Panorama
 
 
 

BIODIVERSIDADE AMAZÔNICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2006

Aproveitamento sustentável da biodiversidade amazônica recebe apoio de pesquisadores

26 de Outubro de 2006 - José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Pesquisadores e professores que participam do seminário Gestão Sustentável da Biodiversidade: Desafio do Milênio, na UnB (Universidade de Brasília), consideraram “louvável” a iniciativa dos oito membros da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica), também reunidos em Brasília, de elaborar um projeto para fortalecer o aproveitamento sustentável da biodiversidade amazônica.

O objetivo da OTCA é estimular o conhecimento sobre a biodiversidade regional e sobre seus usos potenciais, apoiando trabalhos de conservação e aproveitamento sustentável que requeiram colaboração transfronteiriça e que beneficiem a todos os países da Bacia Amazônica.

A cooperação busca, ainda, produzir informação para uso compartilhado, facilitar processos de acordo, assim como impulsionar ações que atraiam e racionalizem os investimentos público e privado. Ao final do encontro da OTCA, amanhã (27), será definido o cronograma de execução de atividades e ações do projeto.

Para Márcio Pimentel, decano de pesquisa e pós-graduação na área de Biologia da UnB, é urgente uma gestão conjunta dos países que compõem a OTCA, envolvendo setores acadêmicos, políticos e econômicos, para a conservação e controle da biodiversidade amazônica. “O desafio é enorme. É necessário reorientar o nosso conceito de desenvolvimento sustentável e interpretar esses grandes biomas também como fonte de riqueza, mas sem destruição”, afirmou.

O professor defendeu ainda que os recursos a serem aplicados no projeto beneficiem as populações nativas, que detêm o conhecimento tradicional: “Todo tipo de benefício deve ser revertido também em infra-estrutura para essas populações. Caso contrário, a sustentabilidade na região não se fará completa”.

Já o pesquisador Carlos Afonso Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), lembrou que os esforços do governo federal pela sustentabilidade da biodiversidade amazônica têm ocasionado queda nos desmatamentos da região – o Ministério do Meio Ambiente divulgou hoje redução de 30% na taxa de desmatamento, nos 12 meses até agosto último.

Nobre citou como contribuições ao fortalecimento da biodiversidade local as políticas públicas mais efetivas de fiscalização e controle de desmatamento e queimadas ilegais, associadas à regularização fundiária e ao combate sistemático à grilagem de terra; e o impacto da queda nos preços da soja e da carne nos últimos anos, o que vem freando um real avanço sobre o ecossistema.

Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela são os países que compõem a OTCA. O prazo para execução das atividades de desenvolvimento sustentável na região é de 42 meses, a um custo total de US$ 2,4 milhões.

A Amazônia ocupa mais de 40% da superfície da América do Sul e é considerada a região do planeta com a maior diversidade biológica e com a maior extensão contínua de florestas tropicais – 56% das existentes no mundo.

Lula critica países desenvolvidos que querem dar "conselhos" sobre Amazônia

26 de Outubro de 2006 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Depois do anúncio da estimativa de redução de 30% no desmatamento da Amazônia entre agosto de 2005 e agosto de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os países desenvolvidos que querem dar conselhos ao Brasil de como proteger a floresta. “Eles (países desenvolvidos) têm pouco a nos dar conselhos sobre cuidar do meio ambiente. Eles só foram descobrir que era necessário cuidar quando eles desmataram praticamente todo o seu território”, disse.

Segundo Lula, os acordos internacionais de preservação do meio ambiente não são implantados pelos países ricos. “Nas conferências internacionais, se tomam as mais belas decisões, mas depois grande parte delas não é implementada por que são incompatíveis com a vontade e a ganância do crescimento econômico que querem alguns países”, afirmou na solenidade realizada no Palácio do Planalto.

Para o presidente, a estimativa de redução no desmatamento na Amazônia mostra que a região pode se desenvolver de forma sustentada. “É possível desenvolver a Amazônia com o cuidado que precisa ser desenvolvido, por que lá moram 25 milhões de seres humanos que querem ter acesso às coisas, que têm nos grandes centros urbanos. É possível levar um desenvolvimento mais limpo para lá. É possível que qualquer desmatamento, que possa ser feito, seja de forma ordenada”.

Na avaliação do presidente, que participou da divulgação, a redução nos índices deve-se não apenas à intensificação da fiscalização, mas a ações de desenvolvimento sustentável na região. "O grande desafio da ministra Marina Silva [do Meio Ambiente] foi atuar não apenas como um instrumento de proibição, mas como um meio capaz de ensinar como fazer as coisas corretas neste país", ressaltou Lula.

A criação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia, grupo de trabalho com 13 ministérios coordenado pela Casa Civil, foi a grande responsável, segundo Lula, pela melhoria nos índices. "Essa composição de ministérios, que conta ainda com o apoio das Forças Armadas, mostra a seriedade com que tratamos a região", declarou. "A experiência comprova que a questão de cuidar da Amazônia não foi fruto apenas de um ambientalista ou de um ministro, mas determinação de política pública do governo".
Fortalecimento da gestão regional conjunta encerra debate sobre biodiversidade amazônica

27 de Outubro de 2006 - Thiago Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Autoridades ambientais dos oito países que compõem a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), reunidas desde quarta-feira (25) em Brasília, encerraram hoje sua primeira reunião de trabalho com a perspectiva de fortalecer a gestão regional conjunta.


Em dez dias deverá ser apresentado a cada país um relatório sobre a coordenação de um projeto de aproveitamento sustentável da biodiversidade regional. O sub-relator desse projeto, Jorge Meza, destacou a possibilidade de "discutir os temas referentes à biodiversidade de uma perspectiva técnica e, sobretudo, regional".

Meza informou que foram debatidos o controle de fronteiras para reduzir o tráfico de espécies ameaçadas, o estabelecimento de um mecanismo de informações estratégicas sobre o meio ambiente e a criação de corredores ecológicos transnacionais de preservação.

"Tratamos dos enfoques que serão dados às políticas, aos estudos feitos regionalmente. Eles precisam ser voltados para as expectativas que os diferentes países têm sobre a biodiversidade amazônica", explicou.

Para o jornalista Washington Novaes, especialista em meio ambiente, encontros internacionais para discutir da preservação da Amazônia devem ocorrer, "embora até o momento não tenham dado resultados". Ele afirmou que "historicamente, não temos tido grandes avanços – essas reuniões já vêm acontecendo há 15 anos e até agora não levaram a resultados concretos, o que não quer dizer que elas não devam existir”.

A Amazônia ocupa mais de 40% da superfície da América do Sul, com cerca de 7,5 mil quilômetros quadrados de floresta, compartilhados pelos oito países da organização, mais o território da Guiana Francesa. A área é considerada a de maior diversidade biológica do planeta e a maior extensão contínua de florestas tropicais – cerca de 56% das existentes no mundo.

Uma nova reunião da OTCA para discutir o projeto Fortalecimento da Gestão Regional Conjunta para o Aproveitamento Sustentável da Biodiversidade deverá ser realizada no segundo semestre de 2007.

Governo e sociedade buscam atualizar mapa de áreas para conservação na Amazônia

25 de Outubro de 2006 - Ivan Richard - Da Agência Brasil - Brasília - O governo quer fazer uma atualização do Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade Brasileira. Para isso, representantes do setor acadêmico, de instituições ambientalistas e entidades representativas de comunidades tradicionais, como quilombolas e povos indígenas, estarão em Brasília, de hoje (25) a sexta-feira (27), participando do primeiro seminário regional para revisão das áreas e ações prioritárias na Amazônia.

O mapa é composto por 384 áreas denominadas prioritárias da Amazônia. Essas áreas servem como orientação para investimentos econômicos e conservação da biodiversidade e também são o primeiro passo para a criação de áreas protegidas.

As áreas prioritárias para biodiversidade do bioma Amazônia foram identificadas no período de 1997 a 2000, dentro das ações do Projeto Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio). A definição das áreas mais relevantes foi baseada em uma ampla consulta pública, utilizando informações disponíveis sobre biodiversidade e da ação do homem na natureza.

No encontro, primeiramente, serão discutidas as áreas prioritárias dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Os outros estados da Amazônia serão debatidos no segundo seminário regional, previsto para acontecer em Belém (PA) de 6 a 9 de novembro.

O coordenador do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do Ministério do Meio Ambiente, Ronaldo Weigand, explicou que o mapa é importante porque orienta o que pode ou não ser desenvolvido em áreas de grande biodiversidade.

“O Mapa de Áreas Prioritárias ajuda bastante o governo a orientar as suas ações de controles nessas regiões”, disse, em entrevista à Agência Brasil. “Uma vez que você sabe onde estão os pedaços de floresta onde tem uma biodiversidade mais importante de ser protegida rapidamente, você pode orientar seu investimento de fiscalização, suas ações de controle, de educação ambiental ou de unidades de conservação.”

“De um lado você avalia a importância biológica da área para ter uma amostra da biodiversidade para o futuro, e de outro, avalia as ameaças que essa área pode estar sofrendo agora”, completou Weigand.

Ainda em novembro, entre os dias 20 e 22, está marcado um seminário nacional para fechar a terceira etapa de consultas e negociações para consolidar os resultados das discussões regionais.

O ministério estuda realizar, a partir do ano que vem, mapeamentos semelhantes para outros biomas do país, e informa que está fazendo levantamentos preliminares para isso.

Coordenadores de projeto para preservação da biodiversidade amazônica reúnem-se em Brasília

25 de Outubro de 2006 - Agência Brasil - Brasília - Coordenadores nacionais do Projeto Fortalecimento da Gestão Regional Conjunta para o Aproveitamento Sustentável da Biodiversidade Amazônica fazem hoje (25) a primeira reunião de trabalho. Promovido pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), o encontro terá a presença da secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Muriel Saragoussi.

O objetivo da reunião é fortalecer a execução do projeto Biodiversidade, que tem por finalidade coordenar e estimular o conhecimento sobre a biodiversidade regional na Amazônia e seus usos potenciais. O projeto apóia tarefas de conservação e aproveitamento sustentável que beneficiam os países que integram a bacia amazônica.

A reunião será aberta às 9h30 em Brasília. Mais de 70 pessoas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guyana, Peru, Suriname e Venezuela participarão do evento. Também é esperada a presença da secretária-geral da OTCA, Rosalía Arteaga, do presidente da Comissão de Coordenação do Conselho de Cooperação Amazônica, embaixador Julio Garcia Montoya, do representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Valdemar Wirsig, e de um representante do Itamaraty.

Países amazônicos discutem uso sustentável da biodiversidade local

25 de Outubro de 2006 - Irene Lôbo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os oito países que compõem a bacia Amazônica reúnem-se a partir de hoje (25), em Brasília, para debater e coordenar um projeto de preservação da biodiversidade local, chamado de Fortalecimento da Gestão Regional Conjunta para o Aproveitamento Sustentável da Biodiversidade Amazônica.

Essa é a primeira vez que as autoridades ambientais do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela encontram-se para discutir o projeto. O objetivo é fortalecer o planejamento das ações que serão executadas no âmbito da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que reúne os oito países.

O programa, criado em fevereiro de 2006, deve se estender por três anos e meio, até julho de 2009, com custo de cerca de R$ 5 milhões, dois quais R$ 4 milhões, aproximadamente, virão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Esse projeto vai ajudar a conhecer o que nós temos, ajudar a saber qual é a riqueza compartilhada da bacia Amazônica. Nós estamos muito empolgados com a idéia do que pode sair dessa reunião, que tem técnicos dos oito países”, afirma a secretária-geral da OTCA, Rosalía Arteaga.

Entre as ações prioritárias que serão discutidas, estão o controle das fronteiras para reduzir o tráfico de espécies ameaçadas; a criação de corredores ecológicos transnacionais de preservação; e o estabelecimento de um mecanismo de informação estratégica ambiental. A reunião termina na próxima sexta-feira (27).

A Amazônia ocupa mais de 40% da superfície da América do Sul. São cerca de 7,5 mil quilômetros quadrados de floresta, compartilhados pelos oito países mais o território da Guiana Francesa. A floresta amazônica é considerada a região do planeta com a maior diversidade biológica e a maior extensão contínua de florestas tropicais – cerca de 56% das existentes no mundo.

Petrobras lança Centro de Excelência Ambiental para a Amazônia

24 de Outubro de 2006 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A Petrobras lança hoje (24), na abertura do Seminário Internacional sobre Seqüestro de Carbono e Mudanças Climáticas, o Centro de Excelência Ambiental da Petrobras na Amazônia (CEAP Amazônia).

Segundo a empresa, o projeto consiste no estabelecimento de uma rede de recursos físicos, humanos e tecnológicos de conhecimentos e de informações, da Petrobras e da sociedade, para a atuação integrada na busca de introdução de inovações tecnológicas e empresariais na região.

O Seminário Internacional sobre Seqüestro de Carbono vai até sexta-feira ( 27), na sede da estatal, no centro do Rio, onde 36 conferencistas do Brasil e do exterior estarão debatendo a capacitação das empresas e da comunidade cientifica brasileira em tecnologias de captura e armazenamento de CO2. Também estará em discussão o uso do seqüestro de carbono como alternativa para reduzir os efeitos das emissões atmosféricas – o chamado efeito estufa (aquecimento da terra).

Organizado pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), e pela Universidade Petrobras, o encontro se destina a representantes de empresas do setor de petróleo e gás, instituições cientificas, governos e organizações não-governamentais (ONGs). A abertura será no fim na tarde e será feita pelo diretor de Exploração e Produção da companhia, Guilherme Estrela.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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