Biocombustível
- 11/09/2006 - Pernambuco está, pela
primeira vez, produzindo biodiesel. Os primeiros
trezentos litros do biocombustível
foram extraídos dos testes da Unidade
Experimental de Biodiesel de Caetés,
usina instalada no município de Caetés,
região do Vale do Ipojuca de Pernambuco.
Uma amostra da primeira batelada do produto
foi encaminhada ao Laboratório de Combustíveis
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
para análise.
“A quantidade fabricada
é muito pequena, ainda, mas é
um marco histórico porque Pernambuco
nunca havia produzido biodiesel antes”, afirma
o diretor do Centro de Tecnologias Estratégicas
do Nordeste (Cetene), Fernando Jucá,
unidade do Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT) responsável pela
montagem da Usina de Caetés. “Podemos
constatar, desde já, que o biodiesel
fabricado é de boa qualidade”, ressalta.
Os equipamentos da nova
usina foram testados em separado e em conjunto
e funcionaram sem a constatação
de qualquer problema. De início, os
técnicos do Cetene estão utilizando
o caroço do algodão para a produção
do biodiesel. Em novembro, quando se inicia
o período da colheita da mamona, há
a possibilidade de utilização
dessa oleaginosa para teste.
Integram a estrutura da
Unidade Experimental de Biodiesel de Caetés
uma área de processamento químico
de matéria-prima, quatro grandes depósitos
- de 20 mil litros cada, sendo dois para a
matéria-prima e dois para o biodiesel
-, um laboratório e uma área
administrativa.
A Usina foi estruturada
para produzir 2 mil litros/dia de biocombustível.
Vai se dedicar à pesquisa de oleaginosas
e da qualidade do biocombustível por
elas gerado. O MCT investiu cerca de R$ 1
milhão na implantação
da usina, que conta com uma rede de instituições
parceiras.
Também participam
do projeto experimental de produção
de biodiesel o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), que disponibilizou
um Laboratório de Tecnologia Automotiva
para teste do produto; o Laboratório
de Combustíveis da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE), encarregado da análise
do combustível; a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
que está trabalhando na pesquisa genética
das oleaginosas; a Universidade Federal Rural
de Pernambuco (UFRPE), na área de pesquisa
agrícola e acompanhamento da produção
de mamona; o Centro de Estudos e Projetos
do Nordeste (Cepen) e o Comitê de Entidades
no Combate à Fome e pela Vida (Coep),
no setor de capacitação; e a
prefeitura de Caetés, que cedeu o terreno
para a instalação da usina.
Fabiana Galvão - Assessoria de Imprensa
do MCT