14/11/2006 - O Ministério
de Minas e Energia e a Empresa Metropolitana
de Transportes Urbanos d São Paulo
(EMTU) lançaram nesta terça-feira
(14/11), às 10 horas, no auditório
da EMTU em São Bernardo do Campo (SP),
o Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio.
A iniciativa conta com a parceria do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), e das entidades de financiamento Global
Environmental Facility (GEF) e Financiadora
de Estudos e Projetos (Finep). O MME é
o diretor, e a EMTU, a gerenciadora.
O projeto consiste na operação
e manutenção de ônibus
protótipos que utilizam hidrogênio
como combustível e serão utilizados
no Corredor Metropolitano São Mateus/Jabaquara,
em São Paulo, durante quatro anos.
Além dos ônibus existe a previsão
de implantação de estação
de produção de hidrogênio
por meio de eletrólise da água,
que é a divisão de moléculas
de água em hidrogênio e oxigênio,
por meio de eletricidade, para armazenamento
e utilização dessas moléculas
como combustível. É como se
fosse o posto de gasolina. Quando dividimos
as moléculas de água em hidrogênio
e oxigênio podemos armazená-las
para depois utilizarmos como combustível,
explica a coordenadora do Departamento de
Gás do MME, Symone de Araújo.
O ônibus a hidrogênio
vai desenvolver os meios de transporte coletivo
que contribuam na redução da
emissão de dióxido de carbono
(CO²), óxidos de nitrogênio
(NOx) e outros poluentes na atmosfera. Para
o ministro Silas Rondeau, o fato de o Brasil
abrigar o projeto vai permitir que o País
ocupe posição de destaque em
virtude de seu mercado potencial, além
de desenvolver essa tecnologia no Brasil,
junto às operadoras de ônibus,
fabricantes, universidades e escolas.
O ministro explica ainda
que essa é uma oportunidade para acelerar
a comercialização deste tipo
de ônibus no Brasil. Com isso vamos
adquirir e disseminar cultura técnica
para operação, manutenção
e fabricação deste veículo
não poluente que pode, com a tecnologia
brasileira, ir para vários países,
disse.
Principais objetivos do
Projeto:
desenvolver meios de transporte
coletivo com emissão zero de poluentes
e que contribuam na redução
dos níveis de dióxido de carbono
(CO2), óxidos de nitrogênio (NOx),
material particulado, óxido de
carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC).;
obter conhecimento dessa tecnologia mundialmente
inovadora, permitindo ao Brasil ocupar uma
posição de destaque em virtude
de seu mercado em potencial;
desenvolver tal tecnologia no Brasil, junto
às operadoras de ônibus, fabricantes,
universidades, escolas,
visando criar um novo mercado;
desenvolver especificações
brasileiras para produção, manuseio
e aplicação estacionária
e veicular
possibilitando o desenvolvimento e utilização
do hidrogênio com segurança e
eficiência.
O passo mais importante
foi dado em maio de 2006 com a assinatura
do contrato de fornecimento do primeiro ônibus
e de toda a infra-estrutura necessária
do hidrogênio para operá-lo a
partir de novembro de 2007. O contrato foi
assinado com um consórcio constituído
pela seguintes empresas:
AES ELETROPAULO - especificação
da subestação, conexão,
qualidade e disponibilidade de energia;
BALLARD POWER SYSTEMS - design, desenvolvimento
e fabricação da célula
a combustível;
EPRI gerenciamento do projeto e líder
do consórcio;
HYDROGENICS - fabricante do eletrolisador
e equipamentos da estação de
abastecimento de hidrogênio;
MARCOPOLO - fabricante da carroçaria
e seus componentes;
NUCELLSYS - desenvolvimento, fabricação
e engenharia de aplicação dos
sistemas de célula a combustível;
PETROBRAS DISTRIBUIDORA - integradora e operadora
da estação de abastecimento
de hidrogênio;
TUTTOTRASPORTI - integradora do ônibus
completo e fabricante do chassis.
O projeto brasileiro foi
escolhido pelo PNUD/GEF em função
de alguns aspectos importantes:
Aspectos Econômicos:
O Brasil é uma economia emergente;
Os ônibus possuem papel importante
no transporte urbano brasileiro;
O Brasil é o maior mercado mundial
de ônibus;
O Brasil é o maior produtor mundial
de ônibus 19.000/ano;
A frota de ônibus na Região
Metropolitana de São Paulo RMSP é
a maior concentração no mundo.
Assessoria de Comunicação MME