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AMAZÔNIA: DOAÇÃO PARA RECURSOS HÍDRICOS E MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO E DO EL NIÑO NA REGIÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2006

Novo sistema vai monitorar mensalmente o desmatamento na Amazônia

12 de Setembro de 2006 - Monique Maia - Da Agência Brasil - Brasília - A floresta amazônica ganhou um novo sistema para monitorar o desmatamento. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) lançou ontem (11) o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), que tem a função de monitorar toda a área da floresta. As informações serão obtidas mês a mês, a partir de imagens via satélite, e poderão ser acessadas pela internet.

De acordo com o criador do SAD e pesquisador do instituto, Adalberto Veríssimo, o Imazon vai disponibilizar um boletim ao final de cada mês, com a taxa de desmatamento no período, as causas e os locais. “É o produto do trabalho de monitoramento que vai ser feito diariamente”, disse.

O primeiro documento desse novo sistema também foi divulgado ontem pelo instituto. Contém oito páginas com informações relacionadas ao desmatamento no Mato Grosso. De acordo com Veríssimo, o estado foi escolhido por ter metade de sua área coberta pela floresta amazônica e, ao mesmo tempo, por ser o campeão em desmatamento.

“O sistema vai ser estendido. Mas para fazer esses mapas, o processo será em etapas, mesmo porque não há apoio financeiro. O nível de detalhamento que pretendemos aplicar só é possível, no momento, no estado do Mato Grosso. A previsão é de que, no ano que vem, esteja no Pará e no Amazonas”, diz o pesquisador, que informa: Mato Grosso e Pará são responsáveis pela derrubada de 80% da floresta.

O SAD é o primeiro sistema independente no país e, segundo Veríssimo, vai ajudar a complementar o trabalho do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que possui dois sistemas: um de monitoramento anual e outro trimestral, com a captura de desmatamento acima de 20 hectares. Com o SAD, a captura é mensal e acima de cinco hectares.

Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a criação do novo sistema favorece a tomada de decisões. “Ajuda na transparência, no controle da sociedade e, principalmente, na implementação de políticas”.

Meteorologista diz que é cedo para prever o impacto do El Niño na Amazônia

12 de Setembro de 2006 - Thaís Brianezi - Repórter da Agência Brasil - Manaus - O analista de meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Renato Sena, disse hoje (12) que ainda é cedo para fazer previsões sobre os impactos do aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região Norte. Na semana passada, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que o fenômeno climático El Niño deverá se manifestar com intensidade no Brasil este ano, o que pode significar seca no Norte do país.

“Se o fenômeno El Niño se estabelecer nos próximos três meses, só vai ter conseqüências para a Amazônia no primeiro trimestre de 2007”, explicou Sena. “Essas conseqüências podem ser tanto para precipitação acima do normal (no norte do Amazonas, Pará, Roraima e Amapá) ou abaixo (no sudeste do Mato Grosso e Tocantins), dependendo da região Amazônica considerada”.

Sena esclareceu que o aquecimento das águas do Pacífico (que ocasiona o El Niño) tem quatro grandes áreas de ocorrência e pode se manifestar em épocas diferentes. “O oceano é muito dinâmico, é difícil fazer previsões sem saber exatamente onde e quando o fenômeno está acontecendo”, justificou.

O meteorologista explicou que o El Niño gera uma corrente de ar que desce sobre a América do Sul, e por isso dificulta a formação de nuvens em algumas regiões. “Isso aconteceu também na seca do ano passado, mas a corrente de ar veio do aquecimento do oceano Atlântico”, explicou Sena.

De acordo com Sena, o Sipam trabalha com previsões meteorológicas trimestrais. “Em setembro, outubro e novembro não há nenhum fenômeno climático de grande escala influenciando o tempo na região”, revelou.

Os dados do Serviço Geológico do Brasil confirmam que neste ano a vazante dos rios da Amazônia não será tão severa quanto em 2005. De acordo com o supervisor de hidrologia do órgão, Daniel Oliveira, o nível do rio Negro, em Manaus, ontem, era de 22,02 metros (contra 19,28 metros do mesmo dia do ano passado).

Em Porto Velho, segundo a engenheira hidróloga Adriana Burin, o rio Madeira está hoje com 2,66 metros de profundidade – no ano passado, na mesma data, a profundidade era de 1,70 metros.

Acordo prevê doação de R$ 42 milhões para manejo de recursos hídricos na Amazônia

15 de Setembro de 2006 - Michel Medeiros - Da Voz do Brasil - Brasília - O governo brasileiro e o Banco Mundial (Bird) assinaram hoje (15) um acordo que prevê a doação de cerca de R$ 42,5 milhões para o projeto Manejo Integrado da Biodiversidade Aquática e dos Recursos Hídricos na Amazônia (AquaBio).

O objetivo é preservar os rios e assegurar o sustento das comunidades ribeirinhas dos estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará, que integram a chamada Amazônia Legal.

O montante será investido na conservação das bacias do Negro, no Amazonas, do Tocantins, no Pará, e do Xingu, no Mato Grosso. Parte será destinada às comunidades ribeirinhas, de modo a garantir melhor qualidade de vida, por meio do uso sustentável dos recursos naturais.

Segundo o secretário de Biodiversidade e Floresta do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, projetos de pesquisa na região também receberão recursos.

O AquaBio é executado pelo Ministério do Meio Ambiente, com participação do Fundo Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O projeto conta, ainda, com a colaboração das comunidades locais.

A Comissão Nacional de Biodiversidade, que vai acompanhar a execução do AquaBio, é formada por representantes de vários ministérios, organizações da sociedade civil, organizações não governamentais e associações ligadas à preservação dos recursos naturais.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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