Porto
Alegre (26/10/06) - O Núcleo de Fauna
da Superintendência do Ibama no Rio
Grande do Sul orienta aos interessados em
licenciar criadouros comerciais de animais
silvestres (ema, capivara, paca, cutia e aves
de estimação) e exóticos
(aves como cacatuas e cervos, por exemplo)
que busquem informações sobre
o mercado existente e a viabilidade econômica
do negócio, antes de realizarem o licenciamento
e o investimento na infra-estrutura necessária.
Segundo o analista ambiental
do Núcleo de Fauna do Ibama/RS, Sergei
Weschenfelder, o mercado pode se mostrar restritivo
às novas ofertas de carnes consideradas
exóticas, cujo valor final está
muito acima da média. Além disso,
faltam matadouros habilitados, pois, para
comercializar este tipo de carne para outros
Estados, o frigorífico tem que passar
por inspeção sanitária
federal, o que acaba restringindo ainda mais
o mercado e desestimulando a manutenção
da atividade.
Caso não sejam levadas
em considerção essas peculiaridades,
o resultado são criadouros semi-abandonados,
sem manutenção e animais doentes,
fracos e com risco de fuga para a natureza,
o que é ilegal e pode resultar em multa
para o proprietário. Sergei alerta
também que estes animais dispersos
irregularmente causam desequilíbrio
ecológico, pois podem espalhar doenças
e competir com a fauna nativa. Serve de alerta
o que acontece com o javali. Atualmente estão
proibidos novos criadouros desta espécie
exótica, justamente devido ao grande
potencial invasor. Seja através de
soltura proposital ou por inadequação
dos criadouros, o Estado enfrenta hoje sérios
problemas com os javalis, que geram impactos
ambientais, como destruição
de plantações e predação
de animais domésticos, como ovelhas,
cabritos e bezerros.
Existem atualmente no Rio
Grande do Sul 127 criadouros comerciais de
fauna silvestre nativa: 84 de emas, 16 de
capivaras, 10 de psitacídeos (papagaios
e araras), um de tartaruga, sete de cutia
e paca, cinco de nútrias (ratão
do banhado), dois de perdigão e dois
de pássaros.Criadouros de fauna exótica
entre javalis, cervos e aves exóticas
são 62. Através das vistorias
realizadas este ano, estima-se que 90% dos
criadouros apresentam problemas na comercialização
e manutenção da atividade.
Maria Helena Annes
Fauna ameaçada de
extinção é tema de palestra
para estudantes em Paranavaí/PR
Brasília (26/10/2006)
- Ontem, mais de 300 estudantes de 3ª
séries das redes municipal e estadual
de ensino de Paranavaí/PR tiveram “aulas”
sobre animais silvestres ameaçados
de extinção. O minicurso foi
organizado pelo Ibama e por alunos do 4º
ano do curso de Biologia da Universidade Paranaense
(Unipar) para conscientizar as crianças
sobre a importância da preservação
da fauna ameaçada de extinção.
Os estudantes também visitaram uma
exposição de animais empalhados.
Criadouro é multado
em R$ 157 mil em Minas Gerais
Belo Horizonte (26/10/06) - O Núcleo
de Fauna da Superintendência do Ibama
em Minas Gerais aprendeu 315 aves em criadouro
comercial localizado no bairro Eldorado, no
município de Contagem, região
metropolitana de Belo Horizonte. A equipe
realizava vistoria de rotina, em conjunto
com a Polícia Ambiental, quando encontrou
diversas
irregularidades no local.
A operação
resultou na autuação do responsável
pelo criadouro e na apreensão das aves
que, aparentemente, apresentaram características
de maus tratos. Dois médicos veterinários
foram ao local para avaliar o estado de saúde
das aves, que em sua maioria eram pássaros
canoros. Entre as aves apreendidas estavam
o Pixoxó (Sporophila frontalis) e Pintasilgo
Baiano (Carduelis yarrellii), espécies
ameaçadas de extinção.
Também foi encontrado no estabelecimento
provas que demonstravam a adulteração
de anilhas e venda ilegal de animais.
O criadouro tinha certificado
do Ibama, mas terá seu registro cassado,
em função das irregularidades.
A operação foi realizada na
manhã dessa quinta-feira e contou com
a participação de oito técnicos
do Ibama/MG, como biólogos e veterinários.
Ester Júnia
Presidente inaugura Centro
de Triagem de Animais Silvestres em Belo Horizonte
Belo Horizonte (25/10/06)
– O Presidente do Ibama Marcus Barros inaugurou
nessa hoje o Centro de Triagem de Animais
Silvestres de Minas Gerais (Cetas/MG). Com
área de 270 metros quadrados, o centro
fará atendimento de 5 mil animais silvestres
previstos para passarem pelas instalações.
Além de Barros, participaram da inauguração
o Diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros,
Romulo Mello e o superintendente do Ibama
em Minas Gerais, Roberto Messias Franco.
Para Franco os ganhos no
atendimento e manutenção dos
animais recebidos são enormes. “A nova
estrutura do Cetas permite a execução
de exames laboratoriais e pequenas cirurgias.
Esperamos ainda neste ano darmos início
às obras de outro Cetas em Uberlândia,
que irá se somar aos já existentes
em Governador Valadares, Juiz de Fora e Montes
Claros”, afirmou o superintentendente.
Valdo Veloso