as autoridades sobre os sérios riscos à saúde desse arroz ilegal e pediu que os governos europeus tomem medidas imediatas para os seus consumidores.

Escritórios do Greenpeace e da organização Amigos da Terra no Reino Unidos testaram amostras de produtos derivados de arroz. Cinco amostras tiveram resultado positivo para um tipo de arroz transgênico que não foi aprovado em nenhum lugar do mundo. No entanto, essa pode ser apenas a ponta do iceberg, já que produtos contendo arroz vão desde alimentos infantis até iogurtes. (1)

“Essas descobertas são chocantes e devem receber uma resposta a altura”, disse Jeremy Tager, coordenador da campanha de arroz do Greenpeace Internacional. “O consumidor não deve ser obrigado a engolir um experimento genético que coloca em risco a sua própria saúde”.

O arroz transgênico ilegal, geneticamente modificado para ser resistente a insetos, contém uma proteína que já apresentou indícios de alergia em estudos realizados com ratos. Três cientistas independentes com experiência na área de engenharia genética e saúde fizeram uma declaração apoiando as preocupações em relação à saúde levantadas pelo Greenpeace. (2)

O Greenpeace exige um recall mundial imediato e medidas que evitem que esse arroz transgênico ilegal continue entrando na União Européia. Além disso, o Greenpeace também pede a implementação urgente de um sistema de análises preventivas para países com alto potencial de contaminação. Exigir uma garantia de não-transgenia de países que produzem variedades transgênicas não é só razoável, mas também necessário para proteger os alimentos e os consumidores de diversos países.

Esse caso de contaminação na China começou com campos experimentais de variedades que não estão aprovadas para plantio comercial devido às crescentes preocupações sobre sua segurança. No entanto, uma investigação realizada pelo Greenpeace em 2005 mostrou que institutos de pesquisa e empresas venderam ilegalmente sementes não aprovadas desse arroz transgênico. (3)

“No final das contas, os consumidores inocentes novamente são as vítimas da estratégia de contaminação da indústria dos transgênicos. Um grupo de cientistas que defende a liberação do arroz transgênico na China vazou as sementes ilegais para o mercado e está causando um caso seríssimo de contaminação”, afirmou Tager. “O problema é que uma vez que as variedades transgênicas entram na cadeia alimentar, retirá-las de circulação representa custos e esforços muito grandes. Por isso é muito mais fácil evitar a contaminação do remediá-la”, complementou.

Há apenas duas semanas, o arroz norte-americano foi contaminado por uma variedade transgênica ilegal desenvolvida pela Bayer. Dois navios já foram detidos na União Européia e o Japão impôs testes e certificados de garantia para o arroz norte-americano.

NOTAS:

(1) Todos os testes foram conduzidos por um laboratório independente.

(2) A declaração foi feita pelos cientistas Ian F. Pryme (Dept. of Biomedicine, University of Bergen, Norway), Gilles-Eric Séralini (Président du Conseil Scientifique, du CRII GEN, Université de Caen, France) e Christian Velot (Conseil Scientifique du CRII GEN, Institut de Génétique et, Microbiologie, Université Paris-Sud, France)

(3) Testes avançados indicaram que toda a cadeia de alimentos havia sido contaminada. O caso mais recente foi o do cereal de arroz da marca Heinz, em Beijing, Guangzhou e Hong Kong. O governo chinês, em resposta à situação, puniu as empresas de sementes e destruiu as plantações ilegais de arroz transgênico.

Brasil dá importante passo para discussão de metas de redução de desmatamento01 de Setembro de 2006Imprimir Enviar Roma, Italy — Governo brasileiro propõe mecanismo que estabelece metas voluntárias para redução de desmatamento em países em desenvolvimento com recursos de países desenvolvidos, mas reconhece não ter certeza sobre a disponibilidade destes recursos

Representantes do governo brasileiro, presentes em um workshop organizado pelo secretariado da Convenção sobre Mudanças Climáticas da ONU em Roma, lançaram nesta quinta-feira uma proposta para a criação de um mecanismo que ajude os países em desenvolvimento a diminuir suas taxas de desmatamento. A idéia é simples: países que conseguirem reduzir suas taxas de desmatamento abaixo de determinado limite, por um período de tempo definido, seriam recompensados com recursos vindos de um fundo formado por contribuições voluntárias dos países desenvolvidos.

Representantes do Grupo de Trabalho de Mudanças do Clima do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (GT Clima/FBOMS), presentes no evento em Roma, reconhecem uma mudança de rumo importante na posição do Brasil nas negociações de clima, mas consideram que o resultado pode ser tímido. “É um avanço histórico na posição do governo brasileiro, que pela primeira vez aceita discutir a definição de um limite nacional, ou seja, uma meta referencial para avaliar a redução do desmatamento. Mas essa proposta pode não trazer incentivos aos países desenvolvidos em contribuir com recursos suficientes para fazer uma diferença efetiva para o problema do desmatamento e das mudanças climáticas”, avaliou Carlos Rittl, coordenador da campanha de Clima do Greenpeace Brasil. “O apoio externo para o combate ao desmatamento é importante, mas isso tem que ser uma prioridade nacional assumida por todos os ministérios de nosso governo, em todas as suas ações, o que ainda não acontece”, analisou Rittl.

Para Paulo Moutinho, coordenador de pesquisas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), há alternativas. “É importante a criação de um arranjo financeiro que auxilie os países em desenvolvimento a construir sua capacidade de medir, monitorar e controlar o desmatamento, além de aumentar a governança e promover o desenvolvimento sustentável”, afirmou Moutinho. “Entretanto, um mecanismo de mercado, ou seja, comercialização de créditos de carbono, por reduções nas taxas de desmatamento pode trazer um aporte de recursos muito maior do que o potencial da proposta brasileira, com resultado mais efetivo para o clima do planeta”, acrescentou.

Segundo Moutinho, tal mecanismo deveria garantir, também, a redução contínua e permanente das emissões provenientes do desmatamento de florestas tropicais, assegurando uma ampla inserção e participação dos países em desenvolvimento para contribuir efetivamente para a prevenção do aquecimento global. “Para isso, é fundamental que este mecanismo esteja associado a compromissos de redução crescente nas emissões dos países desenvolvidos”, disse.

As organizações do GT Clima/FBOMS alertam que é importante algum tipo de contribuição mensurável do Brasil no âmbito da Convenção de Clima ou Protocolo de Kyoto para conseguir avanços expressivos nas negociações internacionais. “Um compromisso com a redução significativa nas emissões provenientes do desmatamento pode, inclusive, pressionar para cortes muito mais profundos nas emissões dos países industrializados. O Brasil é praticamente o único País com grandes florestas tropicais que está recusando a possibilidade de um mecanismo para a questão do desmatamento dentro de Protocolo de Kyoto, e insistindo que seja puramente voluntário”, disse Rubens Born, coordenador do Instituto Vitae Civilis e membro da coordenação do GT Clima. “Soubemos, no início de agosto, que o Ministério do Meio Ambiente iria apresentar uma proposta instigante, o que abre a possibilidade do Brasil, outra vez, contribuir positivamente para o fortalecimento e as negociações do regime global de mudança de clima”, completou Born.
Foto: Greenpeace

     
 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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