Diref
realiza trabalho pioneiro no combate à
invasão de pinheiro exótico
em campos naturais do sul
Brasília (19/09/06)
- A Diretoria de Florestas (Diref), por meio
de sua Coordenação de Proteção
e Conservação Florestal, vem
realizando um trabalho pioneiro na erradicação
de plantas exóticas invasoras, como
a Pinus taeda, nas Áreas de reservação
Permanente (APPs) de Aparados da Serra, área
a nordeste do Rio Grande do Sul e a sudeste
de Santa Catarina.
Com o objetivo de estudar
a invasão das APPs por árvores
de Pinus taeda, espécie sub-tropical
nativa do sudeste dos Estados Unidos, de 24
de julho a 15 de agosto desse ano, o analista
ambiental e especialista em invasões
biológicas, Celso do Lago Paiva, realizou
viagem técnica à região.
Na ocasião, foi constatada
invasão em diversas APPs caracterizadas
como bordas de escarpas, encostas com declividade
superior a 45°, topos de morro, locais
de refúgio ou reprodução
de exemplares da fauna ameaçadas de
extinção, locais de refúgio
ou reprodução de aves migratórias,
nascentes (mananciais), cursos-d'água
e lagoas naturais.
A pesquisa comprovou que
sementes do pinheiro são levadas por
ventos a distâncias muito grandes. Há
décadas essa conífera é
plantada na região e subsiste em áreas
nativas. Daí a importância de
ser ali erradicada, para interrupção
e prevenção da infestação.
Constatou-se estabelecimento de plantas até
a distância máxima de 2.185 metros
das plantas - matrizes, em campos rupestres,
campos em coxilhas e em banhados.
Cada população
de pinheiros invasores pesquisada foi erradicada
com utilização de métodos
de eficácia compravada. As operações
contaram com o apoio de técnicos do
Ibama de Aparados da Serra, no Rio Grande
do Sul. As plantas exóticas invasoras
representam grande ameaça para o futuro
da conservação das áreas
naturais, ao lado do aquecimento global. No
Brasil inúmeras áreas de vegetação
protegidas estão sendo invadidas por
plantas introduzidas.
Sandra Tavares
Difap lança
2º número da Revista de Ornithologia
na Semana de Ciência e Tecnologia
Brasília (19/09/2006)
- O segundo número da revista Ornithologia
foi lançado hoje, durante a 1ª
Semana de Ciência e Tecnologia do Ibama,
em Brasília. A revista é produzida
pelo Centro Nacional de Pesquisa para Conservação
das Aves Silvestres (Cemave), ligado à
Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do
Ibama (Difap).
Para o Diretor da Difap,
Rômulo Mello, apesar de o desenvolvimento
e produção de conhecimentos
ser um dos principais trabalhos do Ibama,
“o conjunto de saberes aqui gerados é
ainda pouco mostrado aos pares e à
sociedade”. Para ele, é importante
“tirar os resultados da gaveta” e divulgá-los,
“e a revista é um instrumento fundamental
para isso”.
Segundo o Chefe do Cemav,
João Luiz Nascimento, a revista faz
parte de uma das metas do planejamento estratégico
do Centro. “Buscamos a excelência e
mais um veículo para atender à
comunidade científica brasileira e
internacional”, enfatiza. O periódico
segue as normas de referência da Revista
Brasileira de Zoologia. Um dos objetivos do
Centro é, com o tempo, qualificar a
publicação com conceito A da
Capes
para revistas científicas.
Com tiragem de 500 exemplares
e regularidade semestral, seu público-alvo
são cientistas e pesquisadores na área
de pássaros, principalmente aqueles
que trabalham com anilhamento (marcação
de aves com anéis identificados). Há
também uma versão eletrônica
completa no site www.ibama.gov.br/cemave,
onde ainda pode ser encontrado o primeiro
número. Os artigos foram desenvolvidos
por pesquisadores do Cemave e da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE).
Qualquer pesquisador brasileiro
ou estrangeiro da área de ornitologia
pode publicar seus artigos na revista. Basta
enviá-los para a Revista Ornithologia,
na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
- Centro de Ciências Biológicas
Departamento de Zoologia, Av. Prof. Morais
Rego, 1.235, Cidade Universitária,
Recife-PE, CEP 50670-420; aos cuidados da
profª Drª Maria Eduarda Larrazábal.
Luis Borges