Operação
Carapeba tem início na Bahia
Salvador (22/09/06) - A
Operação Carapeba, que objetiva
combater a pesca predatória com utilização
de explosivos na Baía de Todos os Santos,
região do Recônvaco Baiano e
Ilha de Itaparica, tem início na próxima
terça-feira (26), após a realização
de uma reunião na sede do Ibama, no
Rio Vermelho, às 9h30, envolvendo todas
as instituições que fazem parte
do projeto.
Nesse encontro, serão
indicados os representantes permanentes das
11 instituições que compõem
o projeto e definidas as atribuições
e responsabilidades de cada um nas ações
programadas. As instituições
integrantes da operação são:
Ibama, Polícia Militar da Bahia através
da Companhia de Polícia de Proteção
Ambiental (COPPA), Polícia Federal,
Centro de Recursos Ambientais (CRA), Exército,
Capitania dos Portos, Prefeitura Municipal
de Itaparica, Prefeitura Municipal de Salvador,
CODEBA, Petrobrás e o Sindicato da
Indústria de Mineração
de Pedra Britada do Estado da Bahia - SINDBRITA.
Segundo o superintendente
do Ibama/MG, Célio Pinto, o projeto
começou a ser delineado a partir de
janeiro de 2005, quando o Instituto iniciou
uma série de ações integradas
com a COPPA, o CRA e a Polícia Federal,
no combate à pesca com bomba, na área
da Baía de Todos os Santos. “Com o
avançar das ações, foi-se
percebendo a necessidade de integração
de outras instituições afins,
para darem suporte e amplitude ao trabalho
desenvolvido. Assim, amadureceu o projeto
que hoje está prestes a entrar em funcionamento”,
enfatiza Célio.
O recurso financeiro inicial
para a Operação Carapeba, no
valor de R$ 100 mil, foi implementado pela
Petrobras através de um convênio
celebrado com o Ibama e intermediado pelo
SINDBRITA, com prazo de vigência de
oito meses. A primeira parcela desse valor
- R$ 50 mil, será alocado já
na próxima semana e se destina à
aquisição de combustível
para as lanchas que atuam no patrulhamento
marítimo e para a compra de equipamentos
para a fiscalização, a exemplo
de um binóculo de longo alcance.
De acordo com a concepção
do projeto, a operação terá,
a partir de agora, ação contínua,
com o patrulhamento marítimo diário
da Baía de Todos os Santos e das áreas
de ocorrência da pesca com bombas. Por
outro lado, também haverá o
funcionamento do serviço de inteligência,
que investigará o teor de denúncias
ou o envolvimento de pessoas, as situações
e os locais de ocorrência nesta modalidade
de crime ambiental, previamente identificados
pelos órgãos especializados,
na esfera policial.
Carlos Garcia
Fiscais são
recebidos a pedradas no sul da Bahia
Brasília (21/09/06)
– Debaixo de protesto e tumulto na cidade
de Pau Brasil, no sul da Bahia, fiscais do
Ibama e policiais federais apreenderam ontem
cerca de 20 metros cúbicos de vinhático,
madeira nativa da mata atlântica.
Segundo fiscais, a madeira
extraída ilegalmente estava escondida
em uma marcenaria de propriedade do prefeito
da cidade, Antônio Prado. Para impedir
o acesso da fiscalização ao
local, manifestantes bloquearam a entrada
da cidade com pedras e montes de pneus em
chamas. Eles alegavam estar defendendo seus
empregos.
Por quase dez horas, os
policiais federais tentaram negociar o desbloqueio
da área. Sem sucesso. Foi necessário
pedir reforço do Batalhão de
Missões Especiais da Polícia
Militar. Quando chegaram, os policiais militares
usaram até bomba de efeito moral para
conter o tumulto que tomou conta da cidade.
Mesmo assim, alguns manifestantes
ainda atiraram pedras contra o comboio do
Ibama que retirava a madeira e equipamentos
da marcenaria. O ajudante do motorista do
caminhão foi atingido na cabeça,
causando traumatismos craniano e bucofacial.
O desmonte da marcenaria
em Pau Brasil integra a Operação
Vinhático II, desencadeada pelo Ibama
desde o dia 28 de agosto para combater desmatamentos
ilegais em áreas de mata atlântica,
no sul da Bahia.
Sandra Sato
Operação
Jauru gera R$ 5,5 milhões em multas
no Mato Grosso
Cuiabá (20/09/06)
- A Operação Jauru, realizada
entre os dias 4 e 18 de setembro, na região
sudoeste do Mato Grosso, contou com ações
de fiscalização em meio terrestre
e fluvial, envolvendo analistas e fiscais
do Ibama, em parceria com a Polícia
Federal de estado. Planejada pela Superintendência
do Ibama no Mato Grosso e implementada pela
Base Operativa do Pantanal, a operação
teve os seguintes resultados: R$ 5.560.950,58
em multas lavradas; apreensão de três
motosserras, quatro maquinários de
esteira e sete tratores utilizados no desmatamento
ilegal na região; além de 178
toras de aroeira - espécime florestal
protegida por lei federal - e em processo
de extinção.
Dentro das atividades de
fiscalização ligadas à
pesca predatória, foram apreendidos
323 quilos de pescado provenientes de pesca
amadora sem licença e 72 petrechos
de pesca, como redes, tarrafas, varas e carretilhas.
Além das apreensões realizadas,
foram embargadas 13 áreas ligadas às
atividades ilícitas e apreendidos 323
quilos de peixes, que foram posteriormente
doados ao Lar das Servas de Maria, do município
de Cáceres, beneficiando diversas pessoas.
A equipe do Ibama/MT desenvolveu
atividades de combate ao desmatamento no Pantanal,
visitando Áreas de Preservação
Permanente (APPs), percorrendo os rios Paraguai
e Sepotuba, fiscalizando e coibindo atividades
de pesca profissional e amadora ilegais da
região.
As atividades de fiscalização
planejadas e desenvolvidas atualmente pela
Coordenação de Fiscalização
do Mato Grosso contam com outras quatro Bases
Operativas localizadas por todo o estado,
além da Base Operativa do Pantanal.
Todas as pessoas e empresas envolvidas nos
crimes ambientais detectados pela Operação
Jauru tiveram suas informações
levantadas e todos os resultados serão
comunicados aos demais órgãos
de justiça responsáveis.
Fernando Santos