5
de Outubro de 2006 - Márcia Wonghon
- Repórter da Agência Brasil
- Recife - Fragmentos de um material à
base de ferro, conhecido como granalha, causaram
o desastre ecológico que no início
da semana deixou centenas de peixes mortos
no Rio Capibaribe, que corta o centro da capital.
O produto era utilizado na restauração
da Ponte Velha, em obra contratada pela prefeitura.
Exames laboratoriais sob
a coordenação da bióloga
Liana Barroso, da Universidade Federal Rural
de Pernambuco, constataram que o produto levou
à morte dos peixes – na maioria, bagres
– por asfixia. O resultado parcial do laudo
pericial foi divulgado pelo presidente em
exercício da Companhia Pernambucana
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(CPRH), Geraldo Miranda.
Ele explicou que determinou
a paralisação imediata da obra.
”Para evitar que o problema perdure, a obra
foi embargada até que os testes sejam
concluídos, o que deve ocorrer nos
próximos oito dias”, declarou.
Empresa de limpeza
diz que tomou todas precauções
ambientais para reformar ponte em Recife
6 de Outubro de 2006 - Márcia
Wonghon - Repórter da Agência
Brasil - Recife - O presidente da Empresa
de Manutenção e Limpeza Urbana
(Emlurb), Amaro João da Silva, informou
hoje (6) que a Prefeitura do Recife tomou
todas a precauções com relação
às normas de proteção
ambiental antes de contratar a empresa para
a restauração da Ponte da Rua
Velha. O esclarecimento contesta a Companhia
Pernambucana de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(CPRH) que informou que a morte de centenas
de peixes no Rio Capibaribe no início
da semana poderia estar associada ao uso da
substância granalha de aço, empregada
na remoção da ferrugem da estrutura
da ponte.
Ele assegurou que o material
não é tóxico e garantiu
que lonas e tapumes foram colocados no local
da obra com objetivo de evitar que fragmentos
caíssem na água ou fossem levados
pelo vento. "Acredito que a substância,
recomendada pela própria CPRH, não
tem possibilidade de ter contaminado a água,
mas vamos aguardar o resultado final das análises
que estão sendo realizadas também
por um outro laboratório contratado
pela prefeitura", disse.
Nos exames preliminares,
feitos no Laboratório da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, ficou constatado
que os peixes morreram por asfixia e tinham
fragmentos de granalha nas brânquias.
No entanto, os testes finais com amostras
da água e do solo só serão
divulgados nos próximos oito dias.