01
de novembro de 2006 - Manoela Alcântara
- De A Voz do Brasil - Brasília - Plantas
oleaginosas como o dendê, buriti, mamona
e o babaçu podem gerar emprego e renda
para comunidades agrícolas da região
Amazônica e tornar o Brasil um exemplo
de agricultura sustentável para o mundo.
Um dos principais desafios em transformar
essas plantas em biocombustível, por
exemplo, é conciliar o desenvolvimento
com a conservação do meio ambiente.
Para debater o tema e apresentar
sugestões, o Ministério do Meio
Ambiente promoveu hoje (30) o seminário
Experiências Amazônicas com Oleaginosas”.
Representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), Centrais Elétricas
do Norte (Eletronorte), Organizações
Não-Governamentais e secretarias estaduais
e municipais avaliaram o potencial de diversas
oleaginosas na Amazônia.
Em palestra no encontro,
o professor da Universidade Federal do Amazonas
José de Castro Correia falou sobre
as micro-usinas de produção
de biocombustíveis que já foram
instaladas no país.
Atualmente, o Amazonas tem
unidades nos municípios do Roque (reserva
extrativista do Juruá), Presidente
Figueiredo (cerca de 200 quilômetros
de Manaus), na região dos rios - Alto
Solimões, em Tabatinga (tribo indígena),
dentre outras. Também há investimentos
nesse sentido no Acre e em Rondônia.
Para Correia, o processo
de produção de óleos
vegetais é fácil e pode ser
implementado nas comunidades ribeirinhas amazônicas.
“Eles são capazes de assimilar a operação
e manutenção desses equipamentos.
Nós apenas temos que ter a preocupação
de levar equipamentos robustos e de fácil
operação e manutenção”.
Praticamente todas as oleaginosas
da região amazônica podem ser
processadas nessas micro-usinas. Além
dos óleos que poderão ser destinados
à produção de combustível,
outros materiais - como manteiga de cacau,
de cupuaçu e óleo de cozinha
- poderão ser produzidos pelas comunidades.
De acordo com o assessor
especial do ministério, Luiz Fernando
Merico, o programa de biocombustível
e biodiesel diferencia-se do pró-alcool,
pois, além da preocupação
ambiental, o programa beneficia também
o lado social.
“Ele inverte um pouco a
lógica do que se produzia até
agora. Ou seja, se produz a partir dos pequenos
produtores, a partir das pequenas propriedades,
fixando o homem no campo, gerando renda e
trabalho no local onde as populações
vivem com espécies que as populações
já estão acostumadas a trabalhar”.
Seminário
em Brasília discute experiências
amazônicas com oleaginosas
01 de novembro de 2006 -
Agência Brasil - Brasília - A
Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) do
Ministério do Meio Ambiente promove
hoje (30), a partir das 8h30, no auditório
da Eletronorte em Brasília, o seminário
Experiências Amazônicas com Oleaginosas.
O objetivo é aprofundar as discussões
sobre a produção de biocombustíveis
no país e o uso de culturas da Amazônia
nesse processo,
No encontro, serão apresentadas experiências
desenvolvidas pelas comunidades tradicionais
da Amazônia. O professor José
de Castro Correia, da Universidade Federal
do Amazonas, vai mostrar um estudo que trata
das potencialidades das espécies amazônicas
para geração de energia e renda
em comunidades isoladas. Além da Universidade
do Amazonas, também apresentarão
estudos sobre oleaginosas a Eletronorte, a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) e a Secretaria de Produção
Rural do Estado do Amazonas.