07/11/2006
- Encontrar caminhos para o financiamento
de projetos ambientais nas próximas
décadas. Esse é principal desafio
dos 16 países representados na 8ª
Assembléia da Rede de Fundos Ambientais
da América Latina e Caribe - RedLac,
que começou nesta terça-feira
e vai até o próximo dia 9 no
Rio de Janeiro. O evento foi aberto pelo secretário-executivo
do Ministério do Meio Ambiente, Claudio
Langone, e pelo diretor da RedLac, Alberto
Paniagua.
Claudio Langone ressaltou
que a troca de experiências de sucesso
entre os integrantes da rede poderá
contribuir para a conservação
ambiental e o uso sustentável de recursos
na região. O secretário citou
como exemplo a Rede Brasileira de Fundos Socioambientais
criada em junho deste ano. A rede é
uma experiência única no mundo
e poderá inspirar novas organizações
semelhantes na América Latina e Caribe.
A rede brasileira já conta com cerca
de 70 fundos entre membros fundadores e novas
adesões anunciadas nesta segunda-feira
(6), durante o encontro dos membros da rede
em evento que antecedeu a assembléia
da RedLac.
O diretor da RedLac, Alberto
Paniagua, lembrou que os fundos ambientais
são mecanismos financeiros imprescindíveis
para a conservação e uso sustentável
da biodiversidade na região. Entre
os países que integram a RedLac, lembrou,
alguns como o México e o Brasil são
tidos como megadiversos. Para o diretor da
RedLAC, as ações financiadas
pelos fundos ambientais da região são
responsáveis por cerca de US$ 700 milhões
de dólares em projetos espalhados por
todos os países da região.
A conferência de abertura
da 8ª Assembléia da RedLac foi
feita pelo cientista Cristián Samper,
diretor do Museu Nacional de História
Natual dos Estados Unidos (Insituto Smithsonian).
Ele foi um dos responsáveis pela Avaliação
Ecossistêmica do Milênio. O estudo
reuniu 150 estudiosos de 95 países
e conclui que cerca de 25 por cento dos ecossistemas
da Terra já foram alterados, alguns
de modo irreversível. Essas alterações
implicam em conseqüências negativas
diretas para a natureza e o ser humano.
Cristián Samper ressaltou
que os fundos ambientais têm papel decisivo
na reversão do quadro de degradação
planetária desde que os projetos financiados
por eles considerem os tipos de serviços
prestados pelos ecossistema e identifiquem
as causas das mudanças ambientais .
Samper disse ainda que é importante
promover as respostas mais promissoras e replicá-las
e apoiar avaliações em escala
regional.
Fundos ambientais
se expandem na América Latina
08/11/2006 - Os fundos ambientais
na América Latina e Caribe tornaram-se
um dos principais mecanismos de financiamento
a projetos de proteção da biodiversidade
na região. A causa desse fenômeno
está no alto índice de credibilidade
que os fundos conquistaram junto aos financiadores
nacionais e estrangeiros devido às
práticas desenvolvidas por essas organizações.
Além de garantirem a participação
social no destino dos recursos financeiros
a serem aplicados, os fundos ambientais também
adotaram critérios rígidos desde
a seleção dos projetos até
sua análise final.
O respeito adquirido pelos
fundos está fazendo com que eles se
expandam em toda a região e também
em outras partes do Planeta, como Madagascar,
Tanzânia, Brasil e outros países
de elevada biodiversidade. A conclusão
é dos participantes da 8ª Assembléia
da Rede de Fundos Ambientais da América
Latina e Caribe - RedLAC reunidos no Rio de
Janeiro até esta quinta-feira ( 9).
A tendência é a de que os fundos
continuem crescendo e ampliando o diálogo
com os financiadores, sobretudo os do setor
privado que têm demonstrado cada vez
mais interesse em apoiar ações
de conservação e uso sustentável
dos recursos naturais.
A Rede de Fundos Ambientais
da América Latina e Caribe reúne
25 fundos ambientais de 18 países.
Paraguai e Colômbia, que já tinham
lugar na rede e acabam de anunciar novas entidades
do gênero e que passarão a integrar
a RedLAC. Juntos, os fundos ambientais da
região movimentam cerca de US$ 700
milhões para financiar em torno de
três mil projetos de conservação,
uso sustentável de recursos naturais
e apoio a populações tradicionais
em toda a região.
Dois novos fundos estão
sendo criados na América Latina. O
Paraguai, que já tinha um fundo público
de meio ambiente, acaba de criar um novo fundo
para ajudar a proteger os últimos remanescentes
de florestas tropicais do país. Para
a bacia Amazônica, estuda-se o desenho
de um fundo que una vários países
da região em torno da conservação
e uso sustentável da floresta.
Outros continentes - Além
de trocar experiências entre seus membros,
a RedLac também convidou para o evento
do Rio de Janeiro fundos ambientais que atuam
em outras partes do Planeta para mostrar experiências
de gestão no financiamento ambiental.
Um deles é a Fundação
para Áreas Protegidas e Biodiversidade
de Madagascar. Criada há dois anos,
a entidade ajuda a proteger um dos 17 países
considerados megadiversos. Madagascar é
uma área prioritária para a
conservação devido ao elevadíssimo
nível de biodiversidade encontrado
em seu território insular. Da África,
a experiência de um fundo para proteção
de uma cadeia de montanhas de cerca de 5.350
quilômetros quadrados na parte oriental
do país mostrou que, apesar de jovens,
os fundos ambientais que se multiplicam pelo
mundo têm tido papel decisivo na conservação
da biodiversidade mundial.
Fundos ambientais
da América Latina e Caribe se reúnem
no Rio de Janeiro
06/11/2006 - O Fundo Nacional
do Meio Ambiente (FNMA) realiza nesta terça-feira
(7), no Rio de Janeiro, a 8ª Assembléia
da Rede de Fundos Socioambientais da América
Latina e Caribe (RedLac). A Redlac é
formada por 21 fundos ambientais de 14 países
da região. Juntos, eles movimentam
cerca de US$ 700 milhões para financiar
três mil projetos em toda a região.
A RedLac é uma comunidade de aprendizagem
e intercâmbio que tem como eixo central
o fortalecimento e a capacitação
dos fundos locais. Sua missão é
compartilhar conhecimentos, experiências,
melhores práticas e metodologias de
trabalho entre os fundos-membros.
O evento do Rio servirá
como centro de importantes discussões
a respeito do financiamento ambiental no Brasil,
na América Latina e Caribe. A questão
é crucial para a manutenção
dos serviços ambientais prestados ao
homem pelo meio ambiente. Financiar ações
e controlar a aplicação dos
recursos por meio de mecanismos democráticos
e de participação cidadã
é um dos principais temas no debate
ambiental contenporâneo. Para discutir
esses temas, estão sendo propostas
várias palestras de personalidades
de renome no cenário internacional.
Os nomes estão sendo confirmados.
A riqueza dos fundos está
na variedade de temas que eles manejam conforme
diferentes pontos de vista e segundo as realidades
de seus respectivos países , o âmbito
geográfico e ecossistêmico em
que trabalham e seus distintos níveis
de desenvolvimento e consolidação.
A assembléia será
aberta às 9h no Instituto para o Desenvolvimento
Empresarial Estrada das Canoas, 3520 - São
Conrado Rio de Janeiro Brasil.