08/11/2006 - Gerusa Barbosa - O grupo de
trabalho da Câmara Técnica de
Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão
de Resíduos do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama) se reúne nesta
quinta e sexta-feira (9 e 10/11), em Foz do
Iguaçu, Paraná, para discutir
a minuta de resolução que disciplina
o licenciamento simplificado para construção
de aterro sanitário em municípios
de pequeno porte. A proposta, que está
em fase final de estudo, será ainda
analisada pelas Câmaras Técnicas
do Conama e depois votada no plenário
do Conselho.
A norma, além de atender antiga reivindicação
dos pequenos municípios, vai agilizar
junto aos órgãos ambientais
os procedimentos para implantação
do sistema de disposição final
de resíduos sólidos, possibilitando
que eles tenham acesso a recursos financeiros
alocados pelo governo federal para esta finalidade.
Atualmente, o procedimento para licenciamento
ambiental para aterro sanitário de
pequenos municípios é definido
pela Resolução 237/97, que é
aplicada para qualquer tipo de empreendimento.
"A proposta contribuirá para beneficiar
a saúde da população
e minimizar a degradação do
solo e despoluição dos recursos
hídricos", afirma a assessora
técnica do Conama, Ruth Tabaczenski,
que participa do grupo de trabalho.
Reforma agrária - As alterações
da Resolução nº 289/2001,
que estabelece diretrizes para o licenciamento
ambiental de Projetos de Assentamentos de
Reforma Agrária, serão apreciadas
em regime de urgência na reunião
plenária do Conama, em Brasília,
nos dia 29 e 30 de novembro. A revisão
da resolução foi feita com base
em consulta junto aos órgãos
estaduais de meio ambiente e por meio de um
seminário nacional sobre o tema. O
objetivo da proposta, aprovada pelas Câmaras
Técnicas de Gestão Territorial
e Biomas e de Assuntos Jurídicos, é
tornar mais claras as diretrizes para o licenciamento
dos projetos em assentamentos e agilizar a
sua aplicação. A norma considera
a importância de se definir procedimentos
de controle e gestão ambiental para
orientar e disciplinar o uso e a exploração
dos recursos naturais nos assentamentos.
Agroindústrias - As Câmaras
Técnicas de Controle e Qualidade Ambiental
e de Assuntos Jurídicos do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovaram
nesta terça-feira (7) a proposta de
resolução que prevê procedimentos
simplificados para o licenciamento ambiental
de agroindústrias de pequeno porte
e de baixo potencial de impacto. A norma,
que ainda será apreciada em reunião
plenária do Conama no final de novembro,
aplica-se a estabelecimentos com área
construída de até 250m²
e que trabalhem com produtos provenientes
de explorações agrícolas,
pecuárias, pesqueiras, aqüícolas,
extrativistas e florestais não-madeireiros,
abrangendo desde processos simples, como secagem,
classificação, limpeza e embalagem,
até processos que incluem operações
físicas, químicas ou biológicas,
de baixo impacto sobre o meio ambiente.
A proposta vai contribuir para o desenvolvimento
da agroindústria no país, fonte
de renda para cerca de 200 mil famílias
de pequenos agricultores da área rural,
bem como da área urbana. Entre os produtos
mais freqüentes oriundos das agroindústrias
estão as conservas, doces, bebidas
(sucos e cachaça), farinhas, castanhas,
temperos, carne, frutas e leite processados.
Espécies silvestres - A Câmara
Técnica de Assuntos Jurídicos
aprovou outra proposta de resolução
que definirá critérios para
a determinação de espécies
silvestres a serem criadas e comercializadas
como animais de estimação. De
acordo com o texto, que deverá ser
apreciado pelo plenário do Conama em
2007, será elaborada uma relação
de animais silvestres, nativos ou não,
considerando características biológicas
das espécies. A lista deverá
ser elaborada por meio de consulta pública,
tendo um prazo de dois anos para a sua revisão.
A proposição considera a necessidade
de se padronizar a regulamentação
da utilização da fauna silvestre
nativa e exótica em território
brasileiro, visando atender às finalidades
de conservação, manutenção,
criação e comercialização.
O objetivo é diminuir a pressão
de caça na natureza sobre espécies
silvestres nativas com potencial econômico,
evitar a introdução de espécies
exóticas e proteger os animais.
Foto: MMA