Pesquisa
mostra características do turismo interno
18/09/2006 - Pesquisa realizada
pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe) da Universidade de
São Paulo mostra que Minas Gerais responde
por 13,7% do turismo emissivo do país
e 10,8% do receptivo. Isso quer dizer que
o estado manda mais turistas para fora do
que recebe. São Paulo é o estado
campeão do turismo emissivo (41,3%)
e também do receptivo (29,4%), fator
atribuído às viagens de negócios.
A pesquisa, divulgada em
março deste ano, foi encomendada pelo
Ministério do Turismo com o objetivo
de caracterizar e dimensionar o turismo doméstico
no país. Foram identificadas as seguintes
características do turismo interno:
tipos de viagem, origem e destino, motivos,
meios de hospedagem e de transporte, hábitos
de viagem, permanência média
e os gastos, entre outros itens.
Foram visitados 36 mil domicílios,
resultando na mais ampla pesquisa em âmbito
nacional afora as do Censo e do PNAD, do IBGE.
A margem de erro foi fixada em 1,5% para o
país e de 5% para o agregado Unidades
da Federação, com nível
de confiança de 95%. Os mineiros respondem
por 46,4% do turismo dentro do estado. Em
seguida aparecem os paulistas (34,8%), fluminenses
(10%), capixabas (2,1%) e goianos (1%).
Quando se observa os estados
que mais recebem turistas mineiros, o Espírito
Santo aparece em primeiro lugar em percentual:
45,4% dos turistas que entram naquele estado
são de Minas Gerais. Os mineiros são
os segundos colocados entre os que visitam
São Paulo (7,4%) e terceiros entre
os que mais viajam ao Rio de Janeiro (17,5%).Turistas
originários de São Paulo lideram
entre aqueles que mais visitam estados do
Nordeste: os paulistas respondem por 35,2%
das entradas em Alagoas e por 28,4% entre
os que visitam a Bahia.
O levantamento revelou ainda
que, de cada dois brasileiros, um realiza
algum tipo de viagem, entre rotineira, doméstica
e internacional. Em média, de cada
dez brasileiros, pelo menos um realiza viagens
rotineiras e pelo menos quatro fazem viagens
domésticas. A viagem rotineira é
caracterizada como aquela com freqüência
mensal para um mesmo destino, com pelo menos
dez viagens ao ano.
Entre os que não
viajam, a falta de dinheiro é a justificativa
de 68% do grupo que recebe até R$ 1.400
por mês. No segmento dos que ganham
entre R$ 5.250 e R$ 10.500, a falta de tempo
aparece em primeiro lugar, com 45% de incidência.
O fator renda é o que mais influi na
escolha por viagens internacionais. Entre
os que fazem esse tipo de viagem, a grande
maioria tem renda mensal acima de R$ 10.500.
Nas viagens internas, o
tipo de hospedagem mais utilizado é
a casa de parentes ou de amigos (54,4%). Hotéis
e pousadas aparecem em segundo lugar, com
25,8%, seguido por imóvel alugado (10,1%)
e por imóvel próprio (5,1%).
A pesquisa mostrou ainda quais os meios de
transporte mais utilizados. Eis os índices:
carro (54,4%), ônibus de linha (21,8%),
avião (12,3%), ônibus de excursão/fretado
(5,8%) e outros (5,8%). Na comparação
com a pesquisa anterior, realizada em 2002,
houve um aumento das viagens com utilização
de veículo próprio e também
de avião e uma queda no uso de ônibus
de linha.
Visitar amigos e parentes
e ir à praia foram os motivos mais
citados para justificar viagens internas,
mas o índice varia de acordo com a
renda. Enquanto 65% dos que recebem entre
R$ 350 e R$ 1.400 viajam para visitar amigos
e parentes, apenas 34% da faixa salarial acima
de R$ 10.500 dá esta justificativa
para viajar. Por outro lado, 53,7% deste segmento
viajam para ir à praia, enquanto 29,2%
da faixa de R$ 350 a R$ 1.400 viajam por este
motivo. Outras causas citadas são:
o turismo cultural, os eventos esportivos
e sociais, tratamento de saúde, negócios
e compras pessoais, entre outros. A pesquisa
foi realizada no início deste ano.
Seminário
aborda Turismo de Aventura no Rio de Janeiro
19/09/2006 - O Ministério
do Turismo (MTur) em parceria com a Associação
Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura
(ABETA), promove nos dias 19 e 20 de setembro,
no Auditório da Faculdade Hélio
Alonso FACHA (Rua da Matriz, 49, Botafogo),
no Rio de Janeiro, a quinta edição
dos Seminários Técnicos de Turismo
de Aventura, que oferecem cursos e debates
sobre Normas Técnicas, qualificação
e certificação no segmento de
turismo de aventura.
O objetivo é apresentar
o Programa Aventura Segura, criado pelo MTur
e executado pela Abeta, disseminando informação
referente ao turismo de aventura e criar oportunidades
de articulação, relacionamento
e conhecimento do meio empresarial e profissional
do turismo de aventura no pólo envolvendo
empreendedores, condutores, comunidade relacionada
e voluntários na formação
dos Grupos Voluntários de Busca e Salvamento
(GVBSs).
O seminário contará
com as palestras O Programa de Qualificação
e Certificação Passo a Passo:
Detalhamento das Ações no Rio
de Janeiro; O Montanhismo no Turismo de Aventura:
Normas de Competência do Condutor de
Montanhismo e Escalada e do Condutor de Caminhada
de Longo Curso. Entre os assuntos abordados
no evento ainda estão: formação
do Grupo de Empresas sistema de gestão
da segurança em turismo de aventura
e a reunião para levantamento da necessidade
de formação da Associação
Regional de Empresas de Turismo de Aventura.
O Brasil tem pólos
turísticos de aventura com potencial
para se tornar um dos principais destinos
internacionais do segmento. De acordo com
a Abeta, o segmento emprega 15 mil profissionais
diretamente, em mais de 200 cidades brasileiras.
O Programa Aventura Segura procura fortalecer
o segmento de aventura por meio da organização
do segmento em 15 pólos nacionais prioritários.
São eles: Serra do Cipó (MG);
Alto Paraíso (GO); Rio de Janeiro (RJ);
Fortaleza (CE); Bonito (MS); Chapada Diamantina
(BA); Florianópolis (SC); Parque Estadual
Turístico do Alto Ribeira - PETAR (SP);
Foz do Iguaçu (PR); Serras Gaúchas
(RS); Brotas (SP); Serra dos Órgãos
(RJ); Lençóis Maranhenses (MA);
Manaus (AM) e Recife (PE).
A entrada é franca
e as inscrições podem ser feitas
pela internet formulário pode ser
encontrado no site www.abeta.com.br (no campo
Seminários Técnicos), via fax
31.3227.1678 ou pelo e-mail abeta@abeta.com.br.
Rede de Cooperação
Técnica para Roteirização
chega à Estrada Real
20/09/2006 - Termina este
mês mais uma etapa do projeto Rede de
Cooperação Técnica para
Roteirização, do Ministério
do Turismo, que tem o objetivo de integrar
a oferta turística nacional de cinco
roteiros turísticos. De 21 a 24, o
trabalho no roteiro Caminho Velho da Estrada
Real Ouro Preto a Paraty seguirá
uma programação com foco comercial
que prevê a apresentação
do projeto da Rede, visitas técnicas
e o Encontro de Negócios para os 15
operadores e aproximadamente 40 agentes econômicos
desse roteiro.
No dia 23, o Encontro de
Negócios na cidade de Paraty (RJ) vai
proporcionar o contato entre operadores de
turismo nacional, potenciais compradores,
e agências de receptivo do roteiro ,
hotéis e demais fornecedores para fomentar
a ampliação das relações
comerciais do roteiro. Serão ofertados
produtos turísticos do Caminho Velho
da Estrada Real. O Encontro será realizado
no Hotel Perequê (Av. Beira Rio, 70
- Paraty-RJ), a partir das 8h.
Desde julho de 2005, foram
realizados encontros nas macrorregiões
nos quais foram apresentada a Rede e analisadas
e discutidas as ações necessárias
para a formatação dos roteiros
turísticos. Agora, essa fase comercial
que já passou pelos roteiros integrados
Iguassu/Missões; Jericoacoara/Delta
do Parnaíba/Lençóis Maranhenses;
e Brasília/Chapada dos Veadeiros ,
chega a macrorregião Sudeste para apresentar
ao mercado uma nova possibilidade de comercialização.
O roteiro Caminho Velho
da Estrada Real contempla patrimônios
histórico e natural. Passa pelos parques
nacionais da Serra da Bocaina e do Itatiaia.
Essa etapa de comercialização
depende de uma articulação local
que já realizada nas macrorregiões
Sul, Nordeste, Centro-Oeste e, agora, no Sudeste.
Após o foco comercial
aplicado nessa fase da Rede de Roteirização,
inicia-se uma nova etapa do projeto com a
multiplicação de conhecimento
por meio de 30 oficinas. Elas serão
realizadas em diferentes Unidades da Federação,
a partir da indicação e interesse
de cada estado e do Distrito Federal.
A escolha dos cinco roteiros
trabalhados pela Rede observou o fluxo de
turistas e os investimentos públicos
já existentes. A estruturação
desses roteiros foi feita pelos gestores do
MTur, Sebrae, Senac e Órgãos
Oficiais de Turismo das Unidades da Federação,
a partir das orientações dos
consultores contratados para desenvolver o
processo de roteirização.
O projeto é uma ação
proposta pelo convênio firmado em 2003
entre Ministério do Turismo/Embratur
e Sebrae com o objetivo de fomentar o desenvolvimento
de novos produtos turísticos e promover
a melhoria da qualidade dos já existentes.
São considerados os princípios
de sustentabilidade ambiental, sociocultural
e econômica e de acordo com as diretrizes
do programa de regionalização
do Turismo Roteiros do Brasil.