João
Pessoa (24/10/06) - Em mais uma etapa da Operação
Avoante, a equipe de fiscalização
da Superintendência do Ibama na Paraíba
apreendeu 600 dessas aves silvestres, a maioria
já abatidas por caçadores em
propriedades rurais, próximas às
cidades de Brejo do Cruz e Cajazeiras, no
Sertão paraibano. Também foram
apreendidas 70 aves vivas. Entre as espécies
apreendidas estão sabiás, cancões,
canarinhos, galo-de-campina e arribaçãs.
A apreensão faz parte da Operação
Avoante 2006, realizada pelo Ibama em várias
cidades paraibanas. De maio a outubro, já
foram apreendidas mais de sete mil aves silvestres.
No último sábado
(21), os agentes ambientais aprenderam essas
70 aves, agrupadas em 37 gaiolas e 18 carregadores.
Elas estavam sendo vendidas na feira livre
da cidade de Cajazeiras. Os proprietários
dos animais foram autuados por crime ambiental
e depois liberados. As aves foram levadas
para uma área de mata e devolvidas
para o habitat natural.
Já na última
quarta-feira, os fiscais localizaram, nas
Fazendas Tranqueira e Buraco da Pedra, em
Brejo do Cruz, a 459 km de João Pessoa,
4 mil sangras (armadilhas usadas para a captura
de aves). Os objetos dos caçadores,
orçados em aproximadamente R$ 8 mil,
foram incinerados. Ainda no município,
o comerciante Francisco Alencar Dantas foi
preso em casa por crime ambiental. Com ele,
foram encontradas 600 arribaçãs,
já abatidas e no freezer.
Segundo o coordenador de
operações do setor de Fiscalização
do Ibama, Jaime Pereira da Costa, o comerciante
será julgado e está sujeito
à pena de reclusão de seis meses
a um ano e multa de R$ 500,00 por ave morta.
Jaime Pereira disse que a operação
Avoante tem por objetivo o combate ao tráfico
de aves silvestres no Estado. Ele explicou
que o órgão possui um setor
de inteligência responsável pelo
mapeamento das denúncias.
Gutemberg Pádua
