22
pássaros foram apreendidos em Vila
Velha
Vitória (11/10/06)
– A Superintendência do Ibama no Espírito
Santo apreendeu 22 pássaros numa residência
no Bairro João Goulart, em Vila Velha,
na tarde de ontem (10). Após denúncia
recebida pela Linha Verde, uma equipe do Ibama
foi mobilizada para o local, onde foi constatada
a infração. Entre as espécies
mantidas em cativeiro, sem a licença
do Ibama, estavam sabiás, canários-da-terra
e trincas-ferro. Os pássaros foram
encaminhados para o Centro de Reintrodução
de Animais Selvagens (CEREIAS), em Aracruz,
Espírito Santo.
José Romano da Conceição
foi autuado e multado em R$ 11 mil, sendo
R$ 500,00 por cada pássaro. De acordo
com o art. 29 da Lei de Crimes Ambientais,
o proprietário pode pegar até
um ano de prisão. Segundo o agente
de fiscalização do Ibama, Darci
Soares Firmino, o auto de infração
será encaminhado para o Ministério
Público e posteriormente para Polícia
Federal que investigará a origem dos
animais.
Crislene Queiróz
Operação
do Ibama fecha rinha de galo em Ilhéus
Brasília (11/10/06)
- Atendendo denúncia da Linha Verde,
fiscais do Ibama de Ilhéus em parceria
com a Polícia Ambiental e Militar,
fecharam uma rinha de galo no Município
de Canavieiras, sul da bahia.
Segundo a denúncia,
tinha um torneio de briga de galo marcado
para acontecer durante o final de semana e
que o prêmio para o primeiro colocado
seria um veículo zero km. O Ibama montou
a operação de fiscalização
e de acordo com informações
recebidas, havia uma pessoa na entrada da
cidade para avisar sobre a chegada dos fiscais,
no sentido de impedir a ação.
Mesmo assim a equipe conseguiu entrar no local,
apreender os bichos e desmontar toda a estrutura.
Houve uma correria das pessoas que estavam
presentes tentando enganar os agentes da fiscalização,
mas a balança de pesagem dos animais
ainda estava ligada no momento do flagrante,
indicando que a atividade estava mesmo sendo
realizada.
Os fiscais apreenderam 166
galos e aplicaram multa de R$ 33.500 ao proprietário
do estabelecimento, Grimaldo Silva Carvalho.
O infrator foi denunciado ao Ministério
Público e responderá por crime
ambiental baseado no art. 32 da lei 9605/98.
“Esta é uma prática que vem
ocorrendo há muitos anos e pela primeira
vez acontece uma ação como esta
na região”, afirma Sandoval Mendes
de Souza, fiscal que participou da operação.
Depois de autuado o infrator declarou que
nunca mais se envolverá com este tipo
de atividade.
Após passar por avaliação
de um veterinário, os galos apreendidos
foram doados à instituições
de caridade do município. O Ibama alerta
que intensificará a fiscalização
no sentido de coibir este tipo de prática
em toda a região.
Verbena Fé
Fiscais autuam proprietários
de mata devastada e incendiada em Itajaí
Itajaí (11/10/06)
- Uma operação de fiscalização
realizada pelo Ibama na região de Colorado,
em Santa Terezinha, no Alto Vale do Itajaí,
autuou dois proprietários de 156,7
hectares de terra, desmatadas e incendiadas.
O tamanho da devastação equivale
a 96 campos de futebol. Espécies da
mata atlântica como araucária,
imbuia, cedro, e outras, foram substituídas
por mudas de pínus para reflorestamento.
Isto levanta a suspeita de incêndio
criminoso. Como os infratores ainda estão
em processo de contestação,
seus nomes não puderam ser divulgados,
mas foram denunciados ao ministério
público.
O incêndio atingiu
áreas de preservação
de nascentes e ribeirões que formam
o rio Itajaí do Norte. Os fiscais encontraram
várias cobras mortas. Segundo o chefe
do escritório do Ibama de Rio do Sul,
Bruno Barbosa, o que facilitou a operação
foram imagens de satélite, sobrevôos
na área e denúncias de vizinhos.
“A operação não terminou,
existem outras áreas desmatadas que
os proprietários ainda não foram
identificados”, diz Barbosa.
Foram aplicadas multas administrativas
superiores a R$ 300 mil e os responsáveis
responderão por crime ambiental. O
ministério público, por meio
de notícia-crime, tem condições
de avaliar se o incêndio foi provocado.
Para Bruno Barbosa, todo o proprietário
de imóvel tem a responsabilidade de
preservar sua área.
Barbosa diz que muitos proprietários,
na tentativa de esconder a extração
florestal, acabam deixando a chamada "parede
verde" ao longo da estrada. “A partir
de agora, com o apoio aéreo e a intensificação
da fiscalização, a tendência
é acabar com a extração
da floresta nativa."