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DOF FACILITA CONTROLE E INIBE A CORRUPÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2006

Documento será como uma conta bancária, em que saques e depósitos são registrados automaticamente

Brasília (01/09/06) - A partir de hoje, o Documento de Origem Florestal (DOF) passa a ser o novo sistema eletrônico do Ibama para o controle do transporte e do armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa. O DOF é federal, mas estados também poderão adotá-lo. A licença DOF é eletrônica e substitui a Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPFs), que deixa de ser emitida por ter se transformado em um instrumento de fraudes e crimes ambientais.

A lista de produtos e subprodutos florestais que necessitará da licença DOF para circular no país por via aérea, rodoviária, ferroviária, fluvial e marítima inclui madeira em tora, madeira serrada, estacas, moirões, toretes, postes não imunizados, lenha, carvão vegetal nativo, xaxim, palmito e carvão de resíduos da indústria madeireira, entre outros.

O próprio comerciante desses produtos poderá emitir e imprimir a licença pelo endereço eletrônico www.ibama.gov.br, sem a necessidade de ir a uma das unidades do Ibama e nem pagar pelo formulário – como ocorria na emissão da antiga autorização. Para acessar o sistema, a pessoa física ou pessoa jurídica deverá estar inscrita no Cadastro Técnico Federal (CTF) junto ao Ibama e não ter cometido irregularidades ambientais.

A pessoa só conseguirá emitir o documento se houver no sistema registro de saldo de produto ou subproduto florestal compatível com o volume a ser transportado. Este tipo de controle era impossível com a ATPF - documento em duas vias impresso na Casa da Moeda - que estava em vigor há mais de 12 anos. Quadrilhas se especializaram em falsificar a guia, assaltar gerências do Ibama onde se guardavam as originais, preencher as vias com volumes diferentes para burlar a fiscalização etc.

Prazos - Para a migração da ATPF para a licença eletrônica DOF, todas as pessoas físicas ou jurídicas possuidoras de quaisquer quantitativos de produtos e subprodutos florestais de origem nativa deverão realizar a Declaração de Estoque até o dia 30 de setembro, pelo sistema disponível na página do Ibama na internet. Essa declaração será auditada pelo Ibama. Sem a Declaração de Estoque, não será possível emitir o DOF.

Após a fase de migração, o lançamento de créditos será de responsabilidade do Ibama ou dos órgãos ambientais que operarem com o DOF. Ou seja, só entrarão no sistema produtos oriundos de áreas de planos de manejo, com autorizações para desmatamento ou exploração.

Ao contrário das ATPFS, válidas por até 90 dias, o DOF terá prazo de validade mais curto e variável de acordo com a distância entre a origem e o destino da carga e o tipo de transporte a ser empregado. Para a circulação da mercadoria dentro do mesmo estado, o prazo é de cinco dias. Para transporte interestadual, dez dias. A validade do documento pode chegar a 30 dias para o caso de movimentação de madeira em tora por jangada.

Tempo real - Com o novo sistema, os fiscais do Ibama passam a trabalhar com informações em tempo real. Antes, a conferência era apenas visual, sem garantias de que as informações da ATPF eram verdadeiras. Isso só era possível verificar no escritório com cruzamento de todos os dados da origem e do destino, após recebimento das prestações de contas das empresas. Com o DOF, o controle de saldo será automatizado. Para checar as informações do banco de dados, os fiscais poderão acessá-las via satélite, por meio de serviços da Linha Verde (800-61-8080), pela internet ou por relatórios digitais (computadores de mão) e impressos.

Sistema eletrônico vai evitar fraude no transporte de produtos florestais

Brasília (01/09/06) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira 01), em São Paulo, que o Documento de Origem Florestal (DOF) vai evitar a fraude e oferecer mais segurança e eficiência no controle do transporte de produtos florestais. O novo sistema eletrônico, lançado durante as comemorações dos 25 anos do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), substitui a Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) que deixa de ser emitida por ter se transformado em um instrumento de fraudes e crimes ambientais.

Marina Silva ressaltou que o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama trabalham fortemente para evitar o desmatamento ilegal,criando ferramentas e aumentando a capacidade de fiscalização e de monitoramento por meios modernos, como o de satélite, usado para acompanhar o desmatamento na Amazônia. "Queremos tolerância zero com a ilegalidade", salientou.

Além de combater o comércio ilegal de madeira, Marina Silva disse que o DOF representa uma das estratégias que vai ajudar controle do desmatamento. Ela informou que anúncio do índice de desmatamento na Amazônia está bem próximo, adiantando que o número continuará caindo este ano em cima, inclusive, dos 31% referentes a 2005. "Foi a primeira vez, nos últimos nove anos, que tivemos uma queda de desmatamento de 31%. De 2001 para 2002, ele estava crescendo 27%", explicou.

Para Marina Silva, todo esse esforço é fruto de um trabalho que vem sendo feito ao longo dos últimos três anos, combinado com ações de desenvolvimento sustentável, de ordenamento territorial e de investimento tecnológico em todas as regiões do País.
Gerusa Barbosa

Documento de Origem Florestal é apresentado em São Luís

São Luís (01/09/06) - Na tarde do dia 29 de agosto (terça-feira), o analista ambiental Antonio Lima Campos realizou no auditório do Ibama em São Luís uma apresentação destinada a empresários do setor madeireiro, de siderurgia, despachantes e demais interessados que teve como objetivo dar uma visão geral do Documento de Origem Florestal (DOF), sistema informatizado que substitui as Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPF’S).

O DOF foi desenvolvido pelo Ibama e colocado à disposição dos estados. O governo do Maranhão optou pela sua utilização como instrumento de controle agora que está assumindo a gestão florestal do estado. A Superintendência do Ibama no Maranhão pretende realizar um treinamento com os servidores que vão lidar diretamente com o sistema, além de um outro mais específico para os técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).

No dia 23 de agosto a Superintendente do Ibama no estado, Marluze Pastor Santos, alguns servidores do órgão e técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) participaram de uma apresentação do Documento de Origem Florestal. Segundo uma portaria ministerial, o DOF passa a vigorar a partir de 1 de setembro. Esse item faz parte de um processo que transfere a gestão florestal do Ibama para os Governos Estaduais, o que está sendo feito de forma escalonada no estado do Maranhão, que chegou a criar um documento próprio de controle (LTPF – Licença para Transporte de Produtos Florestais) antes de aderir ao DOF.

Nos últimos dias 17 e 18 de agosto, o Ibama realizou em Brasília um curso para treinar seus servidores na utilização do sistema DOF. Cerca de cinqüenta analistas e fiscais ambientais de todo o país estiveram presentes. A Superintendência doIbama/MA foi representada pelo analista ambiental Antonio Lima Campos e pelo fiscal Antonio Mesquita. A Gerência Executiva do órgão em Imperatriz também enviou dois representantes, que atuarão agora como multiplicadores dos conhecimentos adquiridos. Apesar do pouco tempo, considerou-se o encontro bastante proveitoso. Em um primeiro momento houve uma apresentação teórica, com as noções gerais de como funcionará o DOF. Em seguida, durante um dia e meio, os participantes se ocuparam do manuseio prático no laboratório de informática, entrando em contrato com a operacionalização do sistema.

Comparando o DOF às ATPF’s, Antonio Lima Campos avalia que este último era um sistema de controle extremamente falho na tentativa de controlar toda a cadeia produtiva, desde a extração até os aproveitamentos e a destinação final, as guias eram alvo constante de roubos e falsificações. “O DOF, além de ser mais difícil de ser burlado e adulterado, controla basicamente os dois elos principais – a extração da matéria-prima e o seu destino. Ele não tenta controlar toda a cadeia produtiva, o que facilita o trabalho do órgão, tornando-o mais eficiente e diminuindo enormemente a possibilidade de fraudes durante a movimentação dos produtos e subprodutos florestais”, afirma o analista ambiental.
Paulo Roberto Araújo Filho e Fábio Sousa

Marina Silva lança o Documento de Origem Florestal

São Paulo (01/09/06) – Começou a era do controle eletrônico de madeira e subprodutos florestais nativos. Hoje pela manhã, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Ibama, Marcus Barros, lançaram o Documento de Origem Florestal (DOF) em substituição à Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF). O lançamento ocorreu durante a reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, em São Paulo.

Desde às 18 horas de ontem, quando superintendências e gerências do Ibama encerram expediente, o instituto deixou de emitir ATPFs, documento em duas vias que se transformou em instrumento de fraude para “esquentar” madeira ilegal.

Em 2003, o Ministério do Meio Ambiente descobriu que 60% de toda produção florestal no país tinha origem ilegal. A partir de então, Polícia Federal e Ibama realizaram 12 operações conjuntas e levaram para cadeia mais de 300 pessoas envolvidas nestes crimes. Cerca de 660 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos e 1,5 mil empresas fantasmas, descobertas.

À medida em que as operações se intensificaram, as ATPFs passaram a ser comercializadas no mercado negro a preços mais altos. Inicialmente, o valor era de R$ 50,00. A ministra contou que a ATPF chegou a ser “vendida” por R$ 5 mil por integrantes de quadrilha desmontada na Operação Isaías, no Amapá, no mês passado.

Marina Silva comentou que as ATPFs tornaram-se “tão valiosas” que ocorreram assaltos a mão armada para obter as antigas guias, como as quadrilhas fazem com carros fortes e caixas eletrônicos.

O DOF ajudará a evitar fraudes, cometidas por quadrilhas que, há anos, atuavam na ilegalidade e eram integradas por empresários, despachantes, madeireiros, funcionários públicos e até servidores do Ibama. O novo sistema eletrônico garante transparência, reduz burocracia e permite o controle da origem até o primeiro processamento da madeira. “A fiscalização deixará de correr atrás de caminhões, quando a floresta já havia sido derrubada”, afirmou o diretor de Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, que comandou a montagem do novo sistema eletrônico.

Durante o lançamento de ontem simulou-se a emissão do DOF em nome da ministra Marina Silva para o transporte de dez metros cúbicos de ipê, o que permitiu um momento de descontração no evento. “Não tenho terra nem madeira para expedir o DOF; nem o Marcus Barros, serraria”, comentou a ministra, causando risos entre os conselheiros do Conama.

A ministra pediu aplausos para o diretor Hummel pelo trabalho na construção do novo sistema, e lembrou da injusta prisão do diretor durante a Operação Curupira. Ela definiu Hummel, servidor de carreira do Ibama, como militante histórico na defesa das florestas brasileiras. Em nome do Hummel, a ministra ainda fez questão de homenagear todos os bons servidores do Ibama.
Sandra Sato

ATPF é extinta com novo sistema

Manaus (01/09/06) - O Ibama não irá mais emitir Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPF) a partir de hoje. Após esta data, as pessoas que necessitarem transportar e armazenar madeira ou outros produtos florestais irão dispor de uma nova ferramenta totalmente eletrônica e mais segura contra fraudes, o Documento de Origem Florestal (DOF).

A licença DOF é eletrônica e substitui a ATPF, que deixa de ser emitida por ter se transformado em um instrumento de fraudes e crimes ambientais. O DOF funcionará semelhante a uma conta bancária, em que os saques e depósitos serão registrados automaticamente.

A lista de produtos e subprodutos florestais que necessitarão do DOF para circular por todo o país por via aérea, rodoviária, fluvial e marítima inclui madeira em tora, madeira serrada, estacas, moirões, toretes, postes não imunizados, lenha, carvão vegetal, xaxim, palmito, entre outros.

O próprio comerciante destes poderá emitir e imprimir a licença pelo endereço eletrônico www.ibama.gov.br, sem a necessidade de ir a uma das unidades do Ibama nem pagar pelo formulário, como ocorria com a emissão da ATPF.
Flávia Mendonça

Marcus Barros critica resistências ao DOF

São Paulo (01/09/2006) - Sem mencionar diretamente o Greenpeace, o presidente do Ibama, Marcus Barros, disse ter levado um susto ao ouvir a proposta de adiamento do Documento de Origem Florestal (DOF), às vésperas do lançamento do novo sistema.

Um dia antes, na abertura da reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Sérgio Leitão - coordenador de Políticas Públicas desta ONG - fez apelo à ministra do Meio Ambiente para não mudar o sistema de controle de madeira, a partir da data de hoje.

Para Marcus Barros a substituição da Autorização de Transporte de Produto Florestal (ATPF) pelo sistema de controle eletrônico - o DOF - é essencial para combater a exploração ilegal de madeira. “Na minha cabeça, o móvel do crime é a ATPF”. Defender a manutenção deste sistema, na opinião do presidente do Ibama, é o mesmo que dizer: “eu quero continuar usando cheque fraudado”.

A convicção de Barros de que a ATPF é instrumento de fraude surgiu das 12 operações conjuntas do Ibama e da Polícia Federal para desbaratar quadrilhas especializadas na exploração ilegal de madeira. Por isso, começaram os estudos e discussões com vários segmentos da sociedade, incluindo os madeireiros, para mudar o sistema.

Na Operação Ouro Verde, realizada ano passado no Pará, Marcus Barros anunciou os planos do governo em adotar um sistema mais moderno que combatesse as fraudes. “A ATPF está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e entrará em falência múltipla dos órgãos”, disse na época. Hoje pela manhã, no lançamento do DOF, ao contar o seu espanto com a proposta de manter as guias antigas, Barros disse: “alguém queria que o cadáver ficasse insepulto”.

A ministra Marina Silva fez uma avaliação mais amena. A ministra contou que até a véspera do lançamento havia parceiros receosos com o novo sistema, mas ela estava certa de que isto não significava que eles advogassem pela continuidade das ATPFs.
Sandra Sato

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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