A
Terceira Semana de Ciência e Tecnologia,
que ocorre na Esplanada dos Ministérios
até o dia 23/10, é um grande
sucesso. Segundo Vicente Júnior, analista
ambiental do CSR/CEMAM, a cada dia cresce
o movimento, principalmente de escolas. “Alguns
alunos só querem pegar folders, mas
outros são bem interessados e fazem
muitas perguntas”, esclarece. Mesmo assim,
enfatiza que os materiais disponibilizados
pelo Ibama são de fácil leitura
e entendimento. O Ibama conta com vários
técnicos para explicar os assuntos
correlacionados às suas várias
áreas de atuação.
Uma parte do estande apresenta
a Mostra Tecnologias Ambientalmente Saudáveis
– caminho para um Brasil Sustentável,
organizado pelo Portal das Tecnologias Ambientalmente
Saudáveis (Ambtec). Criado em 2004,
o portal reúne o maior conjunto de
informações referentes a Tecnologias
Ambientalmente Saudáveis (TAS) do País
e funciona como um sistema de informações
que orienta o usuário para a solução
prática e objetiva dos problemas ambientais.
Estimula também o uso adequado dos
recursos naturais, sempre visando reduzir
o impacto da ação humana sobre
o meio ambiente.
Com o propósito de
promover o uso de tecnologias que implicam
ganhos para o meio ambiente, essa parte do
estande reúne diversos exemplos de
móveis, equipamentos, material de construção
e de acabamento, energias limpas e outros
produtos e práticas que privilegiam
a economia, o uso e o manejo sustentáveis
dos recursos naturais. A outra parte do estande
apresenta instrumentos de combate a incêndio
do Prevfogo, livros de pesquisa editados pelo
CNIA e mostra de tecnologias de monitoramento
antigas pelo CSR.
Os estudantes também
gostam muito da exposição. Ana
Virgínia Castelo, da engenharia florestal
da UnB, pretende retornar e comprar vários
livros da Editora Ibama. Para ela, o grande
enfoque da feira é a reutilização
de resíduos para a diminuição
do lixo. “Devemos nos desenvolver tecnologicamente,
mas sem deixar o meio ambiente de lado”, explica.
Para estudantes do ensino
fundamental, a feira tem sido fonte de descobertas,
principalmente para aqueles mais distantes
do acesso às novas tecnologias. Áurea
Cristina de Barros, do Centro de Ensino Fundamental
01, de Planaltina, nunca havia visto vários
dos objetos em exposição. “Já
conhecia reciclagem, mas não na prática”,
observa. Ela também adorou a exposição
de fetos no estande da UnB. “Fiquei emocionada”,
declara. Já Everton Camilo de Sousa,
do Centro de Ensino Médio da Escola
Industrial de Taguatinga, que visita a feira
pela segunda vez, ficou impressionado em conhecer
como os cientistas desenvolvem seus projetos.
O economista Francisco Reginaldo,
que acompanha a filha de 11 anos, está
muito empolgado. ”Quem mais se diverte sou
eu”, revela. Para ele, “educar é preciso,
mas, informar, necessário”. “A juventude
é curiosa e, quando conhece, é
estimulada”, filosofa. Segundo Francisco,
a feira é uma das formas de se despertar
a vocação de nossos futuros
cientistas.
Na realidade, quem faz sucesso
entre a garotada, com direito a abraços
e fotos, não é nenhuma tecnologia.
É o tamanduá do Prevfogo. Quando
o boneco aparece, fica cheio de gente em volta.
E ele fica todo vaidoso. Explica que é
o símbolo no combate aos incêndios
porque, “na floresta, quando pega fogo, apago
o fogo com o rabo”. Como tem o rabo grande,
sua ajuda é de grande valia para a
natureza.
Outros órgãos
governamentais e não governamentais
também estão presentes com estandes
na feira. Quem ainda não foi, vale
a pena conferir, conhecer e se divertir. Tem
oficinas de histórias, holografia,
uniforme e plataforma de coleta de dados espaciais,
esqueletos, trem de levitação
magnética, robô e, inclusive,
uma idéia muito interessante para odorização
de ambientes - em volta dos banheiros foi
feito um chão com folhas de eucalipto
cortadas – além de muitas outras experiências
inovadoras.
Luis Lopes