Quatro
trabalhos de estudantes de escolas paraenses
de ensino médio e fundamental serão
agraciados
Belém, 05 de outubro
de 2006 — O Museu Paraense Emílio Goeldi
(MPEG) faz nesta sexta, 06, no auditório
do Parque Zoobotânico, a entrega do
Prêmio José Márcio Ayres
para Jovens Naturalistas. A cerimônia
marca a terceira edição do concurso
para estudantes paraenses, que incentiva a
produção de monografias sobre
o tema Biodiversidade Amazônica.
Além de diplomas
pela participação e publicações,
os vencedores dividirão prêmios
em dinheiro. Para o Ensino Fundamental, os
prêmios são de R$ 3.000 (1º
lugar), R$ 2.100 (2o) e R$1.500 (3o). Para
o Ensino Médio, a premiação
é de R$ 2.000 (1o)R$1.500 (2o) e R$1.000
(3o).
De 28 trabalhos inscritos,
quatro mereceram destaque e foram para a final
do concurso este ano: “Levantamento da fauna
silvestre mantida em cativeiro na cidade de
Brejo Grande do Araguaia, Pará: perfil
dos criadores e caracterização
das formas de criação”, da escola
estadual Lício Solheiro, do município
de Brejo Grande do Araguaia; “Diferenças
observadas na habitação do barbeiro”,
da escola estadual Ulisses Guimarães,
de Belém; “As propriedades nutricionais
e medicinais do Araçá-boi Eugenia
stipitata: um gigante desconhecido” e “Mandioca
Manihot esculenta e sua importância
na reprodução social das comunidades
amazônicas: o caso da Vila Recreio,
de Maracanã, Pará”, ambos da
escola estadual Almirante Guillobel, de Belém.
Incentivo - O Prêmio
José Márcio Ayres para Jovens
Naturalistas é uma das ações
integradas ao projeto Biota Pará e
ao programa Biodiversidade da Amazônia,
que dirigem diversas ações do
Museu Paraense Emílio Goeldi e da Conservação
Internacional (CI-Brasil) para apoio a ações
de pesquisa, formação de coleções
e recursos humanos para a conservação
da biodiversidade da Amazônia.
Criado em 2003 pelo Museu
Goeldi e CI-Brasil, o concurso já envolveu
120 estudantes participantes e também
tem como marca o fortalecimento do trabalho
de professores para o incentivo à pesquisa
nas escolas.
Nesses três anos,
foram realizadas oficinas para preparação
de professores em todas as edições
do prêmio - com ações
em Belém, Castanhal, Marabá
e Santarém -, além de eventos
como o Barco da Ciência e a Pororoca
da Biodiversidade, que levou uma ampla exposição
com as grandes coleções da instituição
ao Parque Zoobotânico do MPEG, em outubro
do ano passado.
“O prêmio significou
para as escolas de ensino fundamental e médio
um grande incentivo ao desenvolvimento de
trabalhos escolares e ao contato com a pesquisa
em campo, muito além daquela que se
faz apenas com os livros. Por sua vez, as
oficinas com os professores são um
grande exercício para a manutenção
destas atividades em sala de aula”, avalia
a coordenadora do concurso Filomena Videira
Secco, do Serviço de Educação
do MPEG.
José Maria Cardoso,
vice-presidente de ciência da CI-Brasil,
ressalta a importância do Prêmio
José Márcio Ayres para Jovens
Naturalistas, pois estimula os estudantes
a desenvolver a curiosidade e o espírito
investigativo, fundamentais a qualquer pesquisador,
além de revelar um universo novo e
fantástico que só a Ciência
pode proporcionar. “Este prêmio está
criando uma nova mentalidade. Ele ajuda estas
crianças a prestar mais atenção
na natureza, que por sua vez, terá
um significado novo em suas vidas”, avalia.
Barco - A terceira edição
do prêmio José Márcio
Ayres para Jovens Naturalistas foi lançada
em setembro de 2005 e teve inscrições
abertas até janeiro de 2006. A organização
do concurso realizou em outubro passado um
evento denominado Barco da Ciência,
em parceria com o Projeto PIATAM mar (Potenciais
Impactos Ambientais do Transporte de Petróleo
e Derivados na Zona Costeira Amazônica)
e Petrobras, durante a Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia.
Durante o Barco da Ciência,
cerca de 80 estudantes e professores de turmas
de ensinos Fundamental e Médio embarcaram
no navio Grão Pará I, do Corpo
de Bombeiros do Pará, durante um passeio
pelo rio Guamá e Baía de Guajará,
ouvindo palestras de pesquisadores que estudam
a costa amazônica, observando a paisagem
e conhecendo metodologias para investigar
as plantas e animais da região das
ilhas do entorno de Belém, além
de discutir a relação da população
local com suas águas.