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ENTENDA O QUE É O “EFEITO ESTUFA” E COMO ELE PROVOCA O AQUECIMENTO GLOBAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

5 de Novembro de 2006 - Paulo Montoia - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Ao chegar à Terra, parte da energia do sol é aprisionada na atmosfera e isso a mantém "quentinha", a uma temperatura média de 30 graus Celsius. É esse efeito benéfico que os cientistas chamam de Efeito Estufa, expressão que tem um sentido mais claro no original em inglês greenhouse effect (Efeito de Estufa de Plantas). As explicações estão na página www.unfccc.org.

Sem o efeito estufa, não haveria vida na terra e nos oceanos, pelo menos com a riqueza, a diversidade e complexidade que conhecemos hoje. O problema é que, nas últimas décadas, os climatologistas perceberam que a temperatura média do planeta estava aumentando, ou seja, está acontecendo uma intensificação do efeito estufa.

Popularmente, portanto, se fala nos efeitos perniciosos do efeito estufa quando na verdade se está fazendo referência aos problemas trazidos pela intensificação desse efeito, não por ele em sim, que existe há milhões de anos e é fundamental para a existência de vida no planeta.

Nas últimas décadas, os cientistas passaram a estudar as causas desse sobreaquecimento, alertando a comunidade internacional. Esse movimento deu origem à Convenção das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas, aprovada e iniciada na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992, a Eco-92, ou Rio-92.

A temperatura média do planeta já subiu 6º C no século 20 e as projeções indicam que subirá entre 1,4º C e 5,8º C até o ano 2100, se nada for feito para deter o processo, segundo informe oficial do portal de internet da Convenção. "Mesmo uma pequena elevação da temperatura faz-se acompanhar por mudanças climáticas nas camadas de nuvens, nas chuvas, padrões dos ventos e duração das estações do ano", destaca a Convenção no portal da internet.

Os gases do efeito estufa formam como que uma "redoma de vidro" sobre o planeta, deixando entrar a luz e aprisionando o calor. Originalmente, esses gases somavam apenas 1% do total da atmosfera. O principal deles é o dióxido de carbono (CO²), que tinha participação de 60% nessa soma. Ocorre que os principais energéticos utilizados pelo homem nos últimos séculos – madeira, carvão, petróleo e gás natural – liberam carbono (C) na atmosfera e contribuem para formar mais dióxido de carbono (também conhecido como gás carbônico), que intensifica o efeito estufa.

O ciclo de absorção e liberação de carbono é um dos mais amplos e importantes do meio ambiente e envolve ar, terra e seres vivos, águas doces e oceanos. As plantas, por exemplo, absorvem carbono e o armazenam. Mas a liberação de carbono no ambiente, pelo homem, acontece numa velocidade maior do que a capacidade de absorção do ambiente. Segundo dados da Convenção das Nações Unidas sobre o assunto, os níveis de CO² na atmosfera estão crescendo 10% a cada 20 anos.

O Tratado de Quioto pretende reduzir as emissões de carbono, particularmente as geradas por atividades industriais e veículos de transporte. Objetiva também estimular todos os tipos de projetos que preservem ou ampliem a capacidade do ambiente de absorver o CO² ou outros gases causadores da intensificação do efeito estufa (ozônio - O³, ou metano, CH4, por exemplo), por meio do mercado de créditos de carbono.

Outras informações sobre o efeito estufa podem ser encontradas na página oficial da Convenção na internet, www.unfccc.org

Delegação brasileira vai cobrar obrigação de países ricos no controle do efeito estufa

7 de Novembro de 2006 - Aloisio Milani* - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A delegação brasileira que vai participar da 12ª Conferência das Partes da Convenção do Clima, em Nairobi, no Quênia, vai cobrar nas negociações as obrigações dos países ricos na redução da emissão de gases que causam o efeito estufa. Essa posição já foi adotada pelo Brasil em outros foros internacionais e se baseia no argumento de que eles são poluidores com dívidas históricas pelo processo antigo de industrialização.

"Vamos reafirmar uma necessidade de os países que possuem obrigações de redução de gases. O Brasil cobra que eles reafirmem esse compromisso porque é grande contribuição para a redução é responsabilidade desses países. Ele são responsáveis pela emissão histórica dos gases do efeito estufa, porque os gases vão se acumulando na atmosfera. Então os países que iniciaram seus processos de industrialização constribuíram durante muito tempo", explicou o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.

O Tratado de Quioto é um instrumento para a implementação da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e tem como objetivo levar a que os países industrializados reduzam e controlem as emissões de gases que causam o efeito estufa em aproximadamente 5% abaixo dos níveis registrados em 11000, entre 2008 e 2012.

Segundo Capobianco, o Brasil tem bons exemplos a apresentar, como é o caso de uma matriz energética limpa. "Produzimos muita energia elétrica a partir da hidroeletricidade. Além disso, possui o mais bem sucedido de produção de combustível por atividades de cultivo como cana-de-açucar. O Brasil vem atuando para reduzir o uso de combustíveis fósseis, que são os grandes vilões do aquecimento global. Isso com álcool e com biocombustíveis", afirmou.
*colaborou Raquel Mariano

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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