Panorama
 
 
 

A DISCUSSÃO SOBRE AS HIDRELÉTRICAS NO BRASIL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Organizações da sociedade civil discutem construção de hidrelétricas em Rondônia

16 de Novembro de 2006 - Raquel Mariano - Da Agência Brasil - Brasília - Diversas organizações da sociedade civil de Rondônia estão se organizando para criar um fórum de discussões sobre a implantação do complexo hidrelétrico do Rio Madeira, que o grupo Furnas Centrais Elétricas pretende instalar, com a construção de duas usinas em Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. As unidades têm capacidade prevista de 6.400 megawatts (MW).

Em nota, as organizações argumentam que “após as audiências públicas de Jacy-Paraná (RO) e Porto Velho (RO), ficou claro que não há espaço real de participação e fiscalização popular no processo de viabilização dos empreendimentos”.

Na semana passada, duas audiências foram adiadas por liminar movida pelas organizações contra Furnas e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), cujos estudos de impacto ambiental apresentariam deficiências.


Mas uma nova liminar deu parecer favorável ao Ibama e foram realizadas duas das quatro audiências previstas. No sábado (18), as organizações promoverão seminário em Porto Velho para discutir com a sociedade e apresentar alternativas de acesso da população às informações sobre a construção das usinas.

Governo prepara projeto para definir competência dos licenciamentos ambientais

17 de Novembro de 2006 - Lourenço Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Projetos na área de infra-estrutura ligados foram tema da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje (17), com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Silas Rondeau (Minas e Energia), Cláudio Langone (interino do Meio Ambiente) e Paulo Sérgio Passos (Transportes).

O ministro Rondeau informou que o governo pretende enviar ao Congresso projeto de lei complementar para alterar o artigo 23 da Constituição Federal. O texto definirá a competência para os licenciamentos ambientais, já que decisões judiciais impedem a continuidade de obras como as das hidrelétricas de Belmonte, no Rio Xingu (PA) e do complexo do Rio Madeira (AM), além do projeto da usina nuclear de Angra 3 (RJ). As duas primeiras vão gerar 18,8 mil megawatts (MW) na região Norte e a de Angra 3, mais 1,4 mil MW.


Segundo o ministro de Minas e Energia, o projeto de lei complementar permitirá que a atribuição do licenciamento ocorra de acordo com a extensão do impacto ambiental: “Se o impacto for avaliado como de grande repercussão, o licenciamento ficará a cargo do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. Em caso de impacto de menor porte, ficará a critério dos órgãos estaduais do meio ambiente. E os de pequeno impacto, a cargo dos órgãos municipais”.

O ministro interino do Meio Ambiente, Cláudio Langone disse que o presidente Lula quer que os empreendimentos hidrelétricos sejam planejados dentro do cumprimento da lei, “para não desestimular os investidores”. E informou que também foi discutida a antecipação dos projetos para prospecção de gás natural e a agilização de obras de gasodutos como o de Urucu-Manaus-Porto Velho.

Ibama promete retomar audiências sobre hidrelétrica em Rondônia

13 de Novembro de 2006 - Monique Maia - Da Agência Brasil - Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pretende retomar em 15 dias as audiências públicas sobre o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia. O objetivo é avaliar se a construção da hidrelétrica é viável do ponto de vista sócio-ambiental.

As audiências nos distritos de Abunã e Mutumparaná, que deveriam ter sido realizadas nos dias 8 e 9 de novembro, serão remarcadas até amanhã (14), segundo o instituto.

As audiências em Abunã, Mutumparaná, Jaciparaná e Porto Velho foram suspensas a pedido de movimentos sociais locais, que alegaram problemas no estudo de impacto ambiental e na data – o Ibama as teria convocado antes do prazo definido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Mas no último dia 9 o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-DF) derrubou a liminar concedida pelo Ministério Público de Rondônia. Assim, foram realizadas as audiências nos distritos de Jaciparaná e Porto Velho, que reuniram quase 2 mil pessoas.

“A partir daí [das novas audiências], o Ibama verifica se já existem informações suficientes para dizer se a construção da hidrelétrica é viável do ponto de vista ambiental. Caso não haja, haverá necessidade de outras complementações”, disse o diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, Luiz Felippe Kunz, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia.

No entanto, o representante do Fórum de Debates sobre a Energia de Rondônia (Foren), Artur Moret, diz que o Ibama já negou a realização de audiências na região da cachoeira de Teotônio, região que deve ser mais atingida, e em uma reserva indígena. “Caso a situação não esteja clara para a população, a legislação ambiental permite a realização de mais audiências. Mas o Ibama não está aceitando a determinação”.

Para o representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Wesley Ferreira Lopes, as duas audiências já realizadas não apresentaram soluções concretas para os problemas de impacto ambiental e social na região. “Na prática, não tem nada seguro para a população, apenas promessas.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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