4
de Outubro de 2006 - Raquel Mariano - da Agência
Brasil - Brasília - Em nota divulgada
hoje (4) pelo Ministério das Relações
Exteriores, o ministro do Meio Ambiente do
Reino Unido, David Milliband, nega a intenção
de promover a internacionalização
de terras na Amazônia.
O ministro participou de
encontro na cidade de Monterrey, no México,
onde o secretário-executivo do Ministério
do Meio Ambiente, Cláudio Langone,
chefia a delegação brasileira.
“Deixei muito claro que
o interesse do governo do Reino Unido não
é o de apoiar ou promover a compra
da Floresta Amazônica, mas, sim, de
trabalhar com os colegas brasileiros (e outros
países) para apoiar o manejo florestal
sustentável”, afirma a nota de Milliband.
A proposta de "um plano
de privatização da Amazônia"
havia sido divulgada no domingo (1º)
pelo jornal britânico Daily Telegraph,
em reportagem assinada por Patrick Hannessy.
O plano, segundo o jornalista, resolveria
problemas de desmatamento da Amazônia
e serviria para proteger a região.
O ministro Milliband teria
feito a proposta durante a reunião
sobre clima, energia e desenvolvimento sustentável
realizada desde ontem (3) no México.
No encontro também foram abordados
temas como a substituição dos
combustíveis fósseis e as ações
para implementação da Convenção
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas, prevista para novembro,
em Nairóbi (Quênia).
Em resposta à
reportagem, o ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje que
"a Amazônia brasileira não
está à venda”. E Langone informou,
em nota, que ontem foi procurado pelo ministro
do Reino Unido: "Ele negou a intenção
de fazer qualquer anúncio a respeito
da proposta veiculada pela imprensa. Da mesma
forma, Miliband afirmou ter sido mal interpretado
em suas declarações à
imprensa daquele país”.