Belém
(09/11/06) - Técnicos da Superintendência
do Ibama no Pará e do Centro de Gestão
e Pesquisa de Recursos Pesqueiros do Norte
(Cepnor/Ibama) participam hoje, das 9 às
17 horas, de encontro sobre o defeso do caranguejo-uçá
(Ucides cordatus) promovido pela Agência
de Desenvolvimento da Amazônia (ADA),
na sede da instituição em Belém.
A rodada de discussões
também contará com a presença
de técnicos da ADA, pesquisadores da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado do Amapá ( Iepa), além
de outras instituições governamentais
e não governamentais.
Na pauta do debate técnico-científico
o período de defeso do caranguejo-uçá
e a preocupação sobre a exploração
desordenada do crustáceo na costa amazônica.
Segundo dados do Cepnor/Ibama, as estatísticas
apontam para cinco mil toneladas/ano de produção
de caranguejo somente no estado do Pará.
O objetivo é proporcionar maior interação
entre as instituições governamentais
e não governamentais e criar um grupo
permanente de estudo sobre o caranguejo.
Durante o encontro, a UFMA
e o Iepa apresentam o Grupo de Estudo do Caranguejo
da Costa Amazônica (GECCA), criado no
Maranhão com a finalidade de tratar
das questões relacionadas à
exploração do caranguejo-uçá
e aos atores cujas atividades estão
ligadas ao ecossistema manguezal.
O Ibama propõe o
processo de gestão ambiental compartilhada
junto às comunidades que habitam o
entorno das resexs marinhas, que abrange as
seguintes medidas:
a) Estabelecer o período
de Defeso igual para todas as áreas,
respeitando o período de reprodução
do caranguejo (andada): de 1º de dezembro
a 31 de maio, conforme Portaria 34/03 do Ibama;
b) Acompanhar o manejo da espécie após
constituição de Grupo de Trabalho
específico;
c) Gerar estatísticas de produção
do caranguejo-uçá (controle
dos estoques ou outro mecanismo). A estatística
de produção atual indica 5.000
ton/ano, sendo 1.000.000 de unidades exportadas
vivas. Para cada 25 ou 30 unidades corresponde
1 kg massa de caranguejo.
d) A partir da constituição
do Grupo de Trabalho, implementar divulgações
de trabalho sobre as espécies, produzindo
cartilhas que orientem a busca da sustentabilidade
dos estoques.
2- Criar um fórum permanente para gestão
ambiental da espécie.
Edson Gillet