Brasília
(01/11/2006) – O Documento de Origem Florestal
(DOF), novo sistema do Ibama para controle
de tráfego de produtos florestais no
Brasil, completa hoje dois meses de implantação
com ampla aceitação do meio
empresarial. Das 15 mil empresas do ramo madeireiro
em atividade estimada no país, 13 mil
já se cadastraram no sistema.
Criado em 1º de setembro,
o DOF substituiu a Autorização
de Transporte de Produtos Florestais (ATPF).
O cadastramento dos empresários no
DOF, tímida em setembro, cresceu bastante
em outubro. A tendência é de
que a inserção dos dados de
empresas que ainda não ingressaram
no sistema se concretize na próxima
quinzena.
Transações
- Os empresários estão obtendo
dos computadores do Ibama uma média
de 2 mil DOFs por dia. “O volume diário
de produtos florestais transportados (entre
madeira sólida, lenha e carvão)
fica na média de quase 69 mil metros
cúbicos”, informa o coordenador geral
de Gestão de Recursos Florestais do
Ibama, José Humberto Chaves.
“Impressiona a movimentação
financeira que esses produtos geram em todo
o país, uma média de R$ 13,7
milhões por dia. Ou seja, mais de meio
milhão de reais é transportado,
por hora, na forma de madeira, carvão
e lenha. Num único dia, o sistema acusou
a movimentação de mais de R$
26 milhões”, acrescentou o diretor
de Florestas, Antônio Carlos Hummel.
Os números verificados
tendem a aumentar na medida em que novas empresas
forem se cadastrando e sendo liberadas para
operar o sistema. Estados de peso no setor
florestal, como Mato Grosso, Bahia, Minas
Gerais e Maranhão, possuem sistemas
próprios de controle do comércio
de produtos florestais, cujos dados não
estão retratados no DOF. “Isso nos
dá a dimensão do tamanho do
setor florestal de base nativa e os benefícios
que o DOF, desenvolvido pelo Ibama em conjunto
com a sociedade, oferece ao combate e à
exploração e comercialização
ilegal da madeira”, ressalta Chaves.