Porto
Alegre (06/09/06) - Reunião realizada
ontem (5) entre a Superintendência do
Ibama no Rio Grande do Sul e a Secretaria
Estadual de Meio Ambiente (Sema) definiu as
ações de preparação
para o monitoramento do mexilhão dourado
(Limnoperna fortunei) no estado. Além
de atender determinação da Justiça,
as ações – feitas em parceria
com a Sema e suas coligadas - tem por objetivo
preparar técnicos e parceiros para
a correta abordagem do problema.
Em 1998 foi feito o primeiro
registro desta Espécie Exótica
Invasora (EEI) no Rio Grande do Sul. Desde
então, a espécie vem se dispersando,
naturalmente ou devido às ações
humanas, por outros rios do Estado. Em 2004,
por meio do Projeto de Conservação
e Utilização Sustentável
da Diversidade Biologia (Probio), do Ministério
do Meio Ambiente (MMA), foi feito um amplo
levantamento das espécies exóticas
invasoras no Brasil, que permitiu obter um
diagnóstico preciso da distribuição
do mexilhão dourado no país.
Segundo o analista ambiental
Fábio Faraco, do Núcleo de Fauna
do Ibama/RS, com base nestes estudos e de
relatórios de monitoramento elaborados
pela Fundação Estadual de Proteção
Ambiental (Fepam), o Ibama está se
preparando para iniciar uma capacitação
interna e de técnicos da Sema, prefeituras,
polícia ambiental e demais parceiros
interessados (ONGs, entidades e universidades,
entre outros) com o objetivo de realizar uma
abordagem correta do problema. Internamente,
o Ibama/RS também está constituindo
equipe técnica para a execução
das ações pertinentes.
Com a elaboração
conjunta de um cronograma das principais atividades
ambientais, a serem realizadas no Estado,
os técnicos irão informar e
ministrar cursos aos participantes. As ações
incluem oficinas de capacitação
de multiplicadores, com informações
técnicas sobre o molusco, elaboração
e distribuição de material informativo
(folders e cartazes) entre os municípios
pilotos, que são: Rio Grande, Tapes,
Porto Alegre, Estrela e Triunfo.
Também serão
desenvolvidas barreiras informativas, que
terão como público-alvo empresas
de extração de areia, colônias
de pescadores, iates clubes e marinas, com
objetivo de divulgar medidas que evitem a
propagação da espécie.
Além disso, técnicos do Ibama
estarão visitando locais onde for detectada
a presença do molusco para verificar
a existência de novos focos e promover
ações que impeçam o alastramento
da espécie.
Monitoramento - O Núcleo
de Fauna do Ibama/RS orienta a população
para a dificuldade no controle das Espécies
Exóticas Invasoras, (EEI), o que exige,
além de trabalhos de prevenção
e orientação, a convivência
com as mesmas, como já acontece com
o javali, a lebre européia, o pardal,
o capim annoni e o tojo, entre outras. Em
outubro, o Ibama realizará um encontro
para discutir o problema das Espécies
Exóticas Invasoras.
Maria Helena Annes