Panorama
 
 
 

DO EMPATE À VIRADA DO JOGO NA BACIA DO XINGU

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2006

01/11/2006 - A matéria divulgada pela Folha de S.Paulo de 21 de outubro último com avaliação do ISA sobre o cenário de conversão de florestas na Bacia do Xingu, apontando que mantida a média de desmatamento dos últimos dois anos haverá em 10 anos, fora de Terras Indígenas e Unidades de Conservação, proporcionalmente menos floresta do que na Região Metropolitana de São Paulo merece um complemento e alguns comentários importantes, que não constaram do texto.

O complemento, fundamental diga-se, que não constou da matéria é o de que muitos esforços vêm sendo realizados pela comunidade local e organizações da sociedade civil organizada no âmbito da Campanha Y´Ikatu Xingu para a reversão do quadro apontado nessa região.

Dezenas de projetos inéditos envolvendo organizações indígenas, agricultores familiares, instituições de pesquisas, prefeituras, produtores rurais, ONGs, que somam hoje investimentos da ordem de mais de R$ 3 milhões estão em curso. São projetos de formação de agentes socioambientais, projetos-piloto de recuperação de matas ciliares, projetos de zoneamento e planejamento para recuperação e conservação de sub-bacias hidrográficas na região entre outros. Diálogo direto e aberto com todos os atores que vivem na Bacia do Xingu vem acontecendo cotidianamente com a equipe do ISA e seus parceiros buscando um envolvimento direto de toda população local na estratégia de salvar o rio Xingu e sua diversidade socioambiental junto com o desenvolvimento da região.

Em outras palavras, a sociedade local tem assumido gradativa e progressivamente iniciativas e empenhando esforços que são crescentes para reverter a situação. No entanto, o empenho dos governos (federal e estadual) inexiste ou é muito incipiente. Eles são os principais destinatários da análise feita.

Conforme consta da apresentação que fizemos no IV Seminário Técnico-científico de Análise dos Dados dos Desmatamentos na Amazônia (2004-2005), realizado nos dias 16 e 17 de outubro último na sede do Sipam – Sistema de Proteção da Amazônia, medida fundamental a ser objeto de programas urgentes dos governos federal e estadual é a implementação de instrumentos econômicos para o desenvolvimento do setor agropecuário em bases sustentáveis e regulares.

A instabilidade e certas contradições da legislação florestal, incompatibilidades entre lei federal e estadual, a inexistência de programas de estímulo à recuperação de áreas degradadas para a conservação de ecossistemas ou para o melhor aproveitamento agrícola das áreas já convertidas, apoio diferenciado e em escala aos produtores rurais que aderem a sistemas sustentáveis, linhas de crédito para implementação de boas práticas agrícolas... e por aí vai a lista de carências sistêmicas que precisam ser enfrentadas já.

Neste sentido, em apoio às várias e importantes ações da Campanha Y´Ikatu Xingu, o ISA no âmbito do Programa de Política e Direito Socioambiental está desenvolvendo estudo para a identificação do potencial de alguns instrumentos econômicos importantes como o ICMS ecológico, linhas oficiais de crédito, a reposição florestal, fundos privados não tributáveis, pagamento por serviços ambientais dentre outras possíveis oportunidades para apoiar o produtor rural na sua missão de manter e aumentar a produtividade de seu imóveis sem comprometer as bases naturais da produção (solo, água, biodiversidade). Essa é uma agenda que deve se tornar prioridade do ISA no curto prazo.

A divulgação das análises objetivou chamar a atenção das autoridades no sentido de que os governos federal e estadual devem ir muito além das ações atuais e pontuais de comando e controle. Ainda há muito a se fazer e tanto o ISA quanto a sociedade local estão fazendo a sua parte.
ISA, André Lima.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.isa.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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