11/10/2006
- Daniela Mendes - Com apoio do Ministério
do Meio Ambiente (MMA) será realizado,
em Brasília, nos dias 16 e 17 de outubro,
o Encontro Internacional sobre Poluição
Doméstica, Fogões Ecológicos
e Desenvolvimento Sustentável que tem
como objetivo elaborar um plano de ação
para a redução da poluição
no ambiente doméstico produzida por
fogões a lenha. O evento acontecerá
no auditório do Ministério das
Cidades, e conta, também, com o apoio
da Agência dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional (USAID), Fundação
Shell, Centro de Referência para Energia
Solar e Eólica Sérgio de Salvo
Brito (CRESESB), Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica (CEPEL) e Ministérios
de Minas e Energia.
De acordo com a Winrock
International Brasil, organizadora do evento,
nas zonas rurais de países em desenvolvimento,
e até mesmo em áreas urbanas,
uma prática bastante usual é
a queima de combustíveis sólidos
como a lenha, carvão mineral e vegetal,
e resíduos orgânicos para obtenção
do fogo e sua energia térmica. No Brasil
o alto custo do botijão de gás
ou sua indisponibilidade obriga parcelas mais
carentes da população a utilizarem
fogões a lenha primitivos que, ao mesmo
tempo que possuem um baixo aproveitamento
energético, também geram fumaça
no ambiente da cozinha.
Para estes dois dias de
encontro foram convidados especialistas nacionais
e internacionais com o objetivo de discutir
esta problemática e explorar alternativas
apropriadas à realidade brasileira,
incluindo o conceito de fogões ecológicos
, uma tecnologia que transforma o uso da lenha
num processo mais moderno e humano, já
que evita a exposição à
fumaça e fuligem.
No encontro serão
debatidas propostas de políticas públicas
de apoio ao desenvolvimento tecnológico
de fogões ecológicos entre outros
temas relacionados ao assunto. Relatório
da Organização Mundial de Saúde
(OMS), divulgado em 2002, mostrou que a cada
ano 1,6 milhões de pessoas morrem no
mundo devido à fumaça no ambiente
doméstico. Esse número coloca
a poluição doméstica
na mesma ordem de grandeza de grandes problemas
globais de saúde como é o caso
da malária e AIDS.
Estes primitivos fogões
utilizados no interior das residências
produzem uma quantidade de fumaça que
muitas vezes chega a atingir 100 vezes os
níveis recomendados pela OMS. A exposição
a esse tipo de poluição é
um alto fator de risco para infecções
respiratórias agudas, principalmente
entre mulheres e crianças, sendo estas
últimas as mais vulneráveis.
A exposição à fumaça
da lenha muitas vezes equivale a uma contaminação
pulmonar por fumar dois maços de cigarros
ao dia.
Entretanto, com o melhoramento
tecnológico dos fogões, o consumo
de lenha poderia ser reduzido à metade,
contribuindo também para minimizar
o impacto no meio ambiente, além de
preservar a saúde humana.
PNC será
apresentado no Rio de Janeiro
13/10/2006 - O Programa
Nacional de Capacitação de Gestores
Ambientais (PNC) está chegando ao Rio
de Janeiro. No dia 20, ele será apresentado
em solenidade promovida pelo Ministério
do Meio Ambiente, em auditório da Caixa
Econômica Federal, na capital do estado.
O objetivo do PNC é capacitar e qualificar
os municípios para a gestão
ambiental e permitir a descentralização
do Sistema Nacional do Meio do Ambiente (Sisnama),
um dos eixos estratégicos do ministério.
Em agosto, o programa desenvolvido
pelo Departamento de Articulação
Institucional (DAI) completou um ano com 12
estados conveniados, o envolvimento de cerca
de 1600 municípios e o fortalecimento
das comissões tripartites. A expectativa
é fazer com que o PNC alcance 50% dos
municípios brasileiros até 2009.
Atualmente, apenas 8% dos
municípios brasileiros possuem secretaria,
fundo, conselho ou legislação
ambiental. Em 22% não há sequer
um departamento de meio ambiente na secretaria
municipal de saúde. Isso representa
um universo superior a 1.200 municípios.