17
de Outubro de 2006 - Marli Moreira - Repórter
da Agência Brasil - São Paulo
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
sinalizou hoje (17) que o governo brasileiro
está atento para enfrentar eventuais
investidas de estrangeiros no domínio
da floresta amazônica. “A Amazônia
não está à venda. Nós
termos um mecanismo correto e adequado, e
o estamos apresentando, a partir de nossa
soberania, dos nossos esforços, de
nossas tecnologias já criadas, para
combater o desmatamento”. A previsão
da ministra é de que este ano ocorra
uma redução de 11% na taxa de
desmatamento da Amazônia. No período
2004-2005, houve um decréscimo de 32%.
Marina Silva deu as declarações
após reunir-se com o ex-vice-presidente
dos Estados Unidos Al Gore, em São
Paulo. No encontro a ministra pediu o apoio
do norte-americano, que está envolvido
com as questões de preservação
ambiental, à proposta brasileira a
ser apresentada em novembro próximo
na 12ª Conferência das Partes da
Convenção sobre Mudanças
Climáticas (COP12), em Nairóbi,
no Quênia, África.
A título de colaboração
com a preocupação mundial de
combate aos gases que levam ao aquecimento
da temperatura no globo terrestre, o chamado
efeito estufa, o Brasil vai propor “a criação
de um mecanismo de incentivo positivo para
países em desenvolvimento que reduzirem
seus índices de desmatamento, como
o Brasil”.
A idéia é
compensar os países que reduzirem os
poluentes na atmosfera com uma ajuda financeira
ou tecnológica por parte dos países
ricos. Um esboço dessa sugestão
já foi submetido aos países
signatários da convenção
em um workshop técnico, realizado em
Roma, no último mês de agosto.
De acordo com informações
do Ministério do Meio Ambiente, a proposta
não prevê obrigações
futuras e pode se tornar uma alternativa para
viabilizar o apoio dos países desenvolvidos
à conservação das florestas
tropicais.
Além do incentivo
sugerido, a ministra mostrou a Al Gore que
o governo brasileiro quer “esvaziar também
o discurso daqueles que querem “ajudar” se
dispondo a comprar terras na Amazônia”.
Al Gore não
deu entrevista, mas conforme o relato de Marina
Silva, “ele reagiu muito bem” à proposta
apresentada.
A ministra demonstrou ainda
que o Brasil têm obtido êxito
em sua política ambiental, não
só no que se refere ao combate ao desmatamento,
mas no desenvolvimento de alternativas aos
combustíveis fósseis. “Estamos
oferecendo ao mundo novas tecnologias sobre
os biocombustíveis e temos uma matriz
energética limpa, que atinge a 45%
da oferta, e se falarmos apenas da energia
elétrica, este percentual sobe para
81%”, ressaltou.
Marina Silva descarta
participação de estrangeiros
no domínio de terras na floresta amazônica
17 de Outubro de 2006 -
Marli Moreira - Repórter da Agência
Brasil - São Paulo - A ministra do
Meio Ambiente, Marina Silva, descartou hoje
(17) qualquer possibilidade de participação
estrangeira no domínio de terras na
floresta amazônica brasileira. “A Amazônia
não está à venda. Temos
o mecanismo correto e adequado, apresentados
a partir da nossa soberania, de nossos esforços
e de nossas metodologias, para combater o
desmatamento”. A declaração
foi dada após reunir-se com o ex-vice-presdientre
dos Estados Unidos Al Gore, em São
Paulo. De acordo com Marina Silva, graças
aos esforços de sua gestão haverá
este ano uma redução de 11%
na taxa de desmatamento na floresta amazônica.