19
de Setembro de 2006 - Alana Gandra - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro -
A Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
atualizou os mapa dos solos e de aptidão
agrícola do estado de Minas Gerais,
que podem ser encontrados no endereço
eletrônico www.cnps.embrapa.br/solosbr/conhecimentos.html.
O trabalho, segundo o autor
da pesquisa, Fernando Cezar Amaral, do departamento
de Planejamento de Uso da Terra da Embrapa
Solos, é fundamental para o planejamento
ambiental e agrícola do estado, “porque
o recurso solo talvez seja o principal elemento
em termos de planejamento agrícola
e ambiental – se você não conhece
o seu solo, as suas potencialidades e suas
limitações, não tem como
fazer um estudo consistente".
O mapa de aptidão
agrícola revela as áreas de
maior potencialidade e que deveriam merecer
prioridade em investimentos. Na área
ambiental, o trabalho define áreas
de preservação e as áreas
mais frágeis.
De acordo com o pesquisador,
o trabalho constata que Minas Gerais é
um estado heterogêneo, com diversificação
de solos que vão desde a caatinga,
no norte, até a floresta subtropical,
no sul. Dependendo da região, os cultivos
recomendados variam: para o norte, projetos
de fruticultura irrigada e também cultura
de grãos; no Cerrado, predominam café,
cana-de-açúcar, algodão
e soja.
Amaral disse também
que para grandes investidores, nacionais ou
estrangeiros, além de cooperativas
de produtores rurais, o estudo da Embrapa
Solos pode ser um elemento adicional de desenvolvimento,
na medida em que define áreas passíveis
de plantio de várias culturas. “Dá
para fazer uma primeira seleção
com esse estudo e, posteriormente, realizar
um trabalho mais detalhado”, indicou. O pesquisador
recomentou que os mapas "valem mais para
planejamentos regionais ou estaduais, de grande
escala, do que para pequenos agricultores
isolados".
O chefe adjunto de Pesquisa
e Desenvolvimento da Embrapa Solos, Aloísio
Granato, informou que a empresa já
trabalha nos mapas de solos e aptidão
agrícola dos estados de Alagoas e Mato
Grosso. "O objetivo é, em conjunto
com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), que já faz
levantamento de solo, cobrir o Brasil todo
em escala adequada", afirmou.