18
de Outubro de 2006 - Carolina Pimentel e Pedro
Biondi - Repórteres da Agência
Brasil - Brasília - O potencial das
espécies exóticas (estrangeiras)
de peixes deve ser aproveitado na piscicultura
brasileira, assim como o das espécies
nativas. A opinião é do ministro
da Secretaria Especial de Aqüicultura
e Pesca (Seap), Altemir Gregolin.
“Eu acredito que não
é uma questão de proibir ou
não proibir”, disse Gregolin hoje (18).
“É uma análise caso a caso.
É importante que a gente preserve,
estimule e invista nas espécies nacionais,
como tambaqui e pirarucu, e ao mesmo tempo
aproveite as espécies exóticas
que já estão no nosso meio e
que tem potencial fantástico, como
a tilápia.”
Em entrevista à Agência
Brasil durante a cerimônia de posse
dos novos integrantes do Conselho Nacional
de Aqüicultura e Pesca, o ministro lembrou
que a tilápia, originária da
África, é criada há mais
de 40 anos no país e possui bom mercado
interno e externo.
A tilápia é
um dos peixes mais procurados pelos criadores,
porque, além da aceitação,
é resistente, cresce rápido
e se reproduz com facilidade. As mesmas características,
no entanto, fazem dela uma espécie
invasora, que já está presente
em rios e lagos de boa parte do país.
Espécies invasoras
são animais, vegetais e microrganismos
que se instalam, muitas vezes pela ação
humana, em regiões onde não
ocorriam. Ameaçam as espécies
locais e podem causar desequilíbrio
ecológico e prejuízos econômicos.
O ministro informou que
o governo tem investido em pesquisas para
dominar a reprodução de peixes
nativos em cativeiro, como o pirarucu na Amazônia
e o jundiá (uma espécie de bagre)
no Mato Grosso do Sul.